A obesidade está associada a
níveis elevados de inflamação no corpo e, especialmente a gordura visceral,
produz citocinas pró-inflamatórias que podem afetar o funcionamento cerebral e
anda estar ligada à disfunção de neurotransmissores como a serotonina e a
dopamina, que regulam o humor, contribuindo para o desenvolvimento de sintomas
depressivos.
A
médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento da
capital paulista explica como certos nutrientes desempenham papéis essenciais
no funcionamento do cérebro e na regulação do humor. Segundo a médica, o
cérebro é um órgão metabolicamente ativo, que depende de um suprimento
constante de nutrientes específicos para funcionar corretamente. “Quando esses
nutrientes estão em falta, ou quando a dieta é rica em substâncias que promovem
inflamação, a saúde mental pode ser afetada", diz.
Por
isso também que a médica acredita que a obesidade, por estar frequentemente
associada a níveis elevados de inflamação no corpo – aumentam o tecido adiposo,
especialmente o visceral – que produz citocinas pró-inflamatórias que podem
afetar o funcionamento cerebral. “A inflamação crônica tem sido ligada à
disfunção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que regulam o
humor, contribuindo para o desenvolvimento de sintomas depressivos”, alerta.
Dra.
Ana ainda fala que ao identificar e corrigir deficiências nutricionais, é
possível melhorar os sintomas de condições como depressão e ansiedade. “Em
especial os ácidos graxos ômega-3, aqueles presentes em peixes gordurosos como
salmão e sardinha, são essenciais para a saúde das membranas celulares no cérebro
já que ajudam a regular a inflamação e têm sido associados à redução dos
sintomas de depressão. Já as vitaminas B6, B12 e folato são fundamentais para a
síntese de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que regulam o
humor e a deficiência dessas vitaminas pode contribuir para o desenvolvimento
de sintomas depressivos e de ansiedade. Um outro aliado também da saúde
emocional é o triptofano - um aminoácido encontrado em
alimentos como peru, ovos e nozes – já que atua como um precursor da serotonina,
o neurotransmissor do bem-estar”, explica.
Por
outro lado, a médica ensina que as dietas ricas em alimentos processados,
açúcares refinados e gorduras trans podem promover inflamação sistêmica, que
tem sido relacionada ao aumento do risco de depressão. “Não por acaso o
intestino é chamado de 'segundo cérebro', já que é a alimentação que promove um
microbioma intestinal saudável, rica em fibras e alimentos fermentados, pode
influenciar positivamente o humor e o comportamento".
A médica finaliza enfatizando que cada pessoa é única, e a nutrologia leva isso em consideração ao criar planos alimentares que atendam às necessidades específicas de cada indivíduo, considerando fatores como idade, estilo de vida e predisposições genéticas. “Ao cuidar da alimentação, estamos também cuidando do nosso cérebro e, consequentemente, do nosso bem-estar emocional em todos os aspectos".
FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Atualmente, dedica-se à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.
draanaluisavilela
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