Campanha Julho Verde, que acontece durante todo o mês, tem como objetivo alertar e conscientizar a população sobre esse tipo de câncer
O mês de julho é marcado pelo movimento “Julho Verde”, uma campanha cujo objetivo é conscientizar a população sobre os cânceres de cabeça e pescoço, que são aqueles que surgem na tireoide, boca, garganta, laringe, faringe, traqueia e nos seios paranasais. Existem diversos fatores que podem desencadear esses tipos de tumores, sendo a infecção por HPV um importante fator de risco associado ao câncer de orofaringe, por exemplo.
Em geral, segundo dados do instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023 - 2025 serão registrados aproximadamente 40 mil novos casos de tumores de cabeça e pescoço. Se somarmos o câncer de pele (melanoma), que também pode atingir a região da cabeça e pescoço, esse número pode ultrapassar os 48 mil casos.
O
câncer de cabeça e pescoço é uma preocupação séria de saúde pública e a
detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para aumentar as taxas de
sobrevivência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Conhecer mais sobre
a doença é o caminho mais adequado e, dessa forma, a MSD Brasil listou oito
pontos que geram dúvidas na população.
1. O câncer de cabeça e pescoço não está relacionado ao HPV.
Mito: Estudos
científicos comprovam que o HPV é um fator em risco significativo para o
desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. Embora o tabagismo e o consumo
excessivo de álcool sejam conhecidos por aumentar o risco dessa doença, o HPV
tem sido identificado como uma causa cada vez mais comum, principalmente em
pessoas mais jovens.
2. Tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas estão relacionados ao
câncer de cabeça e pescoço
Verdade: As pessoas que
abusam do álcool ou usam tabaco têm maior probabilidade de desenvolver câncer
de cabeça e pescoço e, ao ser diagnosticado, o paciente deve interromper o seu uso.
Entretanto, essa não é a única causa, quando relacionados ao HPV, os tumores
independem do consumo de bebidas alcóolicas e/ou tabaco.
3. O câncer de cabeça e pescoço tem baixa taxa de sobrevida.
Mito: As taxas de
sobrevivência têm aumentado significativamente nos últimos anos. Detectar o
câncer precocemente e buscar tratamento adequado são fatores-chave para
melhores resultados. Além disso, avanços médicos e terapias direcionadas, como
a imunoterapia, têm contribuído para o aumento das chances de sobrevivência e
qualidade de vida dos pacientes.
4. Próteses dentárias não têm relação com o câncer na boca.
Verdade: A utilização de
próteses dentárias não provoca câncer. Porém, caso esteja solta e machuque continuamente
a boca, pode causar um traumatismo crônico, lesão com possibilidade de
predispor ao câncer. A boca deve ser higienizada corretamente, pois a boa
higiene oral está associada à redução no risco de câncer de cabeça e pescoço.
5. Ter HPV altera meu tratamento e pode diminuir minhas chances de cura.
Mito: Pessoas com
câncer de cabeça e pescoço causado pelo HPV possuem melhor prognóstico em
comparação com pessoas que têm câncer causado por outros motivos. Ambos os
tipos de câncer são tratados da mesma maneira. As decisões de tratamento são
baseadas no tamanho e localização do tumor, no estágio da doença e na saúde
geral da pessoa.
7. Câncer de boca e câncer de laringe são os tipos mais comuns de
tumores na região da cabeça e pescoço.
Verdade: Os cânceres de
cavidade oral e laringe são os mais comuns nessa região, e mais de 60% deles
ocorrem na glote.
8. Apenas pessoas acima dos 50 anos são vítimas do câncer de cabeça e
pescoço, não atingindo os jovens.
Mito: Até o final do
último século, o câncer de cabeça e pescoço era mais comum em homens acima dos
50 anos, mas os dados recentes mostram que a incidência desses tumores tem
crescido em mulheres e jovens de 20 a 40 anos.
9. Até 2025, o Brasil pode ter em torno de 120 mil novos casos de câncer
de cabeça e pescoço.
Verdade: Segundo o Oncoguia, até 2025 são esperados aproximadamente 120 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Esse dado mostra que precisamos falar mais sobre prevenção e tratamentos adequados, para que a incidência diminua na população.
MSD no Brasil
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