Ao contrário do
que se imagina, débitos não deixam de existir após 5 anos de inadimplência;
incidência de juros permanece
O endividamento é um problema que tira o sono de
muitas pessoas. Quanto mais tempo uma dívida fica em aberto, sem ser paga,
maiores serão os juros e ainda pode levar à negativação do CPF em órgãos de
proteção de crédito como Serasa e SPC. Além disso, restrições no CPF podem
impedir uma pessoa de obter serviços e crédito em instituições
financeiras.
Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
apontou que 4 em cada 10 pessoas adultas no Brasil estavam negativadas em
setembro de 2022.
Uma dívida pode ser classificada como atrasada,
negativada ou prescrita. Em todas as condições, existem juros e a dívida não
deixa de existir. Por isso, a negociação é sempre a opção mais recomendada,
segundo Marcela Gaiato Martins, Diretora de Produtos B2C, Marketing e
Atendimento ao Cliente da Recovery, empresa do Grupo Itaú e plataforma
especialista em recuperação de crédito no Brasil.
“Sem saber qual o primeiro passo nem o caminho para
negociar, muitas pessoas deixam a dívida em aberto, achando que o melhor é
esperar passar 5 anos para o débito prescrever. Elas acreditam que o débito
desaparece após esse período, o que não é verdade. Por essa razão, o melhor
caminho é procurar chegar a um acordo para pagar o que se deve, com valores que
cabem no orçamento”, explica Marcela.
Para esclarecer essas questões, a especialista
listou cinco dúvidas comuns sobre dívidas e dicas que são fundamentais na hora
de tomar uma decisão.
Nome sai da restrição após 5
anos, mas permanece no cadastro do credor
Se não ocorrer interrupção da prescrição, após 5
anos da dívida vencida, o consumidor terá seu CPF retirado dos órgãos de defesa
do consumidor e o seu nome volta a ficar “limpo”, de forma automática. Essa
dívida, então, é popularmente considerada caducada. No entanto, o histórico da
dívida permanece junto ao credor e também pode constar na lista do Banco
Central (Bacen) para consulta de instituições financeiras e credores, pelo
prazo legalmente estipulado. Importante mencionar que quando essa dívida é
paga, igualmente a informação é atualizada.
Dívida prescreve, mas débito
não desaparece
Depois de um período de 5 anos de uma dívida não
paga, uma empresa ou banco não pode mais cobrá-la judicialmente, apenas de
forma amigável. Isso porque após esse prazo, a dívida é considerada prescrita e
o devedor tem seu nome retirado dos órgãos de proteção de crédito. Mas ao
contrário do que se imagina, a dívida prescrita não “desaparece” após 5 anos. A
pendência continua pertencendo à pessoa, com a incidência de juros. A
prescrição significa somente que o credor perde o direito de cobrança via
judicial e negativação de um inadimplente.
Juros continuam crescendo
enquanto a dívida não é paga
Quanto mais o devedor demora para negociar, mais os
juros e taxas vão acumulando e aumentando o valor da pendência. Para evitar
esse crescimento da dívida, o melhor caminho é firmar um acordo com a
instituição para a qual se deve.
Deve-se pagar uma dívida
caducada?
Sim. Por todos os motivos que listamos acima, o
melhor caminho é pagar esse débito. Pagar a dívida é o melhor caminho
para se livrar realmente dessa pendência financeira e evita problemas
futuros.
Recovery
https://www.gruporecovery.com/
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