Segundo
neuropedagoga, papel da escola e dos educadores é gerar consciência a respeito
da importância do tema
Habilidades socioemocionais incluem elementos
primordiais para a construção social da criança. Esses aspectos são práticas
que contribuem, por exemplo, para a formação de relacionamentos baseados na
confiança de uma amizade sólida ou de qualquer relação social com as pessoas
que fazem parte do contexto do aluno. Mas o que fazer quando os pais não
valorizam o ensino dessas habilidades?
Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga e
diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, empresa que atua com o
objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas
envolvidas no processo do neurodesenvolvimento infantil, tanto nas áreas
cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares,
é preciso entender que muitas vezes não existe consciência a respeito da
importância do assunto. “O que falta para esses pais é entendimento, pois
quando negamos algo, inúmeras vezes é por falta de conhecimento. Quando eles
não valorizam o ensino de habilidades socioemocionais é necessário uma
abordagem cuidadosa e informada”, diz.
De acordo com a neuropedagoga, é papel da escola,
nas reuniões pedagógicas, falar sobre a necessidade do ensino das habilidades
socioemocionais e sua relevância na vida do aluno. “Essas habilidades são
responsáveis por formar competências que ajudam a regular as emoções, a entendê-las
e a desenvolver capacidades para obter discernimento diante de situações
adversas. Além disso, de acordo com estudos, as crianças usam essas
competências em atividades e interações do dia a dia, especialmente em
contextos socialmente ricos em que a educação se mostra como a base de tudo”,
explica Mara Duarte.
Para a diretora pedagógica da Rhema Educação, a
escola pode movimentar reuniões de pais, ao menos uma vez por mês, para levar
dicas e sugestões que mostrem os processos e a importância do aprendizado de
habilidades socioemocionais. “É possível criar workshops e propiciar momentos
para que pais e filhos vivenciem atividades juntos. Em nossos cursos, também
costumamos ressaltar a necessidade de reunião da equipe escolar, ou seja,
diretor, coordenador e professores para que seja montado um planejamento
estratégico focado nessa área”, conta Mara Duarte.
A neuropedagoga também afirma que as habilidades
socioemocionais são tão importantes que há estudos frequentes sobre o assunto.
“Algumas pesquisas constataram que, em um período curto, tais práticas são
responsáveis por incutir nos pequenos algumas atitudes positivas no aprendizado
de experiências sociais. Elas ajudam a gerar autoconsciência e autocontrole,
assim como empatia e responsabilidade social”, finaliza.
Confira alguns exemplos de estratégias de ensino de
habilidades socioemocionais que podem ser aplicadas em sala de aula:
- Uso
de atividades e jogos onde os alunos possam praticar a comunicação eficaz
e a resolução de conflitos
- Uso
de livros, vídeos e materiais que abordem habilidades socioemocionais e
posterior discussão a respeito
- Promoção
de cultura de respeito, empatia e inclusão na escola
- Envolvimento
da família em atividades para que os pais possam reforçar aprendizados em
casa
- Estímulo
a práticas de meditação e mindfulness
- Estímulo à autorreflexão, com uso de um diário onde os alunos possam escrever sobre suas atitudes e emoções
Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.
Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/
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