Pesquisar no Blog

quinta-feira, 10 de março de 2022

Você sabe como está a saúde dos seus rins? Previna-se das doenças renais


Freepik
Nefrologista, nutricionista e educadora física se unem para dar as melhores dicas para quem precisa cuidar da saúde renal


As doenças renais não estão ligadas somente à falta de água, apesar de ser um fator importantíssimo para a prevenção. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) está com uma campanha para o mês de março para enfatizar a importância da saúde renal para todos e a educação sobre a mesma. Segundo dados da SBN, a doença afeta uma em cada 10 pessoas no mundo todo, além de trazer uma estimativa de que em 2040 a doença renal crônica possa ser a 5ª maior causa de morte no mundo. 

A médica nefrologista Helen Siqueira explica que não há sintomas específicos para as doenças renais, e na maioria das vezes os sintomas são leves e em outras vezes até ausentes, o que dificulta bastante o diagnóstico no início da doença. “Por isso é muito importante que as avaliações sejam feitas de forma periódicas, com exame de urina e creatinina”, esclarece Helen. Ela explica ainda que pessoas com problemas renais instalados e avançados podem ter os seguintes sintomas: inchaço pelo corpo; indisposição; fraqueza; falta de apetite; redução da quantidade de urina; urina espumosa; hipertensão arterial; entre outros.
 

Atenção total na prevenção do problema 

São medidas simples que podem ser tomadas para a prevenção da doença, como explica a nefrologista que também atende no Hospital Anchieta de Brasília, “a prevenção pode ser feita com a ingestão adequada de água, evitando o uso excessivo de sal e o consumo indiscriminado de medicamentos sem prescrição e indicação médica, por exemplo, o anti-inflamatório que pode causar lesão nos rins de modo irreversível. Outro ponto importante é procurar controlar o diabetes e a hipertensão arterial, que são as principais patologias que levam à doença renal crônica atualmente”. 

Outro fator importante na prevenção é a alimentação, como explica a nutricionista e professora do CEUB, Pollyanna Ayub, “é preciso focar no consumo de alimentos in natura, como frutas e verduras, além de evitar o consumo de carnes vermelhas em excesso, gorduras saturadas e produtos industrializados, pois será sempre um grande aliado para saúde dos rins. A dieta para quando se já tem uma doença instalada vai depender de qual doença, estado nutricional e tratamento que está sendo realizado, pois para cada problema existem orientações individualizadas”, explica.
 

O que a alimentação e a atividade física têm a ver com a saúde dos rins?  

O hábito da alimentação saudável é a principal fonte de saúde para o corpo, pois este hábito gera não só o bom funcionamento e manutenção da saúde renal, mas também para toda a saúde do corpo. Os rins possuem características importantes, já que participam de outros sistemas do organismo e são responsáveis pela eliminação das toxinas do corpo, contribuindo também para produção de alguns hormônios importantes, assim como a qualidade os ossos, sangue, regulação da pressão arterial e manutenção das concentrações de sódio e potássio. 

A nutricionista Pollyanna Ayub dá a dica direta: “a alimentação saudável, individualizada e prescrita por um nutricionista será sempre uma aliada para saúde, principalmente, na prevenção e manutenção desse órgão tão importante para o nosso organismo. Hábitos alimentares repletos de produtos industrializados, gordura saturada, sal e açúcares contribuem também para o desenvolvimento das doenças crônicas, como por exemplo a obesidade, que além de contribuir para o diabetes e pressão alta, pode ter um desfecho com uma doença renal grave”, conclui. 

A atividade física aliada a uma alimentação consciente e saudável irá contribuir diretamente na prevenção de inflamações, desnutrição e até o agravamento da doença em pessoas que já foram diagnosticadas. “Pesquisas já mostram que ser ativo (praticar de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana) está diretamente ligado à melhora da imunidade e saúde dos órgãos e tecidos. É importante destacar que o exercício físico transforma vidas e é fundamental para a manutenção da saúde”, explica Thais Yeleni Ferreira, presidente fundadora do Sindicato das Academias do DF (Sindac-DF).
 

Doação de órgãos 

A insuficiência renal crônica, uma vez já instalada no paciente, não é possível reverter, ou seja, nos casos graves que não houve chance de tratamento é necessário fazer um transplante renal ou diálise. A nefrologista Helen explica sobre a doação do órgão: “ a doação pode ser feita em vida, de acordo com a legislação, entre parentes de até 4º grau, ou após a morte encefálica do doador, sendo que a família pode decidir sobre a doação. É muito importante a conscientização sobre a doação de órgãos e deixar os familiares cientes dessa decisão”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados