Ou a velha estorinha de “o gato subiu no telhado”!
Caso você não conheça o significado da expressão “o gato subiu no telhado”, aqui vai: ela serve para dar uma péssima notícia, mas em doses homeopáticas. Na verdade, o gato sobe no telhado, escorrega, cai e morre, mas a princípio sabemos apenas que o gato subiu no telhado... É mais ou menos o que vem acontecendo no mundo desde a pandemia. Temos observado uma série de mudanças nas sociedades, por vezes sutis, mas aos poucos estas vão se estabelecendo na direção do cumprimento da tão sonhada agenda dos globalistas para o ano 2030.
“Não tenho propriedade, não tenho privacidade, mas a vida nunca foi tão boa!”
Aparentemente, esse é o nosso destino. Mas será mesmo uma vida tão boa assim?
Imagino que não seja novidade para vocês a intenção dos governos de diversos países do mundo implementarem programas de identificação digital para acessarmos uma enorme variedade de serviços públicos e privados. O que a princípio vem sendo divulgado como um grande avanço da tecnologia a favor da praticidade, segurança e proteção, não preciso dizer que também há muita desconfiança, questionamentos e críticas.
Por exemplo, lançado em 2009, o Aadhaar, sistema nacional de identificação digital da Índia, patrocinado por Bill Gates, registrou mais de 99% de todos os adultos indianos, vinculando a população do país a muitos serviços públicos e privados.
Durante mais de uma década o governo disse que a identidade digital seria “voluntária”, mas com o tempo os bancos e os governos locais acabaram dificultando a vida dos não inscritos. Assim, hoje, apesar da Índia se orgulhar de ter cerca de 1,2 bilhões de cidadãos inscritos “voluntariamente”, a verdade é que para o cidadão comum o sistema se tornou um pesadelo, pois é hackeado constantemente, como aconteceu em novembro de 2023, quando houve o maior roubo da história de informações pessoais, vendidas posteriormente no mercado negro da web. E agora, para completar, também foram adicionados ao sistema os novos certificados digitais de saúde da Índia.
É claro que nós, brasileiros, estamos no mesmo barco. A diferença é que a mudança para o mundo digital começou de forma menos democrática, pois a transformação da tradicional carteira de identidade em documento digital foi feita por decreto, ou seja, todos os órgãos expedidores ficaram obrigados a adotar os padrões novos da Carteira de Identidade (CIN) a partir de 23 de fevereiro de 2022. Ora, nada mais oportuno do que lançar um decreto enquanto o povo, inocente e distraído, tentava sobreviver a uma pandemia maldita com um vírus vindo... do “além”.
Com o decreto os brasileiros não terão a opção de manter a
antiga Carteira de Identidade. E até 2032 o atual RG terá que ser digitalizado,
e as informações pessoais de “todos” estarão para sempre numa rede de cadastros
digitais. O psicopata Gates e globalistas estão, aos poucos, espalhando pelo
mundo o modelo indiano, apesar das controvérsias sobre consentimento e proteção
de dados.
Mas a digitalização da carteira de identidade foi só o início de um plano mais amplo cujo objetivo é integrar o Brasil ao modelo europeu de identidade digital, criando, também, carteiras digitais.
A idéia central é que exista uma Infraestrutura Pública Digital
Global (DPI), programa criado pelas Nações Unidas e suportado pela fundação
Bill e Melinda Gates. Assim, as identidades digitais, carteiras digitais, e
outros aspectos da vida, tudo digitalizado, formaria uma espécie de pilares da
DPI.
Carteiras Digitais – O que são?
Tudo é ainda muito confuso e o uso dos mesmos termos para coisas diferentes perturba ainda mais. No entanto, a nova Identidade Digital ou Carteira Digital além dos dados pessoais dos cidadãos, como o RG ou Carteira Nacional de Habilitação, também conterá todo e qualquer passo da vida das pessoas. Por exemplo, dará acesso a serviços públicos, como saúde e previdência, e serviços privados, como abrir contas em bancos.
Mas o que mais poderá ser incluído nas tais Carteiras Digitais uma vez que governos e serviços privados tomem posse de informações privadas e pessoais das populações? Na verdade, qualquer coisa, e críticos advertem que nada impede que no futuro passaportes de vacinas também sejam incluídos nesse “conjunto de dados que define quem somos, incluindo o que fazemos online e offline”, como afirma Michael Rectenwald, autor de “A Grande Reinicialização e Luta pela Liberdade: Desvendando a Agenda Global. Portanto, a nova Identidade Digital pode ser uma arma perigosíssima de controle das massas nas mãos de governos totalitárias.
De acordo com Tim Hinchliffe, em entrevista com o The Defender, ele acredita que a Infraestrutura Pública Digital Global (DPI) “é um mecanismo de vigilância e controle que combina identificação digital, moedas digitais do banco central [CBDC], passaportes de vacinas e dados de rastreamento de pegada de carbono, abrindo caminho para cidades inteligentes de 15 minutos, futuros bloqueios e sistemas de crédito social.”
É claro que nada disso acontecerá da noite para o dia, mas, como eu disse acima, estamos, lentamente, sendo conduzidos a entregarmos às elites o que temos de mais precioso: a vida transformada em dados digitais pessoais, saúde, escolar, profissional, transações, compras, gastos, interesses, viagens, opinião política, enfim tudo. Mais do que nunca, seremos espionados e controlados, e se não estivermos de acordo com o sistema todas essas ferramentas juntas poderão nos alienar das sociedades civis e política, ou seja, seremos silenciados e oprimidos.
Um país como o Brasil não precisa de Identidades Digitais ou Carteiras Digitais para melhorar os serviços públicos e privados para uma população cuja maioria nem mesmo acesso à internet ou a computadores tem.
O que precisamos é de governos que trabalhem para o povo, dando educação à população, bons sistemas de saúde e participação de todos na sociedade com salários dignos.
A criação de identidade digital com sistemas governamentais e privados interligados e com vistas futuras a nos engajarmos aos Regulamentos da União Europeia 2014/910 e 2014/1183 beira o ridículo! Tudo isso não passa de tremenda manipulação para nos tornarmos cada vez mais presos e dependentes de governos inescrupulosos e sistemas de controles globais.
O gato subiu no telhado!
Florence Rei - formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. contato: www.florencerei.com / email: florence@florencerei.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário