Macrotendências
seguem como fatores cruciais para o comércio neste ano
Muitas estratégias para o comércio eletrônico são macrotendências e ainda prometem ficar em alta durante o ano de 2023. A projeção realizada pela ABComm Forekast calcula que, em 2023, o crescimento do e-commerce será de R$185,7 bilhões, e, as tendências ajudam a garantir melhor experiência na compra dos consumidores.
Eric Vieira, head
de e-commerce da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa
o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente,
alerta que é preciso continuar seguindo as tendências do e-commerce para
alcançar boa performance.
“Para vencer
dentro de um mercado tão competitivo, é preciso surfar na onda das tendências,
acompanhar as inovações e os novos hábitos e preferências do público, e usar os
recursos disponíveis para construir uma experiência de compra mais
satisfatória. Naturalmente isso levará a bons resultados e também à
fidelização”.
Pensando nisso, o
executivo elenca algumas das tendências que seguem em alta em 2023:
Live Commerce
Essa estratégia,
muito popular na China, é tendência na hora de impulsionar vendas em datas
importantes. Nela, a empresa promove seus serviços ou produtos em transmissões
online em tempo real, com promoções exclusivas para quem estiver assistindo. “A
ideia é engajar o cliente e incentivá-lo a comprar naquele momento. O público
interage com o apresentador, assiste a demonstrações de uso dos produtos e pode
tirar dúvidas ao vivo, o que acaba também humanizando e estreitando o
relacionamento”, pontua o executivo.
Metaverso
Em fase de
expansão, o espaço virtual em 3D, que replica a realidade usando dispositivos
digitais e recursos como a realidade aumentada, para proporcionar experiências
imersivas e interativas, deve movimentar bilhões de dólares nos próximos anos,
de acordo com a consultoria Ernst & Young. Sua aplicação no comércio
eletrônico revoluciona a jornada do consumidor e a tendência é que essa tecnologia
esteja cada vez mais presente no mercado. “O metaverso tem a capacidade de
criar avatares realistas, conectados com equipamentos de altíssima
sensibilidade sensorial, fazendo com que os clientes possam testar produtos
antes de comprarem, de forma online, além de poderem participar de reuniões de
negócios e consumir entretenimento, questão já adotada por algumas empresas”,
enfatiza Eric.
5G e
Web 3.0
A implementação do
5G no país traz grandes impactos no comércio eletrônico, aumentando a
velocidade das transações, como pagamento e carregamento de páginas, e a
satisfação dos consumidores. Os lojistas, por sua vez, terão mais oportunidades
de negócios, podendo explorar soluções com inteligência artificial e internet
das coisas em mais profundidade e com mais qualidade. “Estratégias como live
commerce e metaverso podem ser adotadas com mais efetividade com redes móveis
mais velozes e conexões mais estáveis”, pontua o executivo.
A Web3, por sua
vez, se baseia na tecnologia blockchain,internet das coisas (IoT) e
inteligência artificial (IA), e, o 5G vem como ferramenta crucial para
consolidar as tecnologias nos ambientes virtuais, gerando mais velocidade e
desempenho para a Web 3.0. Com isso, será possível, por exemplo, testar itens
de vestuário como óculos, combinar roupas em avatares presentes no site de
e-commerce e marketplace. A velocidade de processamento do 5G vai ajudar na
evolução de uma série de aplicações que transformarão a experiência de compra
online para algo muito mais próximo da experiência de compra no mundo físico.
Marketplaces
Os varejistas que
apostaram no e-commerce para aumentar as vendas e o alcance de público
acertaram em cheio e já colhem os frutos dessa decisão. A adesão aos
marketplaces também aumenta e deve ser uma tendência forte, especialmente de
olho em oportunidades como a Black Friday. “Hoje, mais do que estar inserido em
grandes plataformas, como Lojas Americanas, Magazine Luiza e Mercado Livre, o
e-commerce está aprendendo a explorar as vantagens de se tornar ele próprio um marketplace,
aumentando o portfólio de produtos que oferece ao público e os ganhos com
vendas, pois além de faturar com suas próprias vendas, ele recebe pelos
resultados alcançados por seus parceiros dentro da plataforma”, explica Vieira.
Voice Commerce
e melhoria da experiência por voz
No Voice Commerce,
espera-se que o cliente compre apenas usando comandos de voz, sem precisar
digitar e nem ter qualquer interação física com o telefone ou o computador para
escolher um produto e finalizar a transação. No entanto, de acordo com o
executivo, as pessoas ainda gostam de tocar o produto e avaliar, a menos que
alguém tenha certeza do que vai comprar, ou em situações como contratações de
streaming, filme, compra de música e itens digitais, portanto, podemos dizer
que isso ainda não é o que movimenta bilhões no varejo de forma geral, pois
existe um período de maturação para ser amplamente adotado pela cultura do
consumidor com gerações novas mais assiduamente engajadas nessa tecnologia. A
realidade por ora vem utilizando aplicativo de voz para trazer experiência
diferente ao cliente que visita a loja, como um assistente de vendas,
fornecendo recomendações e assistência para o consumidor comprar. Uma das
primeiras ações desse tipo aconteceu na Califórnia na rede BevMo combinando em
um display de produtos tecnologia Amazon com Inteligência Artificial. Cada vez
mais, inteligência artificial e assistentes virtuais responderão a esses
comandos, possibilitando uma experiência de compra cômoda e facilitada.
FCamara
Nenhum comentário:
Postar um comentário