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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Vasinhos podem virar varizes?

Se você já notou a presença de uma teia de vasos avermelhados nas suas pernas, certamente já se perguntou se esses vasinhos podem virar varizes.  A verdade é que essa dúvida é muito comum e costuma incomodar principalmente as mulheres, por razões estéticas. No entanto, mais do que uma preocupação com o visual, tanto vasinhos como varizes são sinais de uma doença e devem receber cuidado e atenção.

Fonte para entrevista: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar Prof. Livre Docente de Cirurgia Vascular FMUSP. Diretor da Spaço Vascular, realiza tratamento para varizes com espuma desde 2004. Mais de 20.000 consultas, 7000 Eco-dopplers e mais  7.000 pacientes tratados tanto na clínica privada como em ações humanitárias no Brasil e na Nicarágua.

Qual é a diferença entre os vasinhos e as varizes?

Para responder se os vasinhos podem virar varizes, primeiro é preciso entender o que eles são e qual a diferença entre esses dois quadros.

Os vasinhos nada mais são do que varizes muito pequenas, com menos de 3 mm de diâmetro, localizados na pele. Chamados de telangiectasias, são considerados o primeiro grau da Doença Venosa Crônica. Eles são assintomáticos ou apresentam sintomas leves, como coceira e ardência no local de concentração.

Já as varizes, são veias maiores (mais de 3 mm de diâmetro) que se apresentam dilatadas, tortuosas e saltadas abaixo da pele. Trata-se do grau 2 da mesma doença, ou seja, a diferença entre vasinhos e varizes está apenas no tamanho.

Vasinhos podem virar varizes?

Apesar de, do ponto de vista médico, tratarem-se da mesma doença, vasinhos não se tornarão varizes, porque são estruturas diferentes, tipos de veias distintos. Eles consistem em pequenas veias localizadas na camada da pele chamada derme, enquanto as varizes são encontradas no meio do tecido gorduroso abaixo da pele.

Vale dizer que ambos são sinais da mesma doença crônica, portanto, vasinhos, principalmente nos tornozelos, indicam que há mais chances de ocorrência de varizes. Entretanto, não se trata de uma evolução de um tipo para o outro, já que podem ocorrer concomitante ou independentemente. Uma paciente pode ter varizes sem apresentar vasinhos(não é comum) e vice-versa.

- Quando procurar um vascular?

O cirurgião vascular é o médico especialista em sistema circulatório — artérias, veias e sistema linfático. Ele é o responsável por avaliar e diagnosticar as doenças vasculares em estágio inicial, como os vasinhos ou avançado no caso das varizes, encaminhando a paciente para o melhor tratamento após o diagnóstico. 

Muitas pessoas acreditam que o único inconveniente das varizes é o constrangimento estético, porém, trata-se de uma doença que pode trazer sintomas desagradáveis e complicações. Por isso, ao apresentar qualquer sinal, é importante consultar o médico de varizes , principalmente quando os sinais estéticos são acompanhados de sintomas como:

  • dor, cansaço e sensação de peso nas pernas, principalmente ao final do dia;
  • edema ou inchaço de pés e tornozelos.
  • manchas escuras, castanhas nas pernas
  • coceira

Vasinhos geralmente são indolores, então, é importante atentar-se a isso.

- Quais são os fatores de risco para varizes e como preveni-las?

Como mencionamos, tanto os vasinhos como as varizes são sinais de um quadro mais amplo, a Doença Venosa Crônica. Não se sabe ao certo a causa dessa condição, porém, alguns fatores de risco, como genética, obesidade, sedentarismo, idade e comportamento, são associados a ela. 

Sendo assim, é recomendável manter um estilo de vida saudável e adotar alguns cuidados para prevenir o problema. No entanto, é importante salientar que nenhum hábito ou medida é capaz de evitar que as varizes apareçam, ainda que sejam indicados para amenizar os sintomas e, em alguns casos, retardar a evolução da doença. 

Como mostramos, saber se os vasinhos podem virar varizes é tão importante quanto entender a relação entre essas duas coisas. Sabendo que ambas são indícios de uma doença vascular, é essencial buscar ajuda médica para obter o tratamento adequado para o seu caso. 

Como diferenciar gagueira, disfemia e disfluência

A fala é um dos principais instrumentos de comunicação dos humanos com o mundo. É claro que existem outras formas de interação, mas qualquer problema com essa função pode causar insegurança tanto em adultos quanto crianças. Por isso, é importante conhecer os diferentes transtornos de fala para saber quais as melhores terapias.

 

Gagueira, disfemia e disfluência

Muitas pessoas confundem esses termos e acreditam tratar-se de uma coisa só. Entretanto, eles representam tipos de alterações na fala diferentes entre si (tome cuidado também para não confundir problemas de fala com problemas de voz). 

Para você entender melhor essas diferentes alterações, a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, lista as principais características de cada uma delas:

 

Disfemia

A disfemia normalmente manifesta-se entre os 2 e os 5 anos de idade. “Trata-se de uma característica genética que atinge pessoas de todas as raças e classes sociais. Normalmente, o indivíduo não consegue expressar uma ideia sem repetir algumas sílabas diversas vezes, o que se intensifica quando fica nervoso”, explica Cristiane. 

Na maior parte dos casos, os sintomas desaparecem até os 5 anos de idade. “Caso o problema persista mesmo após essa idade, é possível que esteja ligado a alterações cerebrais. Por isso, o ideal é procurar ajuda profissional o mais cedo possível. Geralmente, essa alteração é tratada por um fonoaudiólogo”.

 

Disfluência

Pode-se dizer que um indivíduo capaz de falar frases concisas, mantendo ritmo e harmonia, é fluente naquela língua, correto? Mas, quem sofre de disfluência não consegue manter esse ritmo. “Durante o discurso, podem aparecer repetições, alongamentos, apagamentos, inserções, pausas preenchidas, substituições, truncações, pausas silenciosas atípicas, marcadores de edição, erros morfossintáticos, dentre outros. Todos são sintomas de disfluência”, afirma Cristiane Romano. 

“Cada grupo de sintomas desse transtorno está ligado a determinado componente da fala. É claro que qualquer um de nós está sujeito a cometer erros durante um discurso, mas para os portadores de disfluência, isso se torna rotina. É impossível que falem sem recair em alguma dessas dificuldades”.

 

Gagueira

O senso comum classifica qualquer transtorno de fala, que tenha como principal característica a repetição, como gagueira. Entretanto, a gagueira é, na verdade, um dos sintomas tanto da disfemia quanto da disfluência. 

Nesta última, segundo a fonoaudióloga, o interlocutor pode ter problemas com repetidos bloqueios, ou seja, interrompe palavra ou frase repentinamente e demonstra grandes esforços para retomar a fala. Também pode ter problemas com interjeições, de modo que insira recorrentemente termos sem sentido ou coerência no meio do discurso.

“Normalmente, quando o indivíduo se vê diante de uma situação embaraçosa ou desafiadora, esse sintoma tende a se intensificar. Por causa disso, há alguns que se envergonham e se tornam pessoas mais fechadas, evitando interações. Esse não é o melhor caminho, visto que a ajuda médica é eficaz no tratamento do problema”, esclarece Cristiane Romano.


Marco histórico: OMS reconhece o Continente Africano livre do vírus da poliomielite

O continente Africano foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) livre do vírus selvagem da poliomielite. Esta certificação acontece quatro anos depois que a Nigéria registrou o último caso da doença.

Com isso, a região africana e os nossos parceiros da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), do Rotary International, sinalizam um enorme passo em direção à eliminação da paralisia infantil globalmente. A certificação é uma grande conquista na área da saúde pública para os rotarianos, agentes da saúde, líderes locais e nacionais, sem contar o grande número de parceiros.

Agora, são cinco das seis regiões indicadas pela OMS, que representam mais de 90% da população mundial livres da pólio. O anúncio foi feito pelo Presidente do Rotary International 2020-21, Holger Knaack, hoje, às 12h30 no horário de Brasília.

De acordo com o Governador 2020-21 do Rotary Distrito 4563, Jô Antiório essa conquista é um marco para a Instituição que luta para erradicar a doença há mais de 30 anos. “Precisamos acabar com a pólio em todos os locais possíveis. Se parássemos os trabalhos feitos pelo Rotary hoje, em dez anos a doença poderia voltar a paralisar cerca de 200 mil crianças no mundo por ano”, diz.


Sobre o Rotary International

O Rotary Internacional é uma rede global de líderes profissionais que veem um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo. Os associados ajudam a humanidade há mais de 115 anos. Por meio de projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estão sempre procurando maneiras de criar um mundo melhor.

Por acreditar em encontrar soluções para muitos problemas mundiais, os mais de 36 mil Rotary Clubs e 1,2 milhões de associados em todo o mundo trabalham para: promover a paz, combater doenças, fornecer água limpa e saneamento, cuidar da saúde de mães e filhos, apoiar a educação e favorecer o desenvolvimento econômico.


Doença rara relacionada à prótese de silicone é descoberta por médico brasileiro

 A SIGBIC causa sintomas clínico específicos e afeta o sistema imunológico

 

O médico e pesquisador Dr. Eduardo Fleury, radiologista e coordenador da equipe de Imaginologia Mamária do IBCC Oncologia, descobriu uma doença associada aos implantes mamários, denominada SIGBIC (granuloma induzido por silicone na cápsula).

Os principais sintomas da doença são: manchas na pele, dores articulares, colites, endurecimento das próteses, aumento das mamas e sinais inflamatórios no seio comprometido. A maioria das pacientes avaliadas apresentou alterações clínicas características, muitas vezes ignoradas pelos médicos delas, sobretudo, por não existir relatos na literatura médica sobre o tema.

A descoberta aconteceu em várias etapas e após diversas constatações em um período de quase três anos. Foram intensos estudos e avaliações em resultados de imagens radiológicas, mamográficas, ultrassonográficas e, agora, de ressonâncias magnéticas mamárias de aproximadamente três mil mulheres.

De acordo com o Dr. Fleury, a doença começa a se desenvolver bem próximo ao período de vencimento da prótese de silicone a qual tem vida útil de 7 a 10 anos. “As cápsulas fibrosas podem ficar comprometidas pela reação com o silicone e a retirada da prótese, em muitos casos, apresenta melhora no quadro”, afirma o médico ao acrescentar que as próteses não precisam ter sido rompidas para que ocorra o aparecimento da doença.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas (SBCP), a intervenção cirúrgica para aumento dos seios é a mais procurada pelas brasileiras. O último levantamento realizado pela SBCP, com dados de 2017 a 2018, mostrou que a cirúrgica para colocar seio representa 18,8% de todas as operações plásticas realizadas no Brasil o que equivale a 319 mil e 600 próteses de silicone colocadas no período de 12 meses.

Sendo dessa maneira, ao período o tempo de vida útil da prótese que é de 7 a 10 anos, podemos dizer que 229 mil brasileiras podem estar com a doença SIGBIC. Isso pelo fato de o Brasil ter realizado 12,9% do total de cirurgias de prótese de silicone feitas no mundo. Ou seja, há 7 anos (2013) houve o registro de 1 milhão 773 mil e 584 intervenções cirúrgicas desse tipo globalmente. Os dados foram captados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).

A descoberta da doença SIGBIC pelo médico brasileiro tem recebido destaque em várias publicações cientificas pelo mundo. Nas últimas semanas, as revistas PLOS One e Science Direct reconheceram e aprovaram duas das etapas detalhadas pelo pesquisador.

 

Vale a pena fazer teste combinado de anticorpos contra a Covid-19?

Especialistas alertam para possibilidade de precisar fazer novos exames na sequência


As opções podem ainda não ser suficientes para atender toda a população, mas são várias. Hoje, o Brasil conta com mais de 300 registros de testes para Covid-19 aprovados pela Anvisa, de acordo com a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Existe o RT-PCR - considerado padrão ouro para diagnóstico da doença -, o teste rápido e várias opções de sorológicos - para identificar a produção de anticorpos contra o coronavírus. 

Mas como saber qual é o indicado para cada situação e qual o melhor entre todos? Recentemente, chegou ao Brasil o Access SARS-CoV-2 IgG, o ensaio da Beckman Coulter, multinacional que oferece soluções científicas e laboratoriais inovadoras. O exame é realizado via sorologia qualitativa e indica se houve exposição ou não ao SARS-CoV-2. O teste processa apenas a imunoglobulina G (IgG), anticorpo que demora mais a aparecer, mas também permanece por mais tempo no organismo. Questionada sobre a possibilidade de desenvolver o chamado “teste combinado”, que verifica, de uma vez, a presença de mais de um tipo de anticorpo, a empresa garante não ter essa intenção por se tratar de um teste não conclusivo, gerando mais custos para a população. 

De acordo com a infectologista Nancy Bellei, mestre e doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Unifesp, a realização do teste combinado pode demandar a realização de outros testes na sequência. “Ao fazer o teste combinado e verificar um resultado positivo, não é possível saber se estamos detectando muito IgM, se foi detectado apenas IgG ou se é o caso de uma IgM que pode ser falso positiva já que a imunoglobulina M é mais inespecífica”, explica. 

Ela acrescenta que, ao não usar um teste específico, separado, se o resultado for positivo, não é possível caracterizar se o paciente está com a Covid-19 naquele momento ou se já teve. Afinal, a imunoglobulina M costuma ser detectada pouco tempo após o contágio, já na primeira semana, enquanto a G tende a aparecer apenas de 7 a 14 dias depois. “Se o resultado for positivo, provavelmente o paciente tenha que ser submetido a novos exames. A um teste de RT-PCR e, eventualmente, se esse der negativo, a um teste de IgG isolado. Já se o resultado para o teste combinado for negativo, o paciente pode estar em uma janela imunológica, em que não sabemos se estamos lidando com uma IgM ou IgG inicial, o que nos coloca dependentes mais uma vez de novos testes”.

Quando falamos, no entanto, de um teste capaz de detectar apenas um tipo de anticorpo, ainda existe mais de uma opção no mercado, de fabricantes diferentes, e, consequentemente, funcionalidades distintas. Isso porque cada um tende a ter uma sensibilidade/especificidade e a analisar uma parte da estrutura viral. O coronavírus é composto por quatro proteínas. A nucleocapsídeo é a que envolve o RNA e, por isso, acaba sendo a mais usada. 

O ensaio da Beckman Coulter, no entanto, detecta anticorpos contra a proteína Spike, que são capazes de neutralizar o vírus, ou seja, impedir a reentrada dele. “A proteína S é responsável pela entrada do vírus na célula, é a que se acopla ao nosso receptor. Teoricamente, se tenho um anticorpo contra a proteína que se liga ao receptor, esse anticorpo vai ser o ideal para a minha proteção”, explica a Dra. Nancy. 

É contra essa proteína, inclusive, que, futuramente, deverá ser feita a vacina contra Covid-19. “Como é provável que todos tenham que fazer o teste em algum momento para checar se já estão imunes à doença, preferimos fornecê-lo dessa forma, assim, é um ganho de tempo e economia para os clientes”, revela Daniela Putti, Head de Marketing da Beckman Coulter na América Latina. 

O Access SARS-CoV-2 IgG foi testado em 1400 amostras na França e nos Estados Unidos, com 100% de especificidade clínica comprovada após o 18º dia do início dos sintomas. Quando se pensa em um intervalo de tempo anterior, de 0 a 6 dias do início dos sintomas, o exame da Beckman Coulter aparece com a melhor sensibilidade do mercado: 70,2%. 

 



Dra. Nancy Bellei - Graduada em Medicina (1987), mestre (1993) e doutora (1998) em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Unifesp - Universidade Federal de São Paulo, onde atualmente é professora afiliada, médica e pesquisadora. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Infectologia e Virologia Clínica. Membro da International Society of Influenza and Respiratory Viruses Diseases. Consultora ad-hoc Ministério da Saúde -SVS para pandemia de coronavírus e consultora científica OPAS/Covid-19.


Como tratar os principais problemas da adenoide?

 Dificuldade respiratória, apneia do sono e infecções de ouvido são sintomas de hipertrofia adenoideana

 

Popularmente conhecida como “carne esponjosa”, a adenoide é uma estrutura fisiológica, composta por tecido linfoide (tecidos de defesa), que se localiza atrás das cavidades nasais e acima do palato (céu da boca) – uma região chamada de nasofaringe. Por esse motivo, a adenoide é cientificamente denominada de tonsila nasofaríngea.

Apesar de ser um tecido de defesa e natural de qualquer indivíduo, seu crescimento exagerado pode causar uma séria de complicações que comprometem significativamente a qualidade de vida do paciente.

“A adenoide é uma estrutura de defesa imunológica, pequena ao nascimento, localizada no fundo do nariz, especificamente na região da nasofaringe. Ao contrário das amígdalas, não é possível ver a adenoide ao abrirmos a boca, pois esta fica acima do palato”, explica a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Renata Garrafa.

Segundo a especialista, a adenoide cresce rapidamente durante a infância, com pico entre 3 e 6 anos e, então, começa a regredir gradativamente de tamanho até se tornar significativamente menor na adolescência. Quando este crescimento é exagerado, a adenoide pode preencher toda a nasofaringe, resultando em obstrução da passagem do ar respirado pelo nariz, má qualidade do sono e voz anasalada, além de facilitar a ocorrência de otites.

“Adenoide não é o nome de uma doença, mas sim de uma estrutura normal que todo ser humano possui durante a infância. Assim como as amígdalas e outros órgãos linfáticos, a adenoide reage a micro-organismos agressores e produz anticorpos”, destaca a Dra. Renata.

No entanto, de acordo com a otorrinolaringologista, quando seu crescimento é exagerado, causando prejuízos significativos na respiração e na fala, além de propiciar o surgimento de otites, seus malefícios no desenvolvimento da criança e em sua qualidade de vida superam seus benefícios imunológicos.

A médica ressalta que não há uma explicação única para o crescimento exagerado da adenoide, mas algumas hipóteses são infecções virais de repetição, rinite, fatores genéticos e biofilmes bacterianos (colonização crônica da nasofaringe por bactérias). Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade respiratória, obstrução nasal, ronco e apneia do sono, além de quadros de otite, sinusite e rinite de difícil tratamento.


Diagnóstico  e Tratamento


“Para o diagnóstico da hipertrofia acentuada da adenoide, nos baseamos primeiramente nos sintomas do paciente”, relata a especialista.

A confirmação pode ser feita através de uma radiografia lateral da face (Raio-X de Cavum) ou pelo exame de vídeo endoscopia nasal (nasofibroscopia) – uma pequena câmera é introduzida pelo nariz, permitindo melhor visualização de toda nasofaringe, sendo, portanto, o melhor método.

O principal tratamento para hipertrofia acentuada da adenoide é a cirurgia, chamada adenoidectomia. Mas nem toda adenoide grande precisa ser removida.

“Ela, geralmente, é indicada nas crianças com obstrução nasal importante, que dificulte o sono e a alimentação, ou que provoque o surgimento de otite média serosa ou otite média aguda recorrente. Na inexistência de sintomas ou em casos brandos, a adenoide pode ser acompanhada clinicamente até sua involução após a puberdade”, complementa a Dra. Renata.

Em casos específicos, durante a cirurgia para a retirada das adenoides, outros procedimentos podem ser associados, como a remoção das amigdalas ou a colocação de tubos de ventilação nos ouvidos. Relativamente simples e curta, a adenoidectomia é feita pelo otorrinolaringologista, sob anestesia geral. Habitualmente, o paciente fica internado apenas por um dia.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Smartphones no combate ao diabetes


O diabetes é, frequentemente, uma doença insidiosa, que não se manifesta repentinamente, o que dificulta seu diagnóstico e aumenta a morbidade. E o pior é que ela vem crescendo: afetava 451 milhões de pessoas em 2019 e deve chegar a 693 milhões em 2045 - cerca de 10% da população da Terra.

Surge agora uma nova arma na luta contra a doença: o artigo A digital biomarker of diabetes from smartphone-based vascular signals, publicado pela revista Nature Medicine, traz os resultados de uma pesquisa dando conta que, usando um smartphone, pode-se identificar a presença da doença com um índice de acerto superior a 80%. E o melhor é que para isso basta adaptar um aplicativo já existente, que foi desenvolvido para determinar a frequência cardíaca.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que um exame chamado fotopletismografia, que identifica danos vasculares causados pelo diabetes, pode ser feito utilizando o flash e a câmera dos smartphones, que capturariam as variações de cor das pontas dos dedos a cada batimento cardíaco; dependendo dessas variações, pode-se avaliar o estado dos vasos sanguíneos dessa parte do corpo, vasos esses que são afetados pelo diabetes.

Os pesquisadores criaram uma Rede Neural Profunda (Deep Neural Network) que foi "ensinada" recebendo informações sobre três milhões de portadores de diabetes, ficando capacitada a constatar ou não a presença da doença ao analisar as variações de cor das pontas dos dedos de uma pessoa.

Médicos erram ao diagnosticar e redes neurais também erram, mas esta teve um índice de acerto de 82% ao apontar casos positivos de diabetes e de 92% nos casos negativos. Assim, pode ser considerada uma ferramenta útil no combate à doença, especialmente ao ajudar a detectar o problema em pessoas assintomáticas, caso em que o tratamento pode ser iniciado mais cedo, evitando o agravamento da doença.

 


Vivaldo José Breternitz - Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

Tabaco natural e orgânico causam os mesmos danos à saúde que o cigarro convencional

Engana-se quem acredita que somente os aditivos artificias, presentes no cigarro industrializado, são os responsáveis pela dependência e pelos danos à saúde causados pelo fumo. A concepção de que o tabaco orgânico e o natural não implicam prejuízos ao corpo é falsa, de acordo com a pneumologista do Centro de Medicina Torácica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Dornfeld C.Castro.

A explicação é a presença de componentes tóxicos, que compõe usualmente todas as formas de fumo. “À semelhança do cigarro, essas alternativas possuem produtos tóxicos como metais pesados, alcatrão, monóxido de carbono e o tabaco, possibilitando a inalação de substâncias nocivas para os pulmões”, conta Marina.

Nem mesmo a possibilidade de dosar a quantidade do tabaco natural torna essas opções menos agressivas. Para a especialista, apesar desse controle, os prejuízos à saúde são praticamente os mesmos, o que a faz dar um alerta: “essa falsa sensação de controle pode até mesmo aumentar a propensão à experimentação ou encorajar a troca do cigarro industrializado pela versão natural, quando o ideal seria cessar o tabagismo”.

Como exemplo prático e popular do uso do fumo natural no Brasil, é possível mencionar o cigarro de palha, feito artesanalmente com fumo de corda picado ou fumo industrializado. O modo de preparo manual e rústico traz riscos à saúde pela inexistência de qualquer tipo de filtro, como lembra a pneumologista.

“A palha usada para enrolar o fumo não contém filtro e não permite a passagem de ar de dentro para fora do cigarro, tornando as tragadas mais intensas e concentradas. O consumo destas versões pode equivaler a três cigarros industrializados, elevando o risco de dependência e doenças”, salienta.

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

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Gerações futuras correm risco: a alimentação do brasileiro está perdendo qualidade nutricional

 Em meio à pandemia do coronavírus, falou-se pouco sobre uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada no último dia 21 de agosto, que revelou dados sobre hábitos alimentares dos brasileiros.


Os resultados precisam ser cuidadosamente pensados, pois apontam que a alimentação do brasileiro perdeu qualidade nutricional. Em 10 anos, caiu o consumo de produtos in natura ou minimamente processados, como frutas e vegetais, enquanto aumentou a ingestão de alimentos processados e ultra processados, como pizzas, salgadinhos e adoçante. Em menor quantidade, está mantido o consumo do básico arroz, feijão e carne.

A pesquisa apontou também que o brasileiro manteve o hábito de adicionar açúcar em bebidas e alimentos e colocar sal em preparações prontas.

Outro dado alarmante é que os adolescentes brasileiros comem mais produtos de baixo valor nutricional do que adultos e idosos. Os jovens consomem quatro vezes mais biscoitos recheados do que adultos e 16 vezes mais do que idosos. Além disso, o consumo de salgados entre adolescentes é maior do que em adultos e quase o dobro do observado em idosos.

Essas informações foram levantadas entre 2017 e 2018 na Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada em 57,9 mil domicílios. Desse total, 20,1 mil pessoas responderam sobre consumo alimentar e, durante 24 horas, registraram todos os alimentos consumidos e suas respectivas quantidades.

No Instituto Melhores Dias é constante nossa busca por meios para uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis e sustentáveis de vida para os brasileiros. Infelizmente, o IBGE revela que o povo segue na contramão disso. É preciso rapidamente intensificar ações educacionais voltadas para uma alimentação saudável, que previnam a formação de uma geração de adultos obesos e com problemas nutricionais. Esse futuro indesejado lotará ainda mais os sistemas públicos de saúde, indiferentemente a causas excepcionais como o surto viral que nos acometeu nos últimos meses.

O Brasil tem os elementos para oferecer oportunidades alimentares mais saudáveis à população. É necessário haver motivação e incentivo a isso. Em nossos programas no IMD promovemos a construção de hortas escolares e domiciliares, falamos sobre o aproveitamento total dos alimentos e sobre os danos causados pelo ciclo de industrialização dos alimentos in natura. São informações que precisam ser amplificadas. Nossa população carece de maior atenção do Estado e organizações, como o nosso Instituto, precisam de apoio de empresas e fundações. É uma luta árdua que precisa ser brevemente travada.

 

Joyce Capelli - presidente do Instituto Melhores Dias

AGOSTO DOURADO: MITOS E VERDADES SOBRE A AMAMENTAÇÃO

Criogênesis desmistifica alguns dos principais questionamentos acerca do tema

 

Para ressaltar a importância do aleitamento materno, principalmente nos primeiros seis meses de vida do bebê, foi instituída a lei nº 13.435, de 12 de abril de 2017, que tornou o mês de agosto inteiramente dedicado ao tema, passando a ser conhecido como Agosto Dourado. 

Mais do que nutrir a criança, o ato de amamentar colabora para a prevenção de inúmeras doenças, graças a quantidade de anticorpos e proteínas presente no leite, contribui para o desenvolvimento cognitivo e sensorial, além de ser um dos momentos mais especiais e íntimos entre mãe e filho. 

Entretanto, mesmo sendo um assunto tão relevante, afirmações equivocadas podem surgir, prejudicando assim o processo da amamentação. Por isso, o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , selecionou algumas a fim de esclarecer essas questões. Confira:

 

Quem tem prótese de silicone ou fez redução mamária não pode amamentar?

MITO. Cirurgias desse tipo não impedem a mulher de amamentar, desde que as estruturas das mamas sejam preservadas. Por isso, é importante alertar o profissional responsável pelo procedimento que ainda existe o desejo de engravidar, dessa forma, ele pode avaliar a melhor técnica a ser utilizada.

 

Mesmo congelado, o leite materno manterá os mesmos nutrientes?

VERDADE. Se armazenado de forma correta, o alimento pode durar até 15 dias sem perder a qualidade nutricional e principais características.

 

É recomendado revezar os dois peitos a cada mamada?

MITO. Até alcançar a parte nutricional do leite, onde se encontra o açúcar e a gordura, responsáveis pelo ganho de peso, o recém-nascido pode levar alguns minutos, então, efetuar essa troca durante a amamentação, pode ser prejudicial, contribuindo para que ele sinta fome mais vezes, já que não foi nutrido corretamente.

 

Itens como a mamadeira podem atrapalhar o processo da amamentação?

VERDADE. Ao se alimentar diretamente no peito, é necessário que a criança faça um esforço maior para a sucção do leite, algo que não ocorre com a mamadeira devido ao posicionamento da língua. Essa facilidade, pode levar o bebê a rejeitar a primeira opção, ocasionando assim a diminuição da produção de leite.

 

É necessário higienizar os mamilos a cada mamada?

MITO. Essa limpeza não precisa ocorrer sempre, desde que a cada banho a mãe lave os seios com água e sabonete neutro.

 

O estresse pode contribuir para a diminuição do leite?

VERDADE. Durante a amamentação, a mulher produz em maior quantidade a prolactina, hormônio responsável pela produção do leite. Porém o alto nível de estresse, devido a noites mal dormidas ou outras interferências, eleva a liberação da adrenalina e, consequentemente, a diminuição do alimento.

 



Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Seu filho faz xixi na cama? Descubra o que é mito e o que é verdade

 Especialista elencou 5 situações que geram dúvida e que podem 

atrapalhar o diagnóstico e tratamento da enurese

 

Lidar com as manhãs após noites de cama molhada pode ser uma condição que gera estresse e desconforto para as crianças, pais e cuidadores. O processo de desfralde se dá nos primeiros anos de vida, mas cada organismo é único e o alcance da maturidade do sistema urinário é algo individual. Porém, a partir dos cinco anos de idade, o ato de fazer xixi na cama pode ser um distúrbio, que requer acompanhamento médico e tratamento.

Os escapes noturnos são situações que permeiam todas as classes sociais e está presente no dia a dia de muitas famílias, por gerações. Por este motivo, há muitos conselhos que popularmente são passados e nem todos são verdadeiros. "É comum encontrar no consultório pais que não compreendem a enurese e acreditam que o filho faz xixi na cama por birra ou por preguiça de levantar", explica o médico especialista em urologia pediátrica Dr. Atila Rondon.

A fim de desmistificar o tema e começar a enxergar a enurese como um transtorno, que causa a perda involuntária de urina durante o sono e pode ser tratado, o doutor Atila Rondon elencou os principais mitos e verdades que mais acometem o dia a dia das famílias:


• Só o meu filho faz xixi na cama?

Mito! O escape noturno de crianças acima dos cinco anos de idade atinge cerca de 15% delas. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a enurese noturna pode existir até os 12 anos de idade. Esses casos somam 3%, possuindo o risco, inclusive, de permanecer até a vida adulta. Por este motivo, a partir do quinto ano de vida e apresentando episódios frequentes de xixi na cama, é recomendado que os pais busquem um especialista em urologia infantil, capacitado para traçar o diagnóstico correto e prescrever a melhor conduta para tratamento.


• Fiz xixi na cama até tarde, meu filho herdou isso de mim.

Verdade! A enurese pode ser uma condição genética. Se um dos pais fez xixi na cama após os cinco anos de idade, a chance de ter um filho com o mesmo transtorno é de 44%. Caso o pai e a mãe tenham sido enuréticos, as chances aumentam para 77%.


• Se eu acordar meu filho durante a noite, pode resolver.

Mito! Não existe um horário certo para as micções noturnas. Os escapes de xixi podem acontecer durante todas as fases do sono, caso a bexiga não seja completamente esvaziada antes de dormir. Por este motivo, acordar a criança durante a noite para que ela vá ao banheiro não vai resolver o problema. Ao contrário, prejudicará a qualidade do sono dos filhos e dos pais.


• Não preciso levar no médico, vai passar!

Mito. A enurese é multifatorial, ou seja, são inúmeras causas que podem resultar no ato de fazer xixi na cama durante o sono. Podem ter questões emocionais associadas, fatores genéticos ou problemas fisiológicos. O especialista deve ser procurado e o diagnóstico é feito após investigação e acompanhamento dos hábitos diários e noturnos do paciente. Em alguns casos, além de mudanças na rotina da criança e da família, o uso de medicação também se faz necessário. Portanto, é de extrema importância ter um acompanhamento profissional.


• Devo diminuir o consumo de líquidos à noite.

Verdade! É fundamental adequar a rotina da criança enurética. O consumo de líquidos deve ser feito todos os dias para a saúde e bem-estar dos pequenos. Porém, é de extrema importância, que 2 horas antes de dormir, o consumo de água e alimentos ricos em líquidos sejam reduzidos. Desta forma, a bexiga não fica tão cheia e é mais fácil controlar a necessidade de urinar até o dia seguinte, quando acordar.

 


http://www.semxixinacama.com.br


Casa da Esclerose Múltipla 2020 trará experiência digital com o tema “Liberdade para o Amanhã”

 

  • Convivendo com dificuldades - em sua maioria - imperceptíveis, estima-se que 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com a doença

 

Uma pesquisa recente da Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, em parceria com a AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), avaliou os principais desafios e necessidades não atendidas por pessoas que convivem com esclerose múltipla e neurologistas ao longo da jornada de tratamento. Dentre os sintomas relatados, a pesquisa mostrou que 75% dos pacientes com esclerose múltipla sofrem com a fadiga como principal sintoma que afeta a sua qualidade de vida e 42% relataram também a o impacto da alteração de humor .

Os sintomas são muitas vezes imperceptíveis para quem não conhece a doença, o que torna ainda mais difícil a jornada do paciente na busca pela vida mais próxima ao normal possível. A Casa da Esclerose Múltipla, projeto imersivo em realidade virtual,tem o objetivo de trazer um olhar mais empático para a doença e também alertar sobre os principais sinais e sintomas. O projeto visa fomentar  o diagnóstico precoce, o que pode melhorar muito os efeitos do tratamento e qualidade de vida do paciente.

O projeto está em sua quarta edição e esse ano terá como tema “Liberdade para o Amanhã”, com experiência totalmente online por meio de uma plataforma interativa, na qual  será possível navegar pelos sintomas e dificuldades das pessoas que convivem com a Esclerose Múltipla.  O website será lançado em agosto, mês dedicado à conscientização da doença, e ficará disponível até o final do ano no endereço: www.casadaem.com.br.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune, potencialmente incapacitante, apresentando maior incidência em adultos jovens. Estima-se que aproximadamente 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM¹. No Brasil, a estimativa é de 35 mil pacientes², e acredita-se que exista uma parcela de pessoas subdiagnosticada. “Vimos na pesquisa que os sintomas mais comuns não são facilmente percebidos por pessoas que não convivem com a doença, por isso projetos como a Casa da Esclerose Múltipla ajudam a quebrar estigmas e levar informação de qualidade para o público”, afirma Gustavo San Martin, fundador da AME.

Embora a fadiga e alteração de humor tenham sido muito relatadas, 37% dos pacientes apontam a dificuldade para se concentrar e a dor como sintomas que atrapalham a qualidade de vida, enquanto 34% também sinalizam as alterações motoras, como desequilíbrio e tendências a quedas e 35% se queixam de problemas cognitivos e de memória.

A pesquisa também ouviu médicos neurologistas com experiência no atendimento de pessoas com diagnóstico de EM a fim de identificar se as percepções sobre o impacto da doença na qualidade de vida e os desafios encontrados ao longo do tratamento são iguais. Uma grande proporção de médicos (67%) apontou que alterações motoras, como por exemplo a dificuldade para caminhar, é um grande desafio enfrentado pelos pacientes. Porém, somente 34% dos pacientes concordaram com essa afirmação.


Tratamento

Quanto ao tratamento e sobre os maiores desafios que os pacientes enfrentam em relação a isso, a maioria (57%) respondeu que expressa preocupação por eventos adversos e complicações futuras e 37% apontaram que os custos adicionais ao tratamento, relacionados aos exames necessários para monitoramento da doença, assim como custo de outros medicamentos complementares, são grandes desafios ao longo da jornada de tratamento.

O objetivo dos tratamentos para EM é conter a atividade e doença e prevenir acúmulo de incapacidades. Quanto antes o tratamento adequado for iniciado, maiores as chances de se prevenir a manifestação de alguns dos principais sintomas, que incluem a fadiga, dificuldades para andar, alteração na sensibilidade (como formigamento e dormência), confusão mental, perda gradativa de visão, entre outros sintomas¹.

A Merck lançou recentemente no Brasil o MAVENCLAD® (cladribina oral), medicamento com abordagem inovadora para o tratamento da EM. Os estudos clínicos mostram a eficácia em seu uso por 20 dias nos primeiros dois anos sem a necessidade de tratamento adicional nos próximos dois anos, evitando que o paciente precise utilizar a medicação diariamente por períodos prolongados.


Metodologia

A pesquisa foi aplicada nacionalmente. Foram ouvidos 391 pacientes, 82% mulheres, 26% homens e 4% sem identificação. Dos pacientes que participaram, a grande maioria tinha entre 18 e 34 anos. 33% tinham de 18 a 24 anos e 34% de 25 a 34 anos.

52 médicos participaram da pesquisa, sendo que 54% têm mais de 10 anos de experiência no atendimento e acompanhamento de pacientes com EM.



Serviço

Casa da Esclerose Múltipla 2020

Acesso: www.casadaem.com.br

 

A importância da telemedicina na geriatria e gerontologia

 Como tirar o máximo proveito dos cuidados de saúde à distância


A covid-19, doença causadora de uma pandemia mundial, levou a um boom no uso e desenvolvimento da telemedicina.

Essa mudança aconteceu de forma inesperadamente rápida, deixando muitas pessoas em dúvida se a telemedicina é realmente tão boa quanto o atendimento presencial.

Telemedicina é o uso de tecnologias assistenciais como smartphones, microcomputadores, tablets, internet e dispositivos de captação de sinais vitais para prestar assistência à saúde. Quando bem feito, pode ser tão eficiente quanto o atendimento presencial. Portanto, a telemedicina envolve o ensino, pesquisa e assistência!

Porém, como muitos pacientes e profissionais de saúde estão utilizando a telemedicina pela primeira vez, inevitavelmente haverá uma curva de aprendizado até que todos se adaptem a esse novo método.

Então, como um paciente ou o profissional de

 saúde podem garantir que estejam utilizando a telemedicina de maneira correta?

Essa é uma questão que envolve o uso adequado da tecnologia disponível para serviços corretos, a situação médica do paciente, bem como a avaliação da real necessidade dos riscos de ir ou não a um consultório ou hospital para o atendimento presencial.


Os recursos de telemedicina

Existem dois formatos principais de telemedicina: o síncrono e o assíncrono. Saber quando usar cada um deles, e ter a tecnologia certa à disposição, é fundamental para o uso responsável da telemedicina.


Telemedicina síncrona: é uma interação bidirecional, em tempo real, geralmente por vídeo e, em situações especiais, por áudio. O atendimento pode ser complementado por informações textuais e imagens usando smartphone, tablet ou computador. É mais adequado utilizar videoconferências do que telefonemas (somente áudios). Apesar da impossibilidade de tarefas que exigem a presença física do paciente, o vídeo oferece uma avaliação de boa qualidade.

Muitas das limitações da videoconferência podem ser complementadas por meio do monitoramento remoto de pacientes ou telemonitoramento

Os pacientes podem usar dispositivos ou aparelhos em casa para obtenção e envio de dados objetivos de sinais vitais aos profissionais de saúde. Existem dispositivos para medir pressão arterial, temperatura, ritmos cardíacos, peso, glicemia, saturação de oxigênio, ECG, e muitos outros aspectos que complementam o exame físico.

Esses dispositivos são ótimos para obter dados confiáveis para acompanhamento contínuo das condições clínicas dos pacientes.

Pesquisas mostram que as abordagens de monitoramento remoto são muito eficazes quando combinadas com atendimentos presenciais, principalmente nos cuidados de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial.


Telemedicina assíncrona: Pacientes e profissionais da saúde podem usar as tecnologias Assistenciais para envio de dados (exames, sinais vitais e sintomas) e respostas (laudo, conduta ou prescrições médicas).

Nem sempre, os profissionais e os pacientes possuem recursos tecnológicos ou prática para usar videoconferência, bem como equipamentos de monitoramento remoto online, necessitando em diversas vezes de treinamento prévio. Mas mesmo com toda as tecnologias assistenciais disponíveis, isso não significa que todos os problemas possam ser resolvidos.


Avaliação e cuidados de seguimento ou follow up

Geralmente, a telemedicina é adequada para pacientes com doenças crônicas tratadas na geriatria e gerontologia. Em diversas situações, principalmente quando o médico já conhece previamente o paciente, pode ser utilizada para teleatendimento com teleorientação.

Se o paciente precisar de mais cuidados, ele pode ser encaminhado para um serviço, após um teleatendimento de pré-avaliação (teletriagem referenciada).

Se ele não precisar de mais cuidados, a telemedicina economizou muito tempo e evitou aborrecimentos desnecessários para o paciente. Essa situação é particularmente importante se o paciente mora em local com maior dificuldade para se deslocar até um serviço ou se o momento não é favorável ao deslocamento, como à noite, chuva, frio, congestionamento etc.

As pesquisas demonstram que o uso da telemedicina para ocorrências clínicas comuns de pouca consequência, como ferimentos leves, cefaleia, entre outros problemas, permitem um nível de qualidade de atendimento e resultados semelhantes aos presenciais, quando feitos de forma bem estruturada.

E, finalmente, para situações obviamente ameaçadoras à vida, como sangramento intenso, dor no peito, falta de ar e sinais de alerta de acidente vascular cerebral por exemplo, os pacientes devem procurar prontamente hospitais e prontos-socorros.


Equilibrando riscos

Com a tecnologia correta e em situações certas, a telemedicina é uma ferramenta eficaz. Mas, a avaliação de quando deve ser utilizada também deve levar em consideração o risco de se obter cuidados de saúde à distância

Como geriatras e gerontólogos temos que nos apresentar abertos às novas tecnologias, e às novas possibilidades que estes tempos nos trazem, buscando sempre aprimorar cada vez mais para alcançarmos a excelência, assim como ocorreu desde a invenção do estetoscópio (um exemplo distanciamento do contato físico no exame físico) até os dias atuais.

 

 


Chao Lung Wen - professor Associado da USP com Livre Docência em Telemedicina e Chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP e, Líder do Grupo de Pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/ MCTI.

 

Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


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