Especialista
em cibersegurança analisa o desafio e a necessidade de garantir a segurança de
dados sensíveis para empresas e instituições Freepik
À medida que a tecnologia avança e a dependência da internet aumenta, criminosos digitais têm explorado brechas de segurança para lançar ataques mais sofisticados e de difícil detecção, tornando esses golpes ameaças preocupantes para organizações e usuários. Os pesquisadores em segurança cibernética da Security Discovery, por exemplo, encontraram mais de 26 milhões de dados vazados de plataformas como LinkedIn, X (ex-Twitter), Weibo, Tencent, Adobe e Canva, além de órgãos públicos brasileiros.
Luiz Wagner Grilo,
responsável pela unidade de negócios de network & cybersecurity da Unentel, distribuidora
de soluções tecnológicas para companhias, explica porque as empresas prezam
tanto pelos dados de seus usuários. “Possuir dados valiosos dentro das
organizações de diferentes segmentos como entretenimento, indústrias, serviços,
entre outros, ajuda para a transformação de novos negócios e também no
crescimento da empresa”, diz.
No varejo não é
diferente; a necessidade acompanhar os dados e movimentações dos clientes
também existe. No comércio eletrônico, por exemplo, são as informações de
navegação e preferências de compras que vão guiar os lojistas no direcionamento
adequado das promoções, personalizando experiências digitais, fidelizando os
consumidores e aumentando vendas.
“A interatividade
nos negócios é feita, em sua grande maioria, de forma virtual. Para quem está
vendendo um produto ou serviço, a experiência de compra torna-se ainda mais
desafiadora. Com o uso correto da utilização das informações sensíveis dos
consumidores, as marcas conseguem, de forma mais rápida e eficaz, oferecer produtos
que sejam da preferência deles ao avaliar seus comportamentos”, analisa o
executivo.
Para se ter uma
ideia do crescente volume de informações acumuladas pelas empresas, a
estimativa é que haja um aumento de 10,45% no faturamento do e-commerce em 2024
em relação a 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico
(ABComm). Mais faturamento significa mais compras; tantos dados de usuários
assim precisam de uma proteção absoluta.
Sobre isso, Grilo
comenta: “É um desafio, uma necessidade e uma obrigação garantir a segurança
das informações sensíveis em todos os âmbitos, seja em uma loja online que o
cliente efetuou uma compra ou em uma plataforma de instituição de saúde em que
o paciente realizou um exame médico. Conseguir armazenar essas informações sem
riscos de vazamentos faz com que o sucesso da experiência do cliente ou
paciente aconteça e ele retorne para o estabelecimento ou
consultório”.
Para assegurar a
proteção das informações, elemento vital para o aprimoramento do desempenho
empresarial em um mercado competitivo e instável, as organizações estão
intensificando sua vigilância diante das ameaças. Alguns métodos de proteção de
dados como criptografia, firewalls, PENTEST e a autenticação multifatorial
atuam como barreiras e fortalecem a segurança ao impedir acessos não
autorizados e manter confidenciais as informações sensíveis. Além da proteção,
esses recursos conseguem promover confiança aos parceiros e clientes.
Outra medida
importante foi a Lei Geral de Proteção de Dados. “A implementação da LGPD se
deu no momento em que o aumento de fraudes e roubos estava se intensificando e,
de forma positiva, incentivou o investimento em medidas de segurança e
tecnologias para evitar o acesso indevido aos dados sensíveis”, finaliza Luiz
Wagner.
Unentel
Distribuição
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