Para este ano, tendência é que setor se mantenha aquecido nos dois primeiros meses e retome com mais força a partir de março
Na capital paulista, o turismo encerrou 2022 em alta, com crescimento de 48,4%,
na comparação com o ano anterior. O faturamento do setor aumentou 92,1% no
período: de R$ 28.558.507, em dezembro de 2021, para R$ 54.867.559, no último
mês do ano passado.
Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT), indicador do
Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Observatório de Turismo e
Eventos, da SPTuris.
Para 2023, a tendência é que o turismo se mantenha aquecido nos dois primeiros
meses do ano, retomando de maneira mais forte a partir de março, com a volta
integral dos eventos de negócios. Este cenário que deve movimentar a cadeia do
setor da cidade e estimular a geração de mais empregos.
Em dezembro, o crescimento do setor foi de 22,2%, na comparação anual. O
período foi marcado pela alta temporada do turismo de lazer e, também, de um
momento residual no qual as empresas ainda realizam eventos e reuniões na
cidade. Esta combinação de fatores proporcionou aumento de 26,7% no faturamento
no mês, em relação a novembro.
Na ocasião, também foi registrado crescimento de 21,1% na movimentação nos
principais terminais rodoviários paulistanos – 40.917 passageiros por dia, ante
33.793 no 11º mês do ano. Em dezembro de 2021, a média diária registrada foi de
35.865 pessoas.
Além da demanda natural, a conjuntura pode ser justificada pelo fato de que
famílias do interior estão buscando destinos de curta distância, como a
capital, para viajar. Desta forma, evitam preços elevados das passagens aéreas
– tendência que se consolidou no ano passado e deve continuar em 2023.
Apesar da variação modesta (0,8%) em dezembro, o estoque de emprego em cargos
relacionados ao turismo segue em expansão, com 417.384 trabalhadores formais na
área. O índice mostra a solidez da retomada do setor na capital, com demanda
nos mais diversos campos de atuação.
Em relação aos terminais aéreos, houve queda na circulação média diária (-0,4%)
em comparação a novembro. No entanto, o patamar de dezembro, de 161,6 mil
passageiros por dia, está 10% acima do registrado no mesmo período do ano
anterior.
Por fim, a taxa de ocupação hoteleira ficou em 54,7%, índice abaixo do nível de
novembro de 2022 e de dezembro de 2021, quando foram registradas taxas de 71,9%
e 58,9%, respectivamente. De forma sazonal, o período entre janeiro e fevereiro
são mais fracos quanto aos demais meses do ano.
De acordo com a FecomercioSP, a cidade de São Paulo tem tradição em se manter
como uma potência no turismo de negócios. No entanto, a cada ano, o lazer
encontra espaço para crescer em períodos habitualmente menos demandados.
De acordo com Guilherme Dietze, assessor técnico do Conselho de Turismo da
Entidade, dezembro trouxe resultados que coroam o trabalho realizado por todo o
setor, após dois anos muito difíceis. “Além de recuperar a demanda dos eventos
de negócios, que sempre caracterizaram a capital, os produtos e serviços
ligados a lazer, entretenimento, compras e gastronomia se consolidaram e podem
ser definidores da posição de São Paulo como um dos principais destinos de
turismo no Brasil”, afirma.
Nota metodológica
O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a
criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos
aeroportos de Congonhas (Infraero) e Guarulhos (GRU Airport), assim como dos
passageiros das rodoviárias (Socicam), a taxa média de ocupação hoteleira na
cidade (FOHB), o faturamento do setor do turismo na capital
(FecomercioSP/SMF-SP) e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do
turismo (Caged). O índice tem sua base no número 100, usada como referência de
comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais em decorrência
dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de
números consolidados na série.
FecomercioSP
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