Pesquisar no Blog

sábado, 20 de julho de 2024

O que fazer quando os pais não valorizam o ensino de habilidades socioemocionais

Segundo neuropedagoga, papel da escola e dos educadores é gerar consciência a respeito da importância do tema 

 

Habilidades socioemocionais incluem elementos primordiais para a construção social da criança. Esses aspectos são práticas que contribuem, por exemplo, para a formação de relacionamentos baseados na confiança de uma amizade sólida ou de qualquer relação social com as pessoas que fazem parte do contexto do aluno. Mas o que fazer quando os pais não valorizam o ensino dessas habilidades?

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga e diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, empresa que atua com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do neurodesenvolvimento infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares, é preciso entender que muitas vezes não existe consciência a respeito da importância do assunto. “O que falta para esses pais é entendimento, pois quando negamos algo, inúmeras vezes é por falta de conhecimento. Quando eles não valorizam o ensino de habilidades socioemocionais é necessário uma abordagem cuidadosa e informada”, diz.

De acordo com a neuropedagoga, é papel da escola, nas reuniões pedagógicas, falar sobre a necessidade do ensino das habilidades socioemocionais e sua relevância na vida do aluno. “Essas habilidades são responsáveis por formar competências que ajudam a regular as emoções, a entendê-las e a desenvolver capacidades para obter discernimento diante de situações adversas. Além disso, de acordo com estudos, as crianças usam essas competências em atividades e interações do dia a dia, especialmente em contextos socialmente ricos em que a educação se mostra como a base de tudo”, explica Mara Duarte.

Para a diretora pedagógica da Rhema Educação, a escola pode movimentar reuniões de pais, ao menos uma vez por mês, para levar dicas e sugestões que mostrem os processos e a importância do aprendizado de habilidades socioemocionais. “É possível criar workshops e propiciar momentos para que pais e filhos vivenciem atividades juntos. Em nossos cursos, também costumamos ressaltar a necessidade de reunião da equipe escolar, ou seja,  diretor,  coordenador e professores para que seja montado um planejamento estratégico focado nessa área”, conta Mara Duarte. 

A neuropedagoga também afirma que as habilidades socioemocionais são tão importantes que há estudos frequentes sobre o assunto. “Algumas pesquisas constataram que, em um período curto, tais práticas são responsáveis por incutir nos pequenos algumas atitudes positivas no aprendizado de experiências sociais. Elas ajudam a gerar autoconsciência e autocontrole, assim como empatia e responsabilidade social”, finaliza. 

Confira alguns exemplos de estratégias de ensino de habilidades socioemocionais que podem ser aplicadas  em sala de aula:

  • Uso de atividades e jogos onde os alunos possam praticar a comunicação eficaz e a resolução de conflitos
  • Uso de livros, vídeos e materiais que abordem habilidades socioemocionais e posterior discussão a respeito
  • Promoção de cultura de respeito, empatia e inclusão na escola
  • Envolvimento da família em atividades para que os pais possam reforçar aprendizados em casa
  • Estímulo a práticas de meditação e mindfulness
  • Estímulo à autorreflexão, com uso de um diário onde os alunos possam escrever sobre suas atitudes e emoções 


Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.


Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados