Doença que causa muitas outras, o sedentarismo aumentou durante a pandemia. De acordo com Projeto ConVid, 62% dos brasileiros deixaram de praticar qualquer tipo de exercício desde a chegada da Covid-19. O assunto é urgente. Segundo a OMS, a inatividade física, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e uma dieta inadequada são os responsáveis pela maioria das mortes por Doenças Crônicas não Transmissíveis, mesmo que indiretamente.
Para combater esse
problema de saúde pública, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF)
lança, este ano, a Campanha Abril Verde: Mês de Combate ao Sedentarismo.
Conheça a campanha e baixe o material disponível gratuitamente em abrilverde.com.
Tendo como mascote o bicho preguiça, a iniciativa adota um tom bem-humorado,
para trazer à tona um tema tão desconfortável quanto necessário. A mensagem é
divertida, mas dá o recado: ficar parado não é uma opção.
A estratégia, de
acordo com o Presidente da entidade, Claudio Boschi, é mostrar à sociedade que
ficar parado não é normal. “A inatividade física traz diversos prejuízos à
saúde humana. Com o Abril Verde, o CONFEF pretende divulgar amplamente o
potencial destrutivo do sedentarismo, mostrando como ele nos adoece”, explica.
Adoece e leva à
morte. No mundo, 4 a 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a
população fosse mais fisicamente ativa, de acordo com a Organização Mundial da
Saúde. Na população global, 27,5% dos adultos são sedentários. Entre os jovens,
a situação é ainda mais grave: 81% dos adolescentes não atendem às
recomendações para atividade física.
Os altos índices não
deixam dúvida: o problema é urgente. Para Claudio Boschi, a campanha irá
combater a ideia de que o principal fim do exercício físico é a estética.
“Sabe-se notadamente que o exercício físico regular e orientado por
Profissional de Educação Física é capaz de prevenir diversas doenças, além de
promover ao indivíduo bem-estar e saúde mental. Além disso, levar uma vida
ativa reduz custos com internações e medicamentos a longo prazo”, avisou, para
quem pensa que se exercitar requer um alto investimento.
Pelo contrário, no
longo prazo, o exercício físico regular representa uma economia, não só
individual, mas também pública, como promete trazer à tona o Abril Verde. Isto
porque inatividade física causa gastos de até R$300 milhões ao SUS, somente com
internações, de acordo com estudo realizado pela Universidade Federal
Fluminense.
Por si só, o
sedentarismo é uma doença, com CID 10 Z72. 3. O remédio? Não há outro: a
atividade física. Se praticada de maneira regular, é um fator chave de proteção
para prevenção e o controle das doenças não transmissíveis (DNTs), como as
doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de cânceres. Além de
beneficiar a saúde mental, incluindo prevenção do declínio cognitivo e sintomas
de depressão e ansiedade.
Tudo isso e muito
mais pode ser evitado, caso o indivíduo inclua em sua rotina um hábito simples:
a OMS recomenda de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada
intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para os
adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por
dia para crianças e adolescentes.
Viu? Não é preciso muito para sair do
sedentarismo. Mais do que isso: não dá mais para permanecer inativo. Ajude a
divulgar essa ideia. Acesse o hotsite da campanha e baixe o material. Serão
disponibilizados, ao longo do mês, artes para mídias sociais, banners e outras
peças gráficas para livre impressão dos estabelecimentos. Calce os tênis e
busque um Profissional de Educação Física, porque ficar parado não é uma opção.
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