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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Diabetes na pessoa idosa requer atenção especial e incentivo ao autocuidado

Praticar atividade física é uma das atitudes fundamentais
no dia a dia da pessoa com diabetes
 Adobe Stock


Diabetes tipo 2 é o responsável pela maioria dos casos entre público 60+. Fatores como sedentarismo e dieta inadequada potencializam essa condição crônica

 

 

O envelhecimento da população é realidade no Brasil. Em 2022, a proporção da população brasileira 60+ atingiu 15,1%, com 30,6 milhões de pessoas nesta faixa etária. A prevalência do diabetes entre esse público também tem aumentado significativamente nas últimas décadas, com o diabetes tipo 2 sendo o responsável pela maioria dos casos. Isso se deve, em parte, ao estilo de vida sedentário, dieta inadequada e fatores genéticos associados ao envelhecimento.

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (2019), 17% das pessoas com diabetes no Brasil têm entre 60 e 64 anos. A incidência aumenta para 21,9% naquelas que têm entre 65 e 74 anos e as pessoas com mais de 75 anos somam 21,1% da população idosa com diabetes.

 

O diabetes tipo 2 pode se desenvolver de forma assintomática, porém, o aumento da fome, maior frequência urinária, sede constante, perda de peso, fraqueza e fadiga podem servir como indicativos da condição crônica. Realizar testes de glicemia também é de extrema importância para o diagnóstico precoce permitindo o início do tratamento adequado, com a mudança no estilo de vida.

 

Uma das principais preocupações quando se trata do diabetes na pessoa idosa é o risco aumentado de complicações relacionadas. Entre elas, estão os problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC); a neuropatia diabética que causa danos nos nervos e pode levar a sensações de formigamento, dormência e perda de sensibilidade nos pés e mãos, aumentando o risco de lesões e infecções. Outros problemas relacionados são a retinopatia diabética, que pode afetar os vasos sanguíneos dos olhos, resultando em problemas de visão e, em casos mais graves, até mesmo cegueira; doença renal crônica; pé diabético, que compromete a circulação e a sensibilidade nos pés podendo levar ao desenvolvimento de úlceras, infecções e até amputações.

 

A boa notícia é que algumas medidas podem e devem ser adotadas para reduzir o risco desses problemas. De acordo com a Dra. Karine Risério, endocrinologista da plataforma Glic, pioneira em saúde digital para o tratamento do diabetes e 100% gratuita para pacientes, médicos e nutricionistas, o manejo da condição crônica requer a mudança para um estilo de vida saudável.

 

“Monitorar a glicemia constantemente; manter uma dieta equilibrada, rica em vegetais, verduras, frutas, grãos integrais e proteínas magras; controlar o peso e praticar atividade física regularmente são fundamentais no dia a dia da pessoa com diabetes. Outro ponto importante é a promoção da conscientização sobre as complicações entre as próprias pessoas idosas com diabetes, familiares e cuidadores, pois melhora a adesão aos cuidados e ao tratamento”, destaca a especialista.

 

Segundo dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente existem 16,8 milhões de pessoas com todos os tipos de diabetes no Brasil e a estimativa da incidência dessa condição crônica deve chegar a 21,5 milhões em 2030.

 

“Como o manejo eficiente para o tratamento do diabetes envolve despesas com insulina, medicamentos, agulhas, seringas, tiras de teste de glicose, dispositivos e outros suprimentos, a oferta de suporte educacional auxilia na redução de gastos com tratamentos mais complexos, além da melhora na qualidade de vida da pessoa com essa condição crônica”, conclui Dra Karine.

 


Glic
https://gliconline.net


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