Médica-Veterinária da ROYAL CANIN® explica como a doença afeta os gatos e cães e fala da importância da alimentação durante o tratamento e a recuperação deles.
Assim como os seres humanos, os gatos e
cães também podem ser diagnosticados com câncer. Essa doença ocorre por conta
da neoplasia, que nada mais é do que uma massa de tecido
anormal que surge em diferentes partes do corpo.
Dependendo da sua
localização, a neoplasia tem características específicas e apresenta ritmos de
crescimento e riscos diferentes. Quando ela compromete o funcionamento do corpo
com um tumor, é que existe o diagnóstico do câncer.
“O câncer afeta os humanos e os pets da mesma forma, podendo ter origem hereditária, por alterações no sistema imunológico, processos inflamatórios e maus hábitos. Ou seja, não é possível determinar o que leva um animal a desenvolver a doença”, explica a Médica-Veterinária da ROYAL CANIN®, Larissa Lima.
Diante do avanço tecnológico,
atualmente, os gatos e cães que são diagnosticados com câncer em seu estágio
inicial têm mais chances de cura, mas mesmo assim, esses pets precisam de
cuidados especiais, além de uma rotina que atenda todas as suas necessidades e
uma alimentação balanceada.
Câncer é mais
comum em pets idosos
O aparecimento do câncer pode ser mais
frequente em animais de idade avançada devido à degeneração natural que eles
sofrem com o passar dos anos. Contudo, fatores genéticos e a exposição a agentes
externos, como produtos químicos, sol e alimentação inadequada também
influenciam o surgimento da doença.
Alguns tipos de câncer são mais comuns
do que outros. Dentre os que mais acometem os pets, estão: o linfoma, que
atinge o sistema linfático; o câncer de pele; os carcinomas de glândula mamária
(câncer de mama); osteosarcoma, que atinge os ossos; o melanoma, que afeta as
células produtoras de melanina; e o hemangiossarcoma, que acomete os vasos
sanguíneos, podendo afetar qualquer órgão vascularizado, como coração, pulmões,
fígado e rins.
Quais são os
principais sintomas do câncer nos pets?
Os sintomas que podem ser observados em
gatos e cães variam de acordo com o tipo de câncer, o tecido envolvido e a
gravidade da neoplasia. Por isso, é fundamental que os pets se consultem
periodicamente com um Médico-Veterinário, que poderá avaliar a condição geral
deles e identificar possíveis alterações.
“Muitos dos sinais observados em pets
com neoplasias também são observados em condições não neoplásicas, mas ainda
precisam de atenção imediata por um Médico-Veterinário para determinar a
causa”, alerta Larissa.
Por isso, caso o tutor note qualquer
alteração física ou comportamental no seu pet, é recomendado que procure o
Médico-Veterinário assim que possível.
Como é feito o
diagnóstico?
Uma vez diagnosticado o câncer, os
tutores, orientados pelo Médico-Veterinário devem avaliar qual é o tratamento
ideal para o seu pet. Cada tipo de neoplasia requer cuidados individuais, que
varia de acordo com o tamanho do tumor, sua localização e o grau de
comprometimento da saúde do pet.
O tratamento pode ser feito por meio de
diversos protocolos diferentes, que englobam, cirurgia, quimioterapia,
radioterapia, crioterapia, hipertermia ou imunoterapia. “O tipo de tratamento
ou a combinação deles é determinado por meio de uma avaliação individual de
cada caso, por isso, não podemos afirmar que um tipo de protocolo é mais
eficiente do que o outro”, pondera a especialista.
Apesar de ser um tratamento agressivo, na
maioria dos casos, os pets geralmente toleram a quimioterapia melhor do que as
pessoas. Além dos protocolos, é importante que o Médico-Veterinário recomende
mudanças na dieta ou a adição de outras terapias na rotina do gato ou cão para
ajudá-los a ter mais qualidade de vida.. O controle da dor também é um aspecto
importante do tratamento de animais com câncer, principalmente em estágios mais
avançados.
Alguns tipos de neoplasias podem ser
curadas, mas outras só podem ser controladas para diminuir a sua propagação e
prolongar ao máximo o conforto e a vida do gato e do cão. Não existe uma regra
geral sobre a resposta individual de um pet ao protocolo indicado para o seu
caso, mas o tratamento pode ser bem-sucedido para muitos animais com neoplasia.
A importância de
uma boa nutrição para pets com câncer
Uma dieta balanceada, com alimentos
nutritivos é essencial para o tratamento. Estudos mostram que animais em peso
corporal ideal e que consomem a quantidade de calorias e nutrientes
recomendados para o dia possuem melhores prognósticos frente às doenças. “A
nutrição é a base para uma boa recuperação e para auxiliar o sistema
imunológico, por isso, apostar em alimentos de qualidade e que atendam as
individualidades de cada pet podem ajudar tanto no tempo de vida quanto na
qualidade de vida deles”, ressalta Larissa.
Para pets com reações gastrointestinais, como
náuseas, vômitos e diarreia, fornecer refeições fracionadas em volumes menores
ao longo do dia pode evitar a sobrecarga no sistema digestivo e diminuir esses
sintomas.
É muito importante que o alimento tenha
uma elevada palatabilidade para que auxilie gatos e cães com apetite mais
seletivo, principalmente durante os tratamentos. A consistência também pode ser
um diferencial na atração do animal pelo alimento, por isso, é interessante
investir nas versões úmidas que ainda auxiliam na hidratação.
O mix feeding é uma estratégia
importante para colaborar com a palatabilidade e aquisição de nutrientes, uma
vez que os alimentos úmidos são completos e balanceados e podem ser aliados
para auxiliar em casos de anorexia e diminuição do apetite.
Animais em estágios mais avançados ou
com estado nutricional comprometido podem se beneficiar de alimentos com maior
teor de gordura e energia, para auxiliar na manutenção do peso saudável e
reduzir o volume por refeição. “Tutores com pets nessas condições podem
investir em alimentos formulados com proteína de alta digestibilidade e
qualidade, antioxidantes naturais, como selênio, zinco, vitamina E e C, ácidos
graxos ômega 3, uso adaptado de fibra e nutrientes essenciais para a manutenção
da saúde”, aconselha Larissa.
Pets com câncer mas que estejam em um
estado nutricional saudável e com peso ideal devem continuar fazendo suas
refeições com o alimento que já consome e específico para suas necessidades
nutricionais﹒Alguns animais em estados de saúde mais
críticos podem precisar de sondas alimentares para garantir que recebam todos
os nutrientes que precisam e não haja perda de peso. Nesses casos, alimentos
específicos para sondas alimentares são escolhas preferenciais, uma vez que a
sua consistência mais homogênea facilita a administração.
A importância da
alimentação para pets curados
Quando o seu gato ou cão passa por
todas as fases, de diagnóstico ao tratamento, e consegue vencer o câncer, vem o
alívio de tê-lo por perto por mais algum tempo. Contudo, mesmo curado, ele
ainda precisará de cuidados diferenciados. “O processo quimioterápico é
bastante debilitante e ao fim das sessões, a alimentação tem um papel
fundamental na recuperação do pet. Por isso, a alimentação deve ser adequada
conforme as necessidades nutricionais que o gato ou cão precisam”, explica
Larissa. Em casos de pets saudáveis, ele deve retornar ao alimento de
manutenção ou consumir um alimento da linha coadjuvante em casos que
apresentarem outra patologia.
ROYAL CANIN®
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