Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, busca sensibilizar novos doadores para ajudarem a manter o estoque dos hemocentros
Uma bolsa de sangue é
suficiente para salvar a vida de pelo menos quatro pessoas. O sangue é um fluido
corporal insubstituível e de extrema importância para a vida humana em
diferentes situações, como na realização das cirurgias. Doar sangue é um ato
voluntário, não remunerado e extremamente seguro, podendo ser feito por pessoas
entre 16 e 69 anos, por meio de uma série de etapas, começando com o cadastro,
passando por uma triagem clínica, até chegar numa entrevista individual e
sigilosa, para a coleta de informações sobre possíveis riscos de contaminação.
Para ser um doador de sangue, é preciso apresentar
boa saúde e pesar mais de 50 quilos. As doações podem ser feitas num intervalo
de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens, sem distinção. Isso porque,
desde 2021, o Brasil passou a autorizar a doação de sangue independentemente da
orientação sexual, desde que o candidato tenha um parceiro sexual fixo há pelo
menos doze meses. “A aprovação dessa lei no Senado foi um avanço para o Brasil
no que se refere à saúde pública e aos direitos sociais”, reforça Jamille
Cunha, hematologista do Grupo SOnHe. A elegibilidade dos candidatos à doação de
sangue também vem sendo discutida nos Estados Unidos. O Food and Drug
Administration (FDA) emitiu novas recomendações relacionadas à orientação
sexual e ao gênero dos candidatos.
A doação de sangue é um processo seguro, feito por
profissionais capacitados, que fazem uso de materiais esterilizados, garantindo
a segurança da operação. “Esse procedimento foi aprimorado com o tempo e, hoje,
é extremamente simples e seguro para o doador”, explica a hematologista.
Recomendações para o dia da
doação: É recomendado o mínimo de 6 horas de sono, ter
realizado uma alimentação leve, tendo evitado alimentos gordurosos nas últimas
3 horas. A ingestão de álcool deve ser evitada 12 horas antes da doação. Podem
ser doadoras as pessoas entre 16 e 69 anos, que pesem mais de 50 quilos.
Quem pode e quem não pode
doar: Gestantes não podem doar sangue e as lactantes só
depois de 12 meses do parto. Mulheres que sofreram abortos só podem voltar a
doar sangue após 3 meses. Doadores com antecedente de câncer, mesmo que curado,
diabetes, insulino-dependente, infectados por HIV, hepatites B ou C, doença de
chagas e outras doenças cardíacas crônicas também não podem doar sangue.
Etilistas crônicos e usuários de drogas injetáveis também são inaptos à doação.
Tatuagens, piercings, vacinas a procedimentos cirúrgicos podem gerar inaptidão
do doador por um período.
Quem doa para quem: São quatro os tipos sanguíneos, cada um com sua particularidade e
importância, que exigem atenção no momento da doação.
Tipo O: As pessoas do tipo O negativo são consideradas as doadoras universais e
os estoques desse tipo são importantes em centros cirúrgicos de trauma, por
exemplo. Pessoas com esse tipo sanguíneo só recebem de outros que sejam O
negativo.
Tipo A: Pessoas com esse tipo sanguíneo podem doar para outras que também sejam
A ou AB, respeitando sempre o RH positivo ou negativo. Recebem do tipo A e O.
Tipo B: Pessoas com esse tipo sanguíneo podem doar para outras que também sejam
B ou AB, respeitando sempre o RH. Recebem do tipo B e O.
Tipo AB: As pessoas do tipo AB positivo são consideradas receptoras universais,
porque podem ser contempladas com todos os outros tipos sanguíneos. Já os do
tipo AB negativo, são importantes na manutenção das propriedades presentes
nesse tipo sanguíneo.
Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
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