Dra. Thais Mussi explica por que é importante
buscar ajuda ao chegar ao sobrepeso, antes de se tornar obeso
O índice de massa corpórea (IMC) - definido pela divisão do peso do indivíduo (em quilogramas) dividido pelo quadrado da sua altura (em metros), ou seja, IMC= peso (kg)/altura (m)2 -- é um cálculo que ajuda a classificar o grau de obesidade.
“Um IMC entre 25,0 e 29,9 kg/m2 é considerado sobrepeso; entre 30,0 e 34,9 kg/m2 é considerado obesidade grau I; entre 35,0 e 39,9 kg/m2 é considerado obesidade grau II; e, para finalizar, IMC maior do que 40,0 kg/m2 é considerado obesidade grau III”, detalha Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
No entanto não basta contar com esse cálculo matemático. Para o diagnóstico de obesidade, os médicos analisam o histórico familiar do paciente, a evolução do peso, o índice de gordura corporal e até mesmo a circunferência abdominal. Além disso, solicitam exames de sangue.
“A principal
característica para entender em qual grau de obesidade o paciente está é o IMC.
No entanto, existem algumas características notáveis em todos os graus, mudando
a intensidade e o risco de vida à medida que vai aumentando. A obesidade grau
I, por exemplo, é muito mais leve - e menos perigosa - que a obesidade grau
III”, alerta Thais.
O que caracteriza a obesidade?
Falta de ar, dores no corpo, dermatites e infecções fúngicas, impotência e infertilidade, ansiedade, depressão, roncos noturnos e apneia do sono, manchas escuras na pele (principalmente nas axilas, pescoço e virilhas) e uma maior tendência a apresentar varizes e úlceras venosas são algumas das características de pessoas obesas.
Para o tratamento da obesidade grau I, mais leve, indica-se acompanhamento de um nutricionista, para promover mudanças alimentares; prática de exercícios físicos; e, dependendo do quadro, medicação para ajudar no emagrecimento.
Na obesidade grau II, o tratamento é praticamente o mesmo, no entanto, a cirurgia bariátrica já é vista como um caminho.
No caso da obesidade grau III, que é a mais
grave, o tratamento envolve vários profissionais, como nutricionista,
endocrinologista, cardiologista e psicólogo. “O tratamento continua seguindo a
mesma linha dos outros graus: dieta, rotina de exercícios físicos e
medicamentos. A diferença, além da necessidade do envolvimento de vários
profissionais, é que, na obesidade grau III, a cirurgia bariátrica é fortemente
indicada, especialmente, para pacientes que não estão respondendo bem ao
tratamento recomendado pelo profissional de saúde (dieta, prática de exercícios
físicos e medicamentos)”, esclarece.
Sinais de alerta
Para Dra. Thais, é importante se observar. “Entendemos que a maioria das pessoas não está satisfeita com seu próprio corpo, mas é fundamental se observar para entender quando o excesso de peso deixa de ser uma questão estética e passa a ser uma complicação de saúde”.
Um dos pontos a observar é se a circunferência abdominal ultrapassa os 88 centímetros, no caso das mulheres; e, os 102 centímetros, no caso dos homens. O outro é estar atento se começar a perder roupas, sentir dores na coluna, transpirar muito, ter muitas noites de sono ruins ou sentir que precisa se esforçar muito para fazer caminhadas leves.
“A obesidade é considerada uma doença crônica, ou seja, não tem cura e precisa de atenção constante no controle de peso. O estado de sobrepeso é outro sinal que merece atenção. Para reverter esse quadro é importante buscar ajuda médica, para entender qual o caminho a seguir. No geral, ajustes na alimentação e prática de exercícios físicos são as indicações para vencer o sobrepeso e ficar longe da obesidade”, indica a endocrinologista.
DRA. THAIS
MUSSI -Crm 27542-PR 118942-SP RQE 373 - Formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí
(Univali); Residência em clínica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo; Residência em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo; Membro titulado da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Membro do Colégio Brasileiro de Medicina
do Estilo de Vida (CBMEV); Pós-graduação em Nutróloga pela Associação
Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Médica integrante da C.A.S.A Sophie Deram-
centro de aconselhamento em saúde alimentar; Especializacao em Mindfull Eating - Participação em diversos congressos.
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