A criança não precisa estar com todos
os dentes definitivos para usar aparelho. Em muitos casos, tratamento
ortodôntico entre os cinco e oito anos gera resultados melhores e evita
cirurgias no futuroEntre 5 e 8 anos de idade, quando a criança ainda tem a dentição mista
(dentes de leite e definitivos), é o momento ideal para muitas correções ortodônticas.
(Crédito: Divulgação / IKO)
Distúrbios respiratórios estão entre os fatores prejudiciais que podem acarretar problemas como mordida cruzada, mordida aberta, deglutição atípica, entre outros, durante o crescimento da criança. A Campanha Julho Laranja busca conscientizar sobre a ortodontia preventiva infantil, especialmente para crianças a partir dos 5 anos, incentivando hábitos saudáveis, como higiene bucal adequada, alimentação balanceada e uma boa noite de sono, além de destacar a importância do tratamento precoce com aparelhos ortodônticos.
A respiração bucal, por exemplo, pode levar ao estreitamento do palato (céu da boca) e ao desalinhamento das arcadas superiores e inferiores, provocando problemas ortodônticos e de oclusão. Como consequência, a criança pode desenvolver uma mordida incorreta, prejudicando a eficiência da mastigação. Além disso, a respiração bucal está associada a uma série de outros problemas de saúde, como apneia do sono, bruxismo, e até alterações no desenvolvimento facial, como uma uma face alongada, olheiras e lábios hipotônicos.
Existe um mito, muito difundido na sociedade, de que é preciso esperar todos os dentes de leite caírem para que a criança comece a usar aparelho, ou seja, só na adolescência. Mas,dependendo do problema observado, o tratamento ortodôntico já pode ser iniciado por volta dos cinco anos. O aparelho pode ser usado na dentição mista, ou seja, quando a criança tem dentes de leite e permanentes.
“Na verdade, é importante que o tratamento comece assim que identificado e recomendado pelo profissional. Como o crescimento craniofacial acontece na infância, um tratamento ortodôntico acaba sendo mais fácil, rápido e efetivo nessa faixa etária”, explica o odontopediatra e ortodontista Dr. Luiz Vicente Lopes, do Instituto Kids de Odontologia (IKO), em Curitiba.
Segundo o Dr. Luiz Vicente Lopes, que há 18 anos trabalha com ortodontia voltada a crianças e adolescentes, não colocar aparelho na idade certa pode levar a diversas complicações. "Temos algumas condições funcionais que indicam a necessidade de tratamento ainda na fase em que a criança não trocou todos os dentes: problemas respiratórios, deglutição, fonação e alteração de crescimento maxilar e/ou mandibular. Além disso, ainda temos algumas situações de arcadas com falta de espaço para os dentes permanentes nascerem, dentes tortos, dentes muito projetados para frente. Situações essas que podem atrapalhar na escola, no convívio social, ou até mesmo, a criança sofrer bullying, alerta o especialista.
O Dr. Luiz Vicente Lopes também ressalta a importância do acompanhamento ortodôntico precoce: "se a gente perde a fase exata para trabalhar a fase ortopédica (óssea) da criança, fica muito difícil, quase impossível corrigir mais tarde. Essa fase é por volta dos 8, 9 anos de idade, quando ainda há uns 12 dentes de leite na boca, e ainda é possível fazer um redirecionamento do crescimento mandibular e conseguir alargar a arcada dentária. Se perdermos essa fase, a criança pode até precisar de cirurgia no futuro. Portanto, leve seu filho ao ortodontista a partir dos cinco anos de idade para evitar problemas maiores", sugere o especialista.
Instituto de Kids de Odontologia (IKO)
site do IKO
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