Como age o ser humano em uma situação de rejeição? Para o psicólogo André Barbosa, é muito difícil responder tal questionamento de forma generalizada, já que cada pessoa pode se sentir de uma maneira distinta diante de um fato.
Depois de agredir o ator Chris Rock no Oscar deste ano, o também ator Will
Smith foi internado em uma clínica de reabilitação para lidar com o estresse
causado pela situação e um possível quadro de rejeição. O ator americano era a
estrela da noite da Academia quando bateu no comediante depois que ele fez uma
piada sobre o cabelo raspado de sua esposa, Jada Pinkett Smith, que sofre de
alopecia.
O psicólogo André Barbosa acredita que existem determinadas pessoas que, quando
sofrem algum tipo de rejeição, lidam de forma mais tranquila, outras não.
“Uma rejeição de um concurso público, por exemplo. Existem pessoas que lidam
bem com essa rejeição e entendem que a rejeição faz sentido. Exemplo: uma
pessoa que não estudou tanto, que sabe que não estava bem preparado. A partir
disso, a pessoa pode elaborar melhor a atividade e usar isso como um trampolim
para melhorar a vida dela”, explicou.
André também explicou o que é a rejeição. “Ela pode ser é uma desclassificação,
ela pode ser muitas coisas, muitos acontecimentos e até ter muitos fatores
relacionados. Um término de um namoro, uma demissão… No fundo, ninguém gosta de
sofrer uma rejeição. É algo que ninguém escolhe passar”, pontuou.
No entanto, o especialista explicou que um processo que pode ajudar em
situações de rejeição é a ressignificação.
“Quando a gente começa a elaborar e ressignificar essas rejeições, a gente
começa perceber que determinadas situações foram necessárias para nossa
evolução e para o nosso bem”, disse.
Barbosa também ponderou que o ator Will Smith pode não ter tido dimensão
imediata dos fatos, devido à situação de estresse que passou. “Toda emoção é
temporária. A emoção deve ter subido demais na cabeça dele, e quando a emoção
vai embora fica somente a razão. Nesse momento ele pode ter entendido o que
aconteceu”, disse.
Quando a rejeição vira um transtorno
André também informou que existe um transtorno chamado de transtorno de
personalidade Borderline, que, entre os sintomas mais notórios, está o
sentimento de rejeição.
“Algumas pessoas conseguem passar com rejeição, outras não. Especificamente as
pessoas que sofrem esse transtorno têm muita dificuldade de controlarem uma
emoção. Então, são pacientes que ficam eternamente com pensamento que chamamos
de persecutórios: de que estão sempre sendo julgados, rejeitados e
abandonados”, finalizou.
André Barbosa - psicólogo
e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor),
especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em
Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela
Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e
desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista
no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em
Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional
da MEGE. Nas Redes Socias, André Barbosa é dono dos perfis @opsicologo, com mais de 290
mil seguidores, e @freudofficial, com mais de 760 mil.
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