Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina, orienta como agir para minimizar os quadros alérgicos
Segundo
dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da
população brasileira tem algum tipo de alergia, dos quais 20% são crianças. Um
dos agravantes em casos de alergia é a oscilação térmica, quando a temperatura
varia muito. De acordo com o Relatório da Climate Central, aproximadamente 200
milhões de brasileiros foram afetados por temperaturas acima da média no
primeiro trimestre de 2024. Em cidades como Curitiba (PR), onde a amplitude
térmica ao longo do ano em geral varia de 10 °C a 26 °C, os casos de alergia
são potencializados.
Para
o otorrinolaringologista e especialista em rinite alérgica Flavio Massao
Mizoguchi, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior
referência do segmento na América Latina, as alergias geralmente contam com
histórico familiar. “A genética impacta, mas a mudança do estilo de vida pode
contribuir com o desenvolvimento ou piora dos quadros alérgicos”, destaca
Mizoguchi. O especialista alerta que algumas alergias respiratórias são
sazonais, como os casos relacionados ao pólen, muito comuns primavera. “Outras
ocorrem durante o ano todo, como no caso dos ácaros, e são potencializados com
a queda da temperatura. As alergias aos epitélios de animais, como gatos e
cachorros, também são muito comuns entre os brasileiros”, complementa.
Para
prevenir os episódios alérgicos, uma boa dica é passar menos tempo em ambiente
doméstico e mais tempo ao ar livre; controlar os animais domésticos dentro das
residências; e evitar casas, apartamentos ou ambientes de trabalho com pouca
ventilação e carpetes. Segundo o médico, a melhor solução nos casos mais
simples é manter a residência, além dos demais locais de convívio, sempre
arejada e limpa. “A higienização da residência ou local de trabalho é
importante. Aspirar casa com animais domésticos com um aspirador que tenha
filtro HEPA é uma boa recomendação. É indicado, também, utilizar capas
protetoras antiácaro nos colchões e travesseiros”, diz.
Mizoguchi
destaca, também, a importância da manutenção de hábitos saudáveis como práticas
esportivas, alimentação balanceada e higiene nasal com soro fisiológico. Para
completar, o especialista alerta que casos graves, entre eles asma e rinite
alérgica persistente severa, devem ser tratados com médicos especialistas. “A
busca por um médico especialista é sempre a melhor solução para agilizar o
tratamento e a cura”, sugere. “Muita gente subestima as alergias. Elas precisam
ser analisadas e tratadas rapidamente para que problemas maiores sejam
evitados”, completa.
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