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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Uso de capacete de ventilação no tratamento da covid-19 apresenta resultados positivos


Equipamento, o único produzido 100% no Brasil e aprovado pela Anvisa, está sendo utilizado em mais de 100 pacientes no país e os resultados são sólidos. Em São Paulo, um paciente internado por 39 dias apresentou melhora do quadro após usar o aparelho e com o tratamento finalizado, ficou por mais cinco dias no hospital e recebeu alta médica. Mais de 12 hospitais no Brasil já dispõem do uso da tecnologia. O aparelho ajuda a reduzir a inflamação pulmonar, melhora a oxigenação, previne a intubação e evita a ventilação mecânica invasiva.

 

Um dispositivo com ares de ficção científica se tornou um grande auxiliar na recuperação de centenas de pacientes internados com sintomas graves da Covid-19 em todo o Brasil. Batizado de Bolha de Respiração Individual Controlada (BRIC), o instrumento é uma bolha impermeável e transparente, individual, descartável, com conexões respiratórias, e que serve de interface entre o paciente e o ventilador mecânico. O equipamento já vinha sendo utilizado na Europa e nos Estados Unidos, e agora passou a ser desenvolvido e produzido em solo nacional pela empresa de tecnologia Roboris e lançado sob a marca LifeTech Engenharia. A BRIC é atualmente o único capacete nacional com aprovação Anvisa e já foram comercializadas 269 unidades para hospitais brasileiros, que estão sendo utilizado em mais de 100 pacientes internados e apresentando bons resultados. 

 

O uso da BRIC pode reduzir a inflamação pulmonar, melhorando a oxigenação e o esforço do paciente, prevenindo a intubação e evitando a ventilação mecânica invasiva com alto risco. Além disso, por ser um dispositivo estanque (vedado), diminui drasticamente as chances de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença. muito tempo estávamos buscando implementar esta tecnologia em nosso país. A aceleração da manufatura deste dispositivo em resposta à pandemia poderá trazer um grande benefício de longo prazo para as UTIs brasileiras. Ponto para o Brasil e para a indústria nacional”, afirma o médico pneumologista Marcelo Amato, professor livre-docente da Universidade de São Paulo (USP).

 

O pneumologista, que também é supervisor científico da UTI Respiratória do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), testou o uso do capacete em três pacientes que, por conta da covid-19, apresentavam fibrose pulmonar em estado avançado. Ou seja, quando o tecido pulmonar é danificado pela infecção no pulmão, causando desconforto na respiração. Ele garante que foi possível reverter o quadro clínico desses pacientes com a utilização da BRIC. O uso do capacete nesta condição pode contribuir para remodelar a fibrose pulmonar que ainda não é definitiva, diminuindo o estresse mecânico sobre o pulmão, reduzindo a inflamação, e permitindo uma maior reabsorção de colágeno. Reduzimos assim a fibrose e nenhum paciente precisou ser intubado, eles voltaram a ficar independentes, sem uso de oxigênio suplementar, salienta.

 

A utilização da BRIC foi estendida a pacientes internados com quadros graves de covid-19 em hospitais de diversas localidades brasileiras. Mais de 100 pacientes já receberam o tratamento, aplicado em 10 hospitais diferentes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí.

 

 

Distribuição garantida a hospitais  

 

De acordo com o CEO da Roboris, o engenheiro Guilherme Thiago de Souza, a fase de testes compulsórios (quando os pacientes assinam um documento dando ciência de que o teste do equipamento é feito por vontade e responsabilidade deles) se encerrou com sucesso. “O capacete recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que o torna oficialmente um equipamento médico para uso em tratamentos, disponível para a aplicação em medicina de caráter irrestrito, podendo ser comercializado de forma legal”.

 

Assim, nos próximos dias, receberão unidades da BRIC, hospitais em Maceió (AL); hospitais públicos regionais de Itanhaém, Caraguatatuba e Registro (litoral de SP); São José dos Campos (interior de SP); em São Paulo; em Ponte Nova (MG) e em Mogi das Cruzes (SP). Além do Brasil, os executivos da Roboris e da LifeTech já se preparam para atender a demandas de hospitais no Chile.

 

“Com a liberação da Anvisa, a LifeTech agora atua com um parceiro que já é fabricante de equipamentos hospitalares, para que a fabricação da BRIC, assim como todo o processo de distribuição, ocorra em acordo com a regulamentação do órgão”, explica o CEO da Roboris. “Com isso, reforçamos o posicionamento profissional da LifeTech, de forma a trazer ao mercado de produtos hospitalares um equipamento profissional efetivo no combate à pandemia desenvolvido, fabricado e homologado em tempo recorde no país”.

 

A taxa de mortalidade para pacientes intubados com Covid-19 é de 70% a 86%. Estudos da Universidade de Chicago sobre a tecnologia de ventilação baseada em capacetes demonstram que, com a utilização da BRIC, de 20% a 35% de pacientes com Covid-19 não necessitaram de intubação. Os estudos também revelam que o uso do capacete evita a intubação em 54% de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

 

“A BRIC se torna uma aliada no combate à COVID-19, e também pode ser utilizada no tratamento de outras doenças respiratórias como influenza (H1N1), gripe aviária, gripe suína, SARS, etc.”, afirma Guilherme Thiago de Souza da Roboris, ressaltando que a solução veio para ficar.

 

Alívio e esperança na recuperação

 

O médico Artur Raoul, 55 anos, cirurgião cardiovascular no Hospital Vila Nova Star da Rede D`Or São Luiz, ficou hospitalizado por 39 dias após ter contraído a covid-19. Ao longo desse período, seu quadro de saúde se agravava a cada dia, com baixos índices de oxigênio e aumento dos danos pulmonares. Foi quando o pneumologista Marcelo Amato decidiu realizar uma avaliação respiratória em Artur e conversou com o infectologista responsável e equipe sobre a conduta médica a adotar nesse caso. Ele então optou por testar a BRIC em Artur. Seu quadro apresentou melhora muito rapidamente e após cinco dias de uso do dispositivo e com o tratamento finalizado, ele ficou por mais cinco dias no hospital e recebeu alta médica.

 

Após a alta hospitalar e se recuperando em casa, o cirurgião cardiovascular Artur Raoul se lembra do momento em que o pneumologista tomou a decisão que salvaria a sua vida. “Ele (Amato) me falou sobre a possibilidade do uso da BRIC”, comenta o cirurgião, que assinou um termo de consentimento para utilizar o equipamento. Como médico, eu já sabia algo sobre o uso do helmet (capaceteem inglês) na Itália. No hospital, sabiam da existência do dispositivo, mas não usavam. E foi a cereja do bolo: após cinco dias de tratamento com a BRIC, tive uma melhora significativa, enfatiza.

 

O sucesso do tratamento do paciente se deu pelo uso de uma nova técnica, desenvolvida pelo pneumologista Marcelo Amato. Ela consiste na utilização de um cateter de alto fluxo acoplado à BRIC, que permite manter uma Pressão Positiva Expiratória Final (PEEP). Ou seja, a técnica permite que o capacete exerça uma pressão positiva controlada dentro dos alvéolos pulmonares ao final da expiração, com o objetivo de reduzir o esforço respiratório do paciente.

 

A técnica faz uso de dois mecanismos para aumentar o grau de proteção pulmonar. O primeiro é o cateter nasal de alto fluxo, que injeta um fluxo constante de ar umidificado a 100% e aquecido a 37°, em vias aéreas superiores (através das narinas), que resulta na lavagem do espaço morto do pulmão e remove as moléculas de gás carbônico a cada expiração”, explica o pneumologista. “Assim, o paciente consegue oxigenar e eliminar o gás carbônico do sangue com um volume corrente menor, gerando alívio da sensação de dispneia e diminuição do trabalho dos músculos inspiratórios. O segundo mecanismo se processa quando conectamos o capacete a um ventilador mecânico, no modo CPAP (Continuous Positive Airway Pressure” ou, em português, Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas). Isso é capaz de prover a PEEP sem muito incômodo, resultando numa pressão constante em vias aéreas superiores, chegando até os alvéolos e, assim, o paciente consegue respirar melhor, com menos força, e sente menos falta de ar. Isso (o dispositivo) era tudo o que precisávamos para estabilizar o paciente, afirma o médico.

 

Em casa, aliviado e esperançoso, Raoul já não precisa mais do auxílio de cilindros de oxigênio. Ele faz caminhadas no condomínio em que reside, realiza medições periódicas da saturação de oxigênio, além de seguir o tratamento com uso de medicamentos. Ainda sinto um pouco de falta de ar, mas perto do que era, estou bem melhor. De acordo com as expectativas médicas, vai demorar seis meses para me recuperar totalmente”.

 

O engenheiro Guilherme Thiago de Souza comemora os efeitos da combinação de elementos para o êxito do método utilizado. Em conjunto com outros protocolos de tratamento da Covid-19 para uma melhora inédita do quadro clínico do paciente, a técnica trouxe resultados bem expressivos. A recompensa é a gratidão de constatar que o projeto realmente salva vidas e justifica todo o esforço, investimento e energia aplicados”, conclui o CEO da Roboris.

 

Crimes cibernéticos e LGPD impulsionam mercado de cibersegurança e forçam executivos a se envolverem no processo decisório, diz relatório ISG

Segundo o relatório divulgado pela TGT Consult, ataques cibernéticos evoluem de forma sofisticada e exigem das empresas cada vez mais consultorias estratégicas e novas tecnologias; Trabalho remoto também fez demanda por segurança crescer na pandemia

 

A crescente importância da segurança cibernética está mudando a maneira como as empresas adquirem serviços de segurança estratégica, revela o estudo ISG Provider Lens™ Cyber ​​Security - Relatório de soluções e serviços 2020, divulgado pela TGT Consult no Brasil. 

De acordo com o documento, o crescimento dos crimes cibernéticos e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) podendo entrar em vigor ainda neste mês são fatores fizeram com que principais executivos buscassem compreender os riscos cibernéticos e se envolvessem mais na tomada de decisões relacionadas à segurança.

“Regulamentações mais rígidas estão levando ao amadurecimento do mercado de TI. No Brasil, a aplicação da LGPD exige que a maioria das empresas mude seus processos e tecnologias de apoio em relação à proteção de dados e define funções, responsabilidades e penalidades”, aponta o relatório inédito. 

Omar Tabach, sócio da TGT Consult, consultoria que promove as pesquisas do Information Services Group (ISG) no Brasil, explica que a decisão de incluir o tema Cyber Security no calendário de 2020 se deve ao crescimento dos crimes cibernéticos, bem como à importância que a segurança cibernética ganhou em razão da LGPD. 

“O principal motivo é a sofisticação desses crimes e da premência deste tema entre os nossos clientes de consultoria. Hoje, a questão não é se você vai sofrer um ataque cibernético, mas quando ele vai acontecer. Temos visto exemplos recentes de ataques no Brasil, como em companhias elétricas e universidades. Esse crescimento e a entrada da LGPD prevista para agosto trouxeram uma grande demanda por parte das empresas em entender como o serviço de segurança cibernética está organizado no Brasil, qual é o nível de desempenho, qual é o diferencial, os nichos e as peculiaridades, já que se trata de um mercado que não possuía nenhum tipo de mapeamento formal no país”. 

Além do LGPD, algumas empresas brasileiras estão atualizando suas medidas de segurança cibernética em resposta à pandemia da COVID-19, que estimulou uma mudança para permitir que muitos funcionários trabalhem em casa, destaca o levantamento. Embora não haja estatísticas disponíveis, há uma percepção no Brasil de que os ataques cibernéticos aumentaram durante a pandemia.

Pedro L. Bicudo Maschio, autor da pesquisa ISG, explica que o cibercrime vem evoluindo rapidamente, portanto é importante que as empresas compreendam que isso exige mais do que os tradicionais SOC’s (Security Operations Center). “Precisa ser capaz de identificar essas novas tecnologias e criar uma capacidade de reação, pois os ataques vão acontecer. As empresas precisam ter parceiros de segurança e essas consultorias estão se organizando para oferecer o serviço de CDC (Cyber Defense Center), que propõe para o cliente justamente isso: dar suporte no momento que for preciso e preparar pessoas e ferramentas. Em caso de vazamentos, é necessário conseguir provar que a culpa não foi da empresa, mas sim de um hacker criminoso, e até reparar problemas. Essa sofisticação é muito mais ampla e requer que as empresas escolham bem seus parceiros”. 

De acordo com o relatório, essa maior atenção à segurança cibernética no Brasil vem levando as empresas de consultoria tradicionais a se concentrarem em avaliações e projetos de arquitetura de tecnologia cibernética. Com isso, cresce também a demanda por especialistas e novas ofertas de serviços. Grandes empresas de consultoria reestruturaram seus portfólios de consultoria estratégica para incluir segurança cibernética.

Pedro Bicudo destaca que o maior desafio deste mercado é formar pessoas. Muitas empresas têm feito programas internos para identificar essas pessoas e produzir nelas um treinamento adequado. “Formar profissionais é uma prática que os líderes presentes no relatório desenvolveram muito bem”. 

Para resolver as lacunas de segurança contínuas, os principais provedores de serviços desenvolveram plataformas proprietárias que integram muitas soluções de segurança, acrescenta o relatório. O mercado de serviços técnicos no Brasil é altamente fragmentado, com centenas de provedores de serviços oferecendo serviços de integração. Muitos, no entanto, não têm experiência adequada ou operam apenas em uma região limitada.

O relatório também vê provedores de serviços adotando inteligência artificial e ferramentas de aprendizado de máquina para oferecer serviços de segurança gerenciados. Essas ferramentas absorvem grandes quantidades de dados e usam análises inteligentes para identificar como as ameaças estão se transformando e se espalhando. Os serviços de segurança gerenciados se tornaram uma necessidade para muitas empresas.

Mas o autor da pesquisa ressalta: “O serviço de cibersegurança ainda depende muito do especialista, já que não se trata de um serviço automatizado. A automação que vem surgindo nos últimos anos, inclusive utilizando IA, não é para substituir os experts, mas sim para agilizar os diagnósticos e mapeamento de um número maior de parâmetros e incidências para conseguir reduzir falsos positivos”. 


Quadrantes

O ISG Provider Lens ™ Cyber ​​Security - Relatório de Soluções e Serviços para o Brasil 2020 avalia as capacidades de 55 provedores em cinco quadrantes: Gerenciamento de Identidade e Acesso, Prevenção de Vazamento / Perda de Dados, Serviços Técnicos de Segurança, Serviços Estratégicos de Segurança e Serviços Gerenciados de Segurança.

O relatório nomeia a IBM como líder em quatro quadrantes e a Logicalis como líder em três quadrantes.

Agility Networks Tecnologia, Broadcom, Deloitte e ISH Tecnologia são nomeadas como líderes em dois quadrantes, e Accenture, Capgemini, CenturyLink, Compasso UOL, EY, Forcepoint, McAfee, Microsoft, NTT, Okta, OpenText, Oracle, PwC, senhasegura, Stefanini Rafael, Trend Micro, Unisys e Varonis líderes em um quadrante.

Uma versão customizada do relatório está disponível na ISH Tecnologia pelo link: https://lp.ish-latam.com/isg-provider-lens-cybersecurity-solutions-services-brasil-2020 

 




TGT Consult

https://www.tgt.com.br/

 

ISG (Information Services Group)

www.isg-one.com


O que você tem feito para ingressar em um mercado mutante cada vez mais digital?

O mercado que já estava em processo de intensa mudança, migrando cada vez mais do meio físico para o digital, teve um gatilho inesperado nos últimos seis meses com o advento da Covid-19 e sua avassaladora consequência em relação a cuidados com a saúde e mudança de hábitos de consumo no mercado, bem como a adequação de necessidades básicas antes passadas de forma desapercebidas, que culminaram com o isolamento social necessário para os devidos cuidados sanitários que chegaram a fechar o comércio por períodos, em um nível nunca antes vistos pela sociedade moderna.

O fato é que os padrões de consumo virtuais já estavam em uma fase crescente, e com a aceleração exercida pela pandemia fez aflorar e amadurecer rapidamente mercados antes mais resistentes e tradicionais, tais como serviços médicos, educação, lazer, bem-estar, entretenimento e até exercícios físicos, ou seja a qualidade de vida apenas mudou sua forma e está se adequando aos novos consumidores.

Bem-vindo (a) ao novo momento do mercado mutante digital e suas amplas possibilidades.

Toda essa mudança ocorre em meio a uma das maiores taxas de desemprego já percebida no Brasil, gerando grande inquietação por parte dos trabalhadores sobre qual seria o melhor caminho para amadurecer uma carreira em meio a um cenário que mistura caos e boas oportunidades mercadológicas, uma vez que cerca de 12,7 milhões de brasileiros estão fora do mercado de trabalho e ávidas por dias melhores.

Nessa linha de pensamento, podemos destacar que todas essas mudanças e novos hábitos, tecnologias e possibilidades emergentes têm o conhecimento e adaptação na área tecnológica como fator essencial para sobrevivência não somente em tempos atuais, mas no pós pandemia que está próximo e com certeza nos apresentará uma demanda reprimida em vários setores da economia.

Sendo assim, reafirmamos que, conhecimentos de conceitos de análise e tendência de mercado, marketing internacional, redação para web, ferramentas de marketing digital, Google Ads, Facebook e Instagram Ads, Neuromarketing, Internet das Coisas – IOT, IA, BIBusiness Inteligence, Big Data, E-Business e E-Commerce e Processos de Design Thinking devem fazer parte do dia a dia de gestores e empreendedores nesse novo mundo que presenciamos em 2020.

Prepare-se e tenha uma grande vantagem competitiva no novo momento que o mundo nos apresenta, seja um profissional acima da média, afinal, como diria Walter Elias Disney, todos seus sonhos podem ser realizados, se não nos faltar coragem para persegui-los.

 



Achiles Batista Ferreira Junior - coordenador do Curso de Graduação em Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


Procon-SP divulga empresas mais reclamadas

 Em 2019, a TIM lidera pelo segundo ano consecutivo, seguida pelo Grupo Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.Com)


No ano de 2019, foram registrados no Procon-SP e em Procons Municipais conveniados mais de um milhão de atendimentos e, deste total, 65.018 tornaram-se Reclamações Fundamentadas. Dentre as empresas com mais reclamações, a TIM lidera pelo segundo ano consecutivo, seguida pelo grupo Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.Com). O terceiro e o quarto lugar são ocupados por duas teles, Vivo/Telefônica e Claro/Net/Embratel, respectivamente; o grupo Itaú/Unibanco ficou na quinta posição.

As Reclamações Fundamentadas são demandas não solucionadas em fase preliminar que seguiram para uma segunda etapa de conciliação, com a abertura de processo administrativo. As reclamações do Procon-SP representam 58% do total e as dos Procons Municipais conveniados, 42 %.

O total de mais de um milhão de atendimentos é composto por consultas, atendimentos preliminares, Cartas de Informações Preliminares (primeira notificação enviada ao fornecedor pedindo informações e a solução para o problema) e reclamações.

"No ranking anual de reclamações verificamos que as empresas de telefonia e instituições financeiras continuam liderando; e as vendas online da Via Varejo também ocuparam um destaque relevante, em razão dos problemas de entrega e dos golpes aplicados durante a pandemia. A publicação desse ranking anual lembra a importância de o consumidor reclamar, já que, além da possibilidade de aplicação de sanção, a empresa sofre uma censura pública com a divulgação", afirma Fernando Capez, secretário de defesa do consumidor.


O Cadastro

A divulgação do Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentadas do ano é uma determinação do Código de Defesa do Consumidor e é feita pela Fundação Procon-SP, na qualidade de coordenadora do Sistema Estadual de Defesa de Consumidor.

Os dados do cadastro incluem as reclamações registradas no Procon-SP e em mais 48 Procons Municipais conveniados ao órgão estadual. O consumidor tem acesso completo aos cadastros registrados nos últimos cinco anos no site http://www.procon.sp.gov.br

Veja aqui o ranking das empresas mais reclamadas


Mais reclamadas

Em 2019, a empresa TIM se manteve no topo do Ranking Estadual de Reclamações pelo 2º ano consecutivo, com um aumento de 62% no número de registros, que saltaram de 2.325 em 2018 para 3.787 em 2019, dos quais 2.824 foram atendidos e 963 não foram atendidos. Desde 2017, a TIM tem se destacado como uma das empresas mais reclamadas, no Estado de São Paulo, porém, neste ano, o problema se acentuou com a empresa abrindo uma diferença de mais de 1.000 reclamações em relação ao ano anterior.

No segundo lugar, está o grupo Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.Com) cujas empresas integrantes têm alternado posições nos primeiros lugares do Ranking (1º lugar em 2017 e 3º em 2018). Em 2019, além de permanecer em destaque negativo, ela também apresentou um aumento significativo no número de reclamações registradas, passando de 2.264 em 2018, para 3.556 em 2019, um aumento de 57%.

Em terceiro lugar está a Vivo/Telefônica, que caiu uma posição em relação ao ano de 2018, mas, da mesma forma que a TIM e a Via Varejo, apresentou um aumento no número de reclamações, passando de 2.279 em 2018 para 2.437 em 2019. Porém, mais grave do que o aumento no número de registros foi a sensível piora no índice de solução das reclamações, que caiu de 65% de reclamações atendidas em 2018 (um índice que já era baixo), para 57% de atendidas em 2019.

A Claro/Net/Embratel permanece no 4º lugar do Ranking, apesar de uma pequena redução no número de reclamações, que passou de 2.069 em 2018, para 1.924 em 2019. O grupo Itaú Unibanco, que estava em 8º lugar em 2018, com 1.137 reclamações, passou para a 5º posição com 1.673 reclamações em 2019, mantendo um baixíssimo índice de atendimento, apenas 32% de reclamações atendidas em 2019.


Outros destaques

Da mesma forma que em 2018, das dez empresas mais reclamadas em 2019, oito já estavam nesse grupo no ano anterior. As outras duas são Avianca, que aparece em 8º lugar, com 1.087 reclamações, e Santander, que estava em 14º em 2018 e passou para 9º no Cadastro de 2019. O destaque negativo no caso da Avianca é o percentual de 99% de reclamações não atendidas. No caso do Santander, além do aumento geral no número de registros, é também o aumento no número de reclamações não atendidas, cujo índice passou de 67% em 2018 para 77% em 2019.

A Enel/Eletropaulo, piorou sua posição no Ranking, indo do 10º lugar em 2018 para o 7º lugar em 2019, com um aumento no número de reclamações, de mais de 40%. Para piorar, conseguiu aumentar o número de reclamações não atendidas, foram 1.194 reclamações não atendidas, num total de 1.419.

A SKY, que já havia sido destaque em 2018 - chegando a 1.349 reclamações e ao 6º lugar do Ranking - continua entre as dez mais reclamadas, na 10º posição, com 1.038 registros.

 


Procon-SP


Liderança feminina precisa ser mais representativa no mundo dos negócios

Ao longo dos últimos anos, as mulheres têm assumido seu protagonismo no mundo corporativo, quebrando pré-conceitos e rótulos sobre suas competências profissionais. Mas as conquistas não anulam o quanto ainda é necessário evoluir a discussão sobre o assunto dentro das empresas. Isso porque a representatividade feminina é um assunto corporativo, como todas as demais questões sociais, e é fundamental assumir um papel ativo ao enfrentar esses temas, se as empresas quiserem pessoas e resultados melhores.

Uma pesquisa do Instituto Insper indicou, em 2019, apenas 13% das empresas brasileiras têm CEO’s mulheres e, em posições de diretoria, somente 26%. Os números revelam que ainda são minoria em representatividade na gestão das empresas, mesmo com pesquisas que apontam para a relação entre diversidade de gênero em cargos de liderança e maior rentabilidade. O feminismo corporativo precisa discutir, em especial, as relações profissionais sob os aspectos de respeito e igualdade, que são desafios da liderança de equipes.

Um bom líder tem características que podem e devem ser desenvolvidas no processo de liderança. É preciso saber orientar, motivar, gerir conflitos, manter a equipe sob um mesmo propósito e, sem dúvida, saber ouvir. É seu papel estar atento a possíveis conflitos entre as pessoas de sua equipe, tratá-los de forma adequada e não jogar os problemas para debaixo do tapete. Exatamente por este motivo as discussões sobre o feminismo corporativo são tão importantes para o desenvolvimento das pessoas .

Os exemplos de comportamentos prejudiciais à convivência positiva são inúmeros, a começar pelos rótulos e estereótipos que as mulheres carregam pela vida inteira, e que também são transportados para a vida profissional. Já no momento da contratação de um profissional existe diferença de tratamento. Muitas vezes quando um homem é contratado, os comentários são sobre sua competência profissional, quando é uma mulher comenta-se sobre beleza física.

Durante toda a jornada profissional os rótulos ainda as perseguem, pois são constantemente requisitadas a provar sua capacidade intelectual para realizar o trabalho e conquistar altos cargos e é responsabilidade dos líderes quebrar esse ciclo, que promove ambientes nos quais esforços e oportunidades são desiguais. É preciso também dar um basta definitivo nos assédios que ocorrem dentro das empresas, principalmente os psicológicos (mobbing), promovendo diálogos mais aberto sobre o que é e como ocorre, poque suas vítimas mais comuns são mulheres, que sofrem violência emocional em condutas abusivas e de medo extremo.

Sabe aquele chefe que todo mundo obedece por medo? Ou aquele colega de trabalho que insiste em fazer brincadeiras sobre o tipo físico de alguém? Ou ainda aquele que faz comentários machistas avassaladores que trazem insegurança? Pois é, isso ainda acontece e não deveria.

Outro tipo de comportamento comum é a interrupção masculina frente à uma fala feminina, meramente pela distinção de gênero em reuniões de equipe, com clientes e possíveis parceiros. Além de ser extremamente deselegante, essa ação traz insegurança e afeta o resultado de projetos. Cabe à liderança ouvir toda a equipe e promover melhor integração, mais respeito e liberdade para propor novas ideias e produtos. Por fim, existe ainda o mansplannig, que é a mania desagradável de alguns homens de explicar para as mulheres o que já sabem, sem ser solicitado, de forma a promover sua suposta superioridade. Esses são alguns exemplos do que uma liderança não pode admitir, sob qualquer hipótese, em sua equipe. E por passar ou já ter passado por experiências semelhantes é que líderes mulheres em um ambiente plural tendem a ter melhores resultados organizacionais.

A sensibilidade para liderar é um pré-requisito para qualquer líder, afinal bons resultados, em geral, são consequência de relações construídas com base em respeito e igualdade e para que exista uma sociedade mais justa é preciso uma mudança da cultura empresarial. A liderança deve dar voz e representatividade para todas e todos, independentemente de seu gênero, idade, cor de pele e condição social ou econômica, e os ambientes de trabalho devem ser espaços acessíveis para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Nós, mulheres, já ocupamos hoje, com representatividade, igualdade e respeito funções e desafios importantes graças a nossa competência e dedicação. A tendência é que nossa participação corporativa cresça e nos leve cada vez mais longe nos próximos anos.

 

 


Elaisa Bagatelli - diretora da Área de Gestão e Qualidade na Fass

 

Gás mais caro: veja dicas para economizar no gás de cozinha

Os custos de gás podem comprometer ainda mais o orçamento das famílias


A Petrobras anunciou o reajuste de 5% no gás de cozinha, o sexto consecutivo desde maio. Atualmente, o GLP acumula uma alta de 5,3% no ano.
Os valores para o consumidor final também ficarão mais altos, pois além de terem liberdade para praticar preços, as distribuidoras devem ainda incorporar o valor de impostos (ICMS, PIS/Pasep e Cofins) e outros custos como mão de obra, logística e margem de lucro. 


Nessa hora, várias práticas passadas de geração em geração podem ajudar na redução do consumo, mas a mais eficiente delas é, sem dúvidas, a pesquisa de preços. 



Economizando na hora de cozinhar

Além da pesquisa de preços, algumas práticas na hora de cozinhar podem fazer com que o botijão de 13kg dure mais. Confira algumas dicas produzidas por especialistas do aplicativo Chama para economizar no uso do botijão de gás:

1 - Pré-aqueça o forno pelo tempo necessário: Alguns alimentos, como assados, requerem o pré-aquecimento do forno, mas não é preciso fazer isso por um longo período. Geralmente 10 minutos antes a 200 ºC fará com que a temperatura fique média e ideal para boa parte dos alimentos.

2 - Use panelas proporcionais à boca do fogão: O uso da panela deve ser equivalente ao tamanho da boca do fogão ou há desperdício de gás, pois parte do calor gerado acaba passando para o ar e não para a panela.

3 - Use o vapor: Enquanto cozinha outros alimentos, é possível utilizar o vapor do preparo colocando uma escorredeira metálica sobre a panela para cozinhar legumes.

4 - Use a tampa da panela: O preparo de pratos como macarrão, por exemplo, permite que o cozimento seja feito com o fogo desligado ao usar a tampa. Para isso, basta deixar a água ferver, adicionar a massa, desligar o fogo e tampar.

5 - Forno fechado e cheio: Abrir e fechar a porta do forno muitas vezes é a receita para o desperdício de gás. Tente observar os alimentos utilizando a luz interna e, sempre que possível, asse mais de um alimento ao mesmo tempo.

6 - Evite colocar o fogão perto de lugares que corre muito vento, como: janelas, portas, ventiladores para que assim as chamas não apaguem e o gás escape.

7 - Corte em pedaços menores: Alimentos cortados em partes pequenas cozinham mais rápido, fazendo com que o gás seja menos utilizado.

8- Atenção aos sinais de que o gás está acabando: quando o botijão está no fim, as chamas ficam com as pontas avermelhadas, o que demonstra que a combustão não está sendo eficaz e que a pouca quantidade de GLP "queima" com dificuldade em reação com o oxigênio.

9 - Uma grande aliada na economia de tempo é a panela de pressão, que além disso reduz os gastos com gás. A pressão faz até os alimentos mais difíceis cozinharem com mais facilidade, sem que eles precisem ficar por tempo prolongado na panela.

10 - Se acabar o gás, baixe o aplicativo Chama, no qual os usuários podem fazer pesquisa de preço para escolher o revendedor mais barato e têm acesso às várias facilidades como fazer o pagamento pela ferramenta ou no momento da entrega em dinheiro, cartão ou débito e tempo de entrega. Também é possível escolher o revendedor ou marca preferidos e ainda ver avaliação de outros usuários que já compraram naquela unidade. Acompanhar a entrega em tempo real é outra das vantagens do aplicativo.


Como preservar a memória e evitar os lapsos dos tempos atuais

Com quarentena, trabalho em casa, aulas online e todas as mudanças geradas pela pandemia, tivemos grandes alterações na rotina. Somado ao acúmulo de atividades e responsabilidades, além das tecnologias que têm nos ajudado a sobreviver, mas, por outro lado, “pensam por nós”; muitos têm sentido perda da noção de tempo e lapsos de memória.

“De fato, a memória é uma das nossas funções cognitivas mais importantes e serve para arquivar experiências e informações adquiridas ao longo da vida. A perda de memória patológica acomete, principalmente, a memória de curto prazo, aquela que usamos para nos lembrar de algo recente. Um exemplo é a pessoa que tende a repetir as mesmas perguntas que foram respondidas há pouco tempo”, explica a psiquiatra Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e psiquiatra geral na Unifesp. 

 

Como manter a boa memória

A área da neuropsicologia, que estuda a memória, ainda é muito nebulosa. Mas estudos mostram que os bons hábitos de vida são verdadeiros aliados da boa memória. Dentre eles, a prática de atividade física aeróbica por, pelo menos, três vezes na semana. “O exercício intensifica a capacidade cognitiva, de atenção e concentração. Outro fator muito importante é o sono. Noites mal dormidas interferem muito na manutenção da memória, já que ela é consolidada neste período. O tabagismo e o uso frequente de álcool também são prejudiciais, pois provocam um envelhecimento cerebral precoce”, aponta Danielle H. Admoni.

Em relação aos medicamentos, há controvérsias. Uma pesquisa recente indicou que o uso de donepezila, uma medicação utilizada para o Alzheimer, aumenta a capacidade da memória de portadores da síndrome de Down. Isso fez com que universitários americanos passassem a usá-la. “No entanto, ainda não há nenhuma comprovação científica que mostre a sua eficácia em pessoas que não possuem a síndrome. Alguns fitoterápicos, como ginko biloba, parecem melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, beneficiando, indiretamente, a memória”.

Segundo a psiquiatra, a melhor forma de diagnosticar estas patologias é a realização de uma avaliação neurológica e psiquiátrica. “Vale citar também outras boas dicas que podem melhorar significativamente a memória e a atividade cognitiva, principalmente nos tempos atuais. Leitura, aprendizado de novas línguas, a prática de exercícios matemáticos e a constante sociabilização, ainda que virtual, são hábitos importantes para a manutenção da memória e para retardar o surgimento de demências comuns a idade avançada”, finaliza Danielle.

 

Como preservar a memória e evitar os lapsos dos tempos atuais

Com quarentena, trabalho em casa, aulas online e todas as mudanças geradas pela pandemia, tivemos grandes alterações na rotina. Somado ao acúmulo de atividades e responsabilidades, além das tecnologias que têm nos ajudado a sobreviver, mas, por outro lado, “pensam por nós”; muitos têm sentido perda da noção de tempo e lapsos de memória.

“De fato, a memória é uma das nossas funções cognitivas mais importantes e serve para arquivar experiências e informações adquiridas ao longo da vida. A perda de memória patológica acomete, principalmente, a memória de curto prazo, aquela que usamos para nos lembrar de algo recente. Um exemplo é a pessoa que tende a repetir as mesmas perguntas que foram respondidas há pouco tempo”, explica a psiquiatra Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e psiquiatra geral na Unifesp. 

 

Como manter a boa memória

A área da neuropsicologia, que estuda a memória, ainda é muito nebulosa. Mas estudos mostram que os bons hábitos de vida são verdadeiros aliados da boa memória. Dentre eles, a prática de atividade física aeróbica por, pelo menos, três vezes na semana. “O exercício intensifica a capacidade cognitiva, de atenção e concentração. Outro fator muito importante é o sono. Noites mal dormidas interferem muito na manutenção da memória, já que ela é consolidada neste período. O tabagismo e o uso frequente de álcool também são prejudiciais, pois provocam um envelhecimento cerebral precoce”, aponta Danielle H. Admoni.

Em relação aos medicamentos, há controvérsias. Uma pesquisa recente indicou que o uso de donepezila, uma medicação utilizada para o Alzheimer, aumenta a capacidade da memória de portadores da síndrome de Down. Isso fez com que universitários americanos passassem a usá-la. “No entanto, ainda não há nenhuma comprovação científica que mostre a sua eficácia em pessoas que não possuem a síndrome. Alguns fitoterápicos, como ginko biloba, parecem melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, beneficiando, indiretamente, a memória”.

Segundo a psiquiatra, a melhor forma de diagnosticar estas patologias é a realização de uma avaliação neurológica e psiquiátrica. “Vale citar também outras boas dicas que podem melhorar significativamente a memória e a atividade cognitiva, principalmente nos tempos atuais. Leitura, aprendizado de novas línguas, a prática de exercícios matemáticos e a constante sociabilização, ainda que virtual, são hábitos importantes para a manutenção da memória e para retardar o surgimento de demências comuns a idade avançada”, finaliza Danielle.

 

A POLÍTICA DOS LADRÕES

 Bastou a lei favorecer a simplicidade dos processos licitatórios com vistas à aquisição de equipamentos e serviços, dentro das urgências impostas pela pandemia, para os ladrões saírem da caverna.  E entrarem em operação nos suntuosos gabinetes do poder. Seis governadores de estado estão sendo investigados. Estima-se que fraudes, segundo matéria da Veja, se elevem a R$ 4 bilhões. O governador do Rio de Janeiro, ex-magistrado que ganhou fama por linha dura, foi afastado do cargo pelo STJ. A Polícia Federal e o Ministério Público já identificaram operações fraudulentas em 19 estados da federação!

            Impressiona particularmente o histórico de corrupção no Rio de Janeiro. Seis governadores fluminenses se envolveram com esquemas corruptos que, de longa data, infestam o ambiente político local. Alguns conheceram por trás das grades o sistema penitenciário sobre o qual, um dia, exerceram competências de ofício. A Alerj e a Câmara de Vereadores do Rio são o que se sabe. Ali, rachadinha é tira-gosto, antes do banquete.

            Diante disso, cabe a pergunta: de onde procede tanta fragilidade moral, incapaz de resistir à tentação do dinheiro farto e fácil da corrupção? De um lado, a punibilidade tornou-se hipótese remotíssima e a punição por esse específico crime faz gemer as entranhas do STF, sempre pronto a conviver com a morosidade dos meandros processuais e com a benevolência das execuções penais. De outro, como confessou abertamente Sérgio Cabral, condenado a 280 anos de prisão, "apego a poder e dinheiro é um vício".

            Como se forma esse vício? Como todo vício, ele implica uma confusão conceitual entre satisfação e felicidade, fazendo da vida um inferno entre prazeres ocasionais. É a história de todos os dependentes. Acontece que nossa sociedade deixou de lado verdades, princípios e valores para cair na lassidão moral e no cinismo dos quais a corrupção é apenas uma das mais visíveis consequências.

            É bem característica destes nossos tempos a troca dos sólidos fundamentos de uma vida digna pela moeda vulgar do "politicamente correto". Há mais espaço para a hipocrisia dos antifas do que para a instituição familiar, o respeito à vida, a religião e o amor a Deus.

            Se os valores rejeitados são ditos tradicionais, como definir os "não tradicionais"? Será necessário espremer às últimas gotas o pensamento picareta e a novilíngua para nominá-los com um adjetivo decente. E mais, se os valores tradicionais forem tão desprezados quanto gostariam seus detratores, tornar-se-á necessário convocar Diógenes com sua lanterna para encontrar o bom cidadão, o bom político, a boa instituição. E até mesmo o dinheiro roubado.

 


 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Integrante do grupo Pensar+.


88% dos brasileiros tomariam vacina contra Covid-19 caso estivesse disponível, aponta Ipsos

No Brasil, 51% acredita que vacina será disponibilizada para população ainda em 2020


Cerca de nove em cada dez brasileiros (88%) se vacinariam contra a Covid-19 caso a vacina fosse disponível para a população. É o que mostra a pesquisa “Global Attitudes on a COVID-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com 27 países para o Fórum Econômico Mundial. No ranking do estudo, o Brasil aparece empatado com a Austrália (também com 88%) na segunda posição, atrás apenas da China, onde quase a totalidade (97%) dos entrevistados afirma que tomaria a vacina contra o coronavírus. No terceiro posto, está a Índia, com 87%. A média global é de 74%.

Entre os entrevistados brasileiros que responderam que não se vacinariam, 63% justificam que se preocupam com os efeitos colaterais, 21% não acreditam que a imunização seria eficaz, 10% acham que não estão correndo risco de se contaminar com a doença, 7% são contra vacinas em geral, 2% declaram não ter tempo e 18% alegam outras razões. A questão possibilitava responder múltiplas alternativas.

Além disso, também são os chineses aqueles que mais acreditam que haverá vacina contra Covid-19 disponível até o final de 2020: 87% do total de respondentes do país. Juntam-se à China no pódio dos mais otimistas a Arábia Saudita (75%) e a Índia (74%). Já no Brasil, pouco mais da metade dos ouvidos (51%) acredita que a sociedade terá uma vacina ainda neste ano. Considerando todas as nações, a média é de 41%.

A pesquisa “Global Attitudes on a COVID-19 Vaccine” foi realizada com aproximadamente 20 mil entrevistados, com idade entre 16 a 74 anos, de 27 países. O estudo foi conduzido pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial entre 24 de julho e 07 de agosto de 2020, e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


No Brasil, falta de planejamento financeiro inviabiliza aposentadoria digna

Nem mesmo as barreiras colocadas pela Reforma da Previdência foram capazes de provocar mudança na forma do brasileiro se relacionar com o dinheiro. Segundo o Relatório Global do Sistema Previdenciário 2020, da seguradora Allianz, cerca de 90% das pessoas com mais de 25 anos não poupam dinheiro pensando na aposentadoria.

O que historicamente é tido como um hábito ruim pode resultar, com as mudanças na previdência, em grandes prejuízos futuros. “Essa falta de planejamento financeiro leva os idosos a terem que trabalhar por muito mais tempo para complementarem a renda após a aposentadoria, já que os benefícios pagos pela Previdência Social não são capazes de suprir todas as necessidades e manter o padrão de vida de muita gente”, explica o gestor de riscos financeiros Yuri Utida.

Utida conta que a Reforma, somada ao aumento da expectativa de vida do brasileiro, derrubará a renda de muitas famílias, levando boa parte dos idosos a buscarem uma complementação de renda. “O problema na mentalidade do brasileiro, que historicamente não costuma investir ou guardar dinheiro, é não planejar o futuro. Vemos que muita gente conta com a sorte para não sofrer um revés financeiro e que ainda se apoia na ideia errônea de que a Previdência Social pode garantir um futuro digno para todos. Há também aqueles que vivem da ilusão de enriquecer do dia para a noite com loterias. E quando isso não acontece, as consequências podem ser desastrosas”, acrescenta o gestor.

Yuri espera que a crise causada pela pandemia mude
a relação do brasileiro com o dinheiro
Divulgação

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), comprova a análise do gestor de riscos e revela que a ideia de descanso após décadas de trabalho está saindo do horizonte dos brasileiros. Segundo o levantamento, pelo menos 21% da população idosa continua ativa no mercado de trabalho, mesmo depois de aposentada. “Este número já é alto e deve crescer ainda mais com a pandemia de coronavírus, que retirou parte ou toda a renda de muitos trabalhadores, fazendo com que muitas famílias fiquem ainda mais dependentes dos benefícios recebidos pelos idosos”, alerta Utida.

A pandemia evidenciou para muita gente a necessidade de fazer um planejamento que permita manter o padrão de vida em momentos de crise. “Sem poder trabalhar, muitos profissionais liberais sentiram na pele a importância de guardar dinheiro. A incerteza que a pandemia despertou nas pessoas levou ao aumento da procura por seguros de vida”, afirma.

A esperança do gestor é que este mal alavanque uma mudança na forma do brasileiro se relacionar com o dinheiro. “Podemos estar diante de uma mudança que fará com que as pessoas se preocupem com o futuro e planejem uma aposentadoria tranquila, afinal, viver cinco meses sem uma renda que lhe garanta o sustento é uma pequena amostra de como pode ser a velhice sem uma segurança financeira”, pontua Utida.

Na avaliação do especialista, há uma ideia equivocada que fazer o planejamento financeiro é algo apenas para os ricos. “Todo mundo pode se planejar para ter um futuro digno. O quantos antes começamos a investir na construção de um patrimônio, mais segurança e dignidade conseguimos oferecer a nós mesmos e às nossas famílias, mesmo após parar de trabalhar”, afirma.


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