Apesar de serem
realizados logo após o nascimento, procedimentos são distintos e têm objetivos
diferentes
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, 06 de junho, presentamos
pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, a pedido da Novartis, que 3 a cada 10
pessoas que pretendem ter filhos em até 12 meses confundem a impressão plantar
com o teste do pezinho, um dos exames mais importantes para o diagnóstico
precoce de doenças raras. A falta da realização do teste pode trazer impactos
negativos para a saúde do bebê. Entre os que já possuem filhos, 25% também faz
confusão entre os termos.*
A impressão plantar, conhecida como a “digital” do
pezinho, trata-se apenas de uma forma de realizar a identificação do bebê,
através de um carimbo no pé. Já o teste do pezinho é um exame realizado a
partir da coleta de uma amostra de sangue coletada no calcanhar do bebê, que
permite identificar doenças congênitas ainda no período neonatal e está
disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para ser feito nas maternidades e
postos de saúde.
“É bastante comum relacionar o teste do pezinho à
impressão plantar, já que ela consiste literalmente em imprimir o pé do bebê em
uma superfície. Entretanto, é preciso conscientizar sobre a diferença entre os
dois procedimentos, especialmente para as pessoas que estão esperando filhos ou
pretendem ser pais no futuro, pois o teste do pezinho tem potencial de mudar a
qualidade de vida da criança”, destaca a Dra. Carolina Fischinger Moura de
Souza, médica geneticista.
Em junho de 2022, entrou em vigor a lei[i]
que prevê a ampliação do teste para o diagnóstico de um número maior de doenças
no SUS, com o intuito de ampliar o Programa Nacional de Triagem Neonatal
(PNTN). Hoje, o teste do pezinho conta com o rastreio de 6 doenças e a
implementação da lei ocorrerá em 5 fases, porém, até o momento, apenas a
primeira está em andamento, com a inclusão do diagnóstico da toxoplasmose
congênita.
As próximas etapas, ainda sem data para
incorporação, incluirão: galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo
da ureia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos. Seguida pelas
doenças lisossômicas, imunodeficiências primárias e atrofia muscular espinhal,
nas etapas três, quatro e cinco, respectivamente.
“Esse diagnóstico precoce é primordial para o tratamento
das enfermidades, pois, em condições como a AME (atrofia muscular espinhal),
quanto mais cedo se iniciar, melhor serão os resultados clínicos”, explica a
médica.
Segundo o Ministério da Saúde[ii],
a delimitação de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho será revisada
periodicamente, com base em evidências científicas, considerados os benefícios
do rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce, priorizando as doenças
com maior prevalência no país, com protocolo de tratamento aprovado e com
tratamento incorporado no sistema público.
“É muito importante que o teste do pezinho seja
realizado em todos os recém-nascidos e, principalmente, englobe todas as
doenças. Por isso, é essencial que as 5 fases previstas na lei sejam
implementadas efetivamente e cheguem o mais breve possível, assim, poderemos
ofertar muito mais saúde às nossas crianças”, finaliza a Dra. Carolina.
* Estudo quantitativo realizado pela Ipsos a pedido
da Novartis, no Brasil, entre 15/12/2022 e 16/01/2023. Foram realizadas 1650
entrevistas on-line entre amostra representativa da população brasileira e
amostra booster com pessoas que possuem filho de até 12 meses ou que pretendem
ter filhos nos próximos 12 meses. Margem de erro de 2,5 p.p pontos percentuais
(p.p. - população) e 4,9 pontos percentuais (p.p.- booster).”
https://www.novartis.com.br/.
[i] L14154 (planalto.gov.br)
[ii] https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.154-de-26-de-maio-de-2021-322209993
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