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sexta-feira, 8 de abril de 2022

6 inovações tecnológicas na saúde que melhoram o atendimento ao paciente

Não é novidade que a saúde tem passado por mudanças nos últimos anos. Um levantamento do Gartner aponta que pelo menos 63% dos serviços de saúde estão passando por grandes alterações. Além disso, de acordo com o State of Healthcare Report, a transformação digital é prioridade de 60% das empresas do setor.

Algumas inovações digitais que surgiram nos últimos anos estão comprovando sua eficiência em países de todo o mundo e tem se mostrado tendência também para a saúde no Brasil. Separamos 6 exemplos inovadores que estão transformando o setor no país:

 

Contact Center

Trata-se de uma evolução do call center tradicional, que engloba, também, outros canais de atendimento. Segundo uma pesquisa da Talkdesk, líder global em experiência do cliente, o telefone (52%) e o site (41%) são as principais maneiras pelas quais os membros interagem com seu plano de saúde, o que mostra uma necessidade de integração de canais digitais no atendimento.
 

Uma outra pesquisa aponta que 78% dos consumidores de planos de saúde consideram importante ser atendidos em seu canal de preferência. Quase o mesmo número, 74%, afirma que essa preferência varia dependendo do contexto do atendimento que precisam.
 

Os Contact centers são sistemas de atendimento que se conectam facilmente com outros sistemas, atualizando instantaneamente na nuvem as novas informações sobre o atendimento de um paciente. O sistema conta, também, com inteligência artificial (IA) para criar experiências personalizadas para cada paciente.
 

Segundo Paulo Manzato, Vice Presidente de Vendas da Talkdesk na América Latina, “o paciente fica frustrado com o atendimento quando precisa começar do zero e repetir sua história toda vez que se envolve com o plano. Os dados armazenados no contact center criam possibilidades para que o atendimento seja mais eficiente e personalizado”.

 

Interoperabilidade

É uma tendência já consolidada em países como Estados Unidos. Trata-se de uma integração de sistemas entre hospitais, laboratórios e clínicas que permite a troca de informações sobre o histórico do paciente em tempo real. Essa inovação tecnológica contribui na rotina dos médicos por permitir que eles tenham acesso a um relatório completo dos exames e diagnósticos já realizados, possibilitando comparações, acompanhamento das evoluções e uma melhor recomendação de tratamento.
 

No Brasil, a interoperabilidade está presente em apenas uma operadora de saúde, a Sami, operadora de saúde de São Paulo, que implementou essa integração junto com a rede de hospitais Beneficência Portuguesa (BP). O modelo utiliza parâmetros exclusivos norte-americanos, que mantém terminologias clínicas e garante a conformidade, sigilo, integridade das informações, além de prevenir fraudes e vazamentos.
 

O paciente, quando busca atendimento na Sami ou BP, precisa autorizar o intercâmbio de informações para que seus procedimentos sejam registrados na base de dados e os profissionais tenham acesso a essas informações. Os dados de cada consulta/procedimento passam a ser armazenados na nuvem para orientar atendimentos futuros, tudo em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
 

Para o médico e presidente da Sami, Vitor asseituno, a interoperabilidade evita um tipo de situação muito comum no atendimento aos pacientes: “Sabe quando você vai a um médico pela primeira vez, leva alguns exames antigos, e precisa contar toda a sua história, mas acaba deixando passar alguma data importante, remédios que toma, ou procedimentos e exames que já fez - e acaba tendo que fazer tudo de novo? A interoperabilidade acaba com esse problema e facilita a conclusão do diagnóstico, otimizando o tempo de atendimento dedicado aos pacientes”, afirma.

 

Algoritmos

A Laura foi eleita em 2021 como TOP 10 Open Startups, ranking que reconhece as startups mais atraentes para o mercado corporativo no país, a startup Laura faz uso de algoritmos de inteligência artificial a fim de aprimorar a qualidade de atendimento recebida pelos pacientes e ao mesmo tempo, a entrega de uma visão 360º às equipes clínicas. Ativa desde 2016, a tecnologia da LAURA já realizou mais de 12 milhões de atendimentos, Seu CEO e cofundador, Cristian Rocha, foi eleito no ranking 30 Under 30 na categoria tecnologia, pela revista Forbes.

 

Recursos Humanos

Fundada por Manoela Mitchell, Vinicius Correa e Thiago Torres, a Pipo Saúde é um novo tipo de corretora de benefícios de saúde que através de tecnologia e dados, nasceu com o objetivo de otimizar e facilitar a relação do RH de empresas e dos seus funcionários com benefícios de saúde. A empresa atende cerca de 100 clientes, dentre eles algumas das empresas mais inovadoras do país tais como MadeiraMadeira e Buser.

 

Saúde Masculina

A Manual é uma health tech focada em saúde masculina. Lançada em 2021 no Brasil, promove diagnóstico, tratamento e acompanhamento para doenças que requerem tratamento contínuo, como calvície e problemas relacionados ao sono, por meio da telemedicina. Apenas em 2021, atendeu mais de 35 mil homens no Brasil. Focada em eficiência e facilidade no processo de compra, a startup foi fundada na Inglaterra em 2019. Com a telemedicina, visa expandir conhecimento, educar e informar o homem da necessidade de acompanhamento médico de qualidade e constante para determinadas doenças. Preocupada com os pacientes, apresenta um sistema de entrega discreto.

 

V-Baby

A V-Lab é uma healthtech que oferece soluções de tecnologia com foco em saúde diagnóstica e telemedicina. Recentemente, eles desenvolveram um algoritmo de Inteligência Artificial (I.A) capaz de detectar momentos chaves em um exame de ultrassom obstétrico. Com isso, criaram o aplicativo V-Baby, desenvolvido, especialmente, para as mães, com a proposta de gerar uma experiência única e agradável em todo o processo da gestação, se estendendo até pouco mais que o segundo ano de vida do bebê. Além de conteúdos exclusivos, como artigos e vídeos, por exemplo, o programa, por meio da I.A, fará uma geração automática de clipes com os melhores momentos da ultrassonografia, bem como o vídeo dos primeiros batimentos, que pode ser compartilhado com a família, amigos e até com outros profissionais, na intenção de colher uma segunda opinião médica, por meio de um link em aplicativos de mensagem instantâneas.
 

Com o software — que leva o mesmo nome do aplicativo — para gravação de ultrassom obstétrico em nuvem e transmissão ao vivo do exame, voltado às instituições de saúde, a V-Lab construiu o maior dataset de US em vídeo do mundo, com mais de 700 mil exames armazenados. Para se ter ideia, todos os meses, mais de 20 mil são adicionados na plataforma da healthtech. Atualmente, atendem as maiores clínicas do setor e estão presentes em mais de 200 salas por todo o país.


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