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sábado, 15 de fevereiro de 2025

Tatuagem é passado: entenda como funciona a remoção a laser e suas contraindicações

Dermatologista do CEUB revela que a remoção envolve um longo processo de cuidados e efeitos


Quem nunca se arrependeu? A arte que colore a pele de forma permanente pode, com o tempo, se tornar um in
cômodo ou trazer lembranças indesejadas. Para lidar com o arrependimento, a tecnologia oferece tratamentos seguros para remoção de tatuagens. Esses procedimentos são realizados de forma gradual e demandam cuidados específicos. Ademar Schultz, dermatologista e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica o processo e apresenta alternativas saudáveis para a reversão da pele tatuada.

Embora a remoção de tatuagens a laser seja uma solução eficaz para quem deseja se livrar do desenho indesejado, o procedimento não está isento de riscos. De acordo com o dermatologista, antes de decidir fazer a remoção, é importante entender que cada pele responde de maneira diferente ao tratamento. “Cicatrizes, alterações na pigmentação e até o efeito 'fantasma', que é uma sombra residual da tatuagem, são possibilidades que devem ser consideradas".

Conforme explica o professor de Medicina do CEUB, a remoção a laser funciona destruindo os pigmentos da tatuagem em partículas menores, que são absorvidas pelo organismo ao longo do tempo. "Esse processo pode ser doloroso, especialmente em áreas mais sensíveis, e exige uma série de sessões, com intervalos regulares para que a pele se recupere adequadamente", ressalta. Além das diferenças significativas na resposta ao tratamento dependendo do tipo de pele: “Peles mais escuras, por exemplo, tendem a ser mais suscetíveis à hipopigmentação ou hiperpigmentação, pois o laser pode afetar a melanina. Por isso, é essencial que o equipamento e os parâmetros utilizados sejam adequados ao paciente."

O processo de remoção exige paciência, sendo que o sucesso do tratamento depende tanto da técnica quanto do cuidado do paciente com a pele. Segundo o especialista, antes de iniciar o procedimento, é fundamental passar por uma avaliação detalhada para identificar possíveis contraindicações, como infecções ativas ou transtornos de pigmentação. “Após cada sessão, é preciso seguir as orientações de cuidado para evitar complicações. É importante respeitar o intervalo de seis a oito semanas entre as sessões para garantir a recuperação adequada da pele e a eficácia do tratamento.”

Para proteger a pele durante o tratamento, o Schultz reforça a importância da proteção solar rigorosa, pois a exposição ao sol pode causar manchas e comprometer o resultado do tratamento. Outros cuidados, como evitar coçar a área tratada, manter a pele hidratada com pomadas cicatrizantes e evitar atividades físicas intensas nos primeiros dias, também são recomendados. “Se o indivíduo tiver sinais de infecção, como dor intensa, pus, inchaço exagerado ou febre, recomendando procurar um médico imediatamente caso esses sintomas ocorram.”



Contraindicações

Pessoas com condições específicas, como grávidas, lactantes e pacientes com distúrbios de cicatrização ou transtornos de pigmentação, como vitiligo, devem evitar o procedimento. Nessas situações, o risco de complicações supera os benefícios. O dermatologista enfatiza ainda a importância de escolher um profissional qualificado e experiente. Ele adverte que procedimentos realizados por pessoas sem treinamento adequado aumentam consideravelmente as chances de infecção e cicatrizes permanentes. “A remoção de tatuagens é algo que exige precisão e conhecimento técnico. Buscar orientação médica é o primeiro passo para garantir um tratamento seguro e eficaz", completa.


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