O uso de automação representa um importante passo no desenvolvimento do food service. Na pesquisa da GALUNION com consumidores, em fevereiro de 2022, 35% indicaram que gostariam de consumir em restaurantes, quiosques/self-service automáticos com demonstração de uso de tecnologia.
Essa
tendência se reflete nas escolhas dos clientes quanto ao local onde vão comer.
Mais do que apenas uma novidade que desperta a curiosidade das pessoas, a
automação de processos veio para ficar. Indiscutivelmente.
Mas para que
essa mudança tecnológica traga resultados práticos, é necessário que as
empresas de food service estejam antenadas nas tendências. E o que mais vejo
hoje, seja em contato com os próprios estabelecimentos, seja com a experiência,
é a necessidade de conhecer o cliente.
Saber as
preferências de consumo, a faixa etária, os dias de frequência e o tíquete
médio são alguns dos parâmetros que os restaurantes precisam ter. Com essas
informações, além do encantamento, podem oferecer Programas de Fidelidade, por
exemplo.
O autoatendimento
ajuda muito nesse processo, principalmente em estabelecimentos menores, de
comida rápida, pois ajuda na personalização do atendimento, criação de ofertas
exclusivas e ainda guarda as preferências de consumo. É uma forma de demonstrar
profundo conhecimento, coisa que hoje em dia os clientes apreciam muito. O
autoatendimento – que é realizado por intermédio de totens ou aplicativos –
pode ser programado para oferecer um tratamento individualizado, que leva em
consideração os hábitos e preferências. É como uma conversa com o cliente no
momento de decisão de compra.
Esta prática
é importante porque, no geral, consumimos alimentação em diversos momentos
diferentes: nas refeições rotineiras, como o almoço, é necessário rapidez; num
momento de descontração, vamos ao restaurante como uma forma de entretenimento.
Em todas as hipóteses, precisamos de um interlocutor. No geral, o turnover do
mercado de alimentação é alto, então ensinar todas as formas de personalização
para os atendentes se torna um processo moroso, repetitivo e que não alcança a
mesma eficiência que conseguimos ao optar por tecnologia.
Se o cliente
está na hora do almoço, por exemplo, não tem tempo de realizar grandes
interações para conhecer o cardápio ou aguardar tentativas de personalizar o
pedido. É nesse ponto que o autoatendimento traz a agilidade que todos precisam
e a opção de personalização que todos desejam. Utilizar totens em
estabelecimentos que servem refeições mais rápidas traz a possibilidade de
personalizar, além de dar vazão às filas, trazer satisfação para o cliente e
economizar o tempo de todos.
Já em outros
tipos de restaurante, a utilização de totens não é necessária, porque a forma
de atendimento é outra, a experiência é diferente. Mesmo neste tipo de
estabelecimento, no qual os garçons interagem com os clientes, a tecnologia
colabora para facilitar a personalização. Quando uma pessoa faz uma reserva, ao
acessar seus dados em um dispositivo, o garçom sabe a hora de chegada, quantos
serão os acompanhantes e quais são as preferências, baseado dados coletados em
visitas anteriores. O atendimento se torna, então, ainda mais exclusivo.
Para que
todas essas experiências – seja em alimentação rápida, seja em momentos de
descontração – a utilização de um sistema de gerenciamento de toda a produção
colabora com a satisfação dos clientes e propicia uma equação de sucesso. Isso
porque, com todas as áreas conectadas, apoiando-se mutuamente, existe uma
orquestração de jornada que preza por uma experiência com agilidade e
qualidade.
Finalizo
pontuando que a experiência de consumo de um restaurante não começa na hora que
entramos nele. Ela já vem da busca de informação pela internet e toda a
experiência que antecede a compra é fundamental hoje em dia. O restaurante não
deve ver apenas o fim, o pagamento. Precisa entender que a experiência é
completa, uma jornada: desde a busca pelo estabelecimento, até a hora de
efetuar o pagamento ou pegar o carro no vallet. Um atendimento mal realizado
pode gerar crítica na internet e influenciar negativamente a intensão de um
número grande de possíveis novos consumidores. Tudo o que foi prometido no meio
virtual deve ser entregue. A tecnologia é o fio que conecta todo esse processo:
para entender o cliente, para proporcionar uma experiência diferente, para dar
informação para um garçom, é necessário um sistema que gerencie toda a
orquestração.
Dessa forma,
os estabelecimentos conseguirão vencer a batalha pela fidelização do cliente em
um mercado tão competitivo. Automação é muito mais efetiva com personalização!
Michel Lisboa e Cruz - head de Customer Success da E-Deploy
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