Sintomas financeiros podem aparecer até
seis anos antes do diagnóstico de Alzheimer, alerta estudo Divulgação
Um estudo liderado por pesquisadoras da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins em parceria com a Universidade de Michigan e o Federal Reserve Board of Governors, todas instituições norte-americanas, descobriu que os beneficiários do Medicare - sistema de seguros de saúde gerido pelo governo dos Estados Unidos - que são diagnosticados com Alzheimer têm a maior probabilidade de ficarem inadimplentes antes mesmo do diagnóstico. De acordo com o levantamento, 5,2% dos pacientes diagnosticados com a doença passaram a não cumprir com os pagamentos do dia a dia até seis anos antes do diagnóstico clínico.
O estudo ainda revela que nove meses após o diagnóstico, 17,9% dos pacientes seguiam endividados. As taxas de inadimplência e risco de crédito persistiram de 3 até 5 anos após os beneficiários receberem diagnósticos de demência, sugerindo uma necessidade contínua de assistência para administrar o dinheiro.
"Atualmente, não há tratamentos eficazes para atrasar ou
reverter os sintomas da demência. No entanto, a detecção precoce pode ajudar a
proteger. Ao notar um comportamento atípico no familiar, que pode ser tanto um
comportamento financeiro como atitudes simples do dia a dia, a família já pode
tomar algumas atitudes para proteger, não só aquele membro, mas a todos que
poderão ser impactados por suas atitudes”, diz Antônio Leitão, gerente do
Instituto de Longevidade MAG.
Para determinar se os sintomas financeiros observados eram exclusivos da doença, os pesquisadores também compararam os resultados financeiros de pagamentos perdidos e pontuações de crédito a outros resultados de saúde, incluindo artrite, glaucoma, ataques cardíacos e fraturas de quadril. Eles não encontraram nenhuma associação de aumento de pagamentos perdidos ou pontuações de crédito antes de um diagnóstico de artrite, glaucoma ou fratura de quadril.
O estudo também mostrou que pacientes com maior grau de instrução
só apresentaram problemas com dinheiro em média dois anos e meio antes do
diagnóstico. Já os pacientes com menor instrução apresentaram sintomas
financeiros até seis anos antes do problema. Os mais comuns são deixar de pagar
contas e se expor a fraudes. Além disso, os pesquisadores responsáveis pelo
estudo acreditam que essa diferença pode estar relacionada à desigualdade
econômica e social, uma vez que o acesso à saúde de qualidade não é uma
realidade para pessoas em condições mais desfavoráveis.
Saiba mais sobre o Alzheimer
Confira o episódio do Zona Segura, videocast exclusivo da MAG Seguros. Na conversa conduzido por Gleisson Rubin, diretor do
Instituto de Longevidade MAG, Claudia Alves, criadora do canal O Bom do
Alzheimer, mostra como transformou o cuidado com sua mãe, que sofre da doença
há quase 11 anos.
Instituto de Longevidade MAG
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