Série de apresentações na centenária Cripta da Catedral da Sé é realizada a partir da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federa e tem patrocínio do Tecnobank
No sábado,
12 de março, o Quarteto Benedictus abre a programação dos Concertos Cripta em
2022. O grupo apresentará a capella uma série de peças que explorará a
sonoridade da centenária Cripta da Catedral da Sé. Nove Ave-Marias de épocas
distintas serão executadas pelo jovem quarteto. Entre os compositores estão:
Jacob Arcadelt (1507 - 1568), Thomás Luis Victoria (1548 - 1611), Ignazio
Donati (1570 - 1638), Camargo Guarnieri (1907 - 1993) e Villa Lobos (1887 -
1959). O concerto terá tradução simultânea em LIBRAS – Língua Brasileira de
Sinais.
Quarteto
Benedictus é composto por soprano (Joyce Bastos), contratenor (Cássio Pereira),
tenor (David Medrado) e Leonardo Marques (Barítono). O grupo é originário do
Núcleo de Desenvolvimento de Carreira da EMESP Tom Jobim.
Para 2022 os
Concertos Cripta seguirá alternando performances de jovens talentos com nomes
já consagrados. Assim, em 30 de abril será a vez das cantoras líricas Marly Montoni
e Juliana Taino apresentarem duetos e arias de grandes óperas de Verdi,
Puccini, Mozart e outros. Soprano e mezzo-soprano, respectivamente, ambas têm
presença de destaque em montagens de alguns dos principais palcos do Brasil
como: Teatro Municipal de São Paulo, Praça das Artes de Belo Horizonte e Teatro
da Paz, de Belém. Luciana Simões – doutora em Piano Colaborativo pela The
University of Southern Mississippi (EUA) - se apresentará acompanhando as
cantoras.
“Dada a
dimensão intimista da Cripta, será uma oportunidade bastante especial para o
público ver e ouvir de muito perto essas grandes intérpretes”, afirma Camilo
Cassoli, diretor geral da série Concertos Cripta. “Essa proximidade não é
possível nem nos melhores lugares das principais salas de concerto. Com certeza
o público irá se emocionar com a técnica dessas intérpretes”, complementa.
No mês de
maio, dia 21, será a vez do Quarteto da São Paulo Chamber Soloist apresentar-se
no espaço que fica abaixo do altar-principal da Catedral da Sé. Formado por
dois violinos (Alejandro Aldana e Matthew Thorpe), viola (Gabriel Marin) e
violoncelo (Rafael Cesário), o grupo traz um recorte da camerata de cordas
criada em 2020. No repertório estarão peças de Arturo Márquez, Radamés Gnatalli
e Antonin Dvorák.
INGRESSOS
GRATUITOS – Os concertos, realizados aos sábados às 16 horas, tem ingressos
gratuitos distribuídos a partir das 15 horas, ao lado da Secretaria da Catedral
da Sé (à direita do altar principal). São 70 ingressos distribuídos ao público
por apresentação.
Realizada a partir do PRONAC 185199, a Série Concertos Cripta tem 30% das apresentações com tradução em LIBRAS. Mapa tátil, guia de visita audiodescrita e folder em braille são disponibilizadas pelo projeto, além de barras de acesso nas escadas e assentos reservados para idosos, obesos e deficientes.
A SÉRIE CONCERTOS CRIPTA – Inicialmente concebido como parte das comemorações dos 100 anos da Cripta da Catedral da Sé, os Concertos Cripta já apresentaram 36 diferentes atrações. Espaços da Catedral que nunca tinham sido abertos ao grande público receberam as atrações, todas com acesso gratuito e transmissão ao vivo por canais do projeto nas redes sociais ( /concertoscripta ) e indicados em www.concertoscripta.com.br.
Já se
apresentaram nos Concerto Cripta grandes nomes e jovens talentos da música
instrumental e do canto coral brasileiros como: Laércio de Freitas, Clara
Sverner, Alessandro Penezzi, Caixa Cubo Trio, Duo Siqueira Lima, Pastoras do
Rosário, Chico Brown, Salomão Soares, Quarteto Mundana Refugi, Coro Sinfônico
de Goiânia e outros.
A CRIPTA DA
CATEDRAL DA SÉ - Centenária, a cripta da Catedral da Sé de São Paulo foi
inaugurada no dia 16 de janeiro de 1919 – seis anos após o início da construção
do atual templo e oito anos após a demolição da antiga Sé.
Capela
subterrânea que abriga 30 câmaras mortuárias, a cripta fica 7 metros abaixo do
nível da praça da Sé. Acessível por duas escadas localizadas nas laterais do
altar-mor e presbitério da Catedral, a cripta tem 365 metros quadrados e foi
projetada em formato de cruz. Na nave central, atrás das escadas, estão
localizados os túmulos do Padre Diogo Antonio Feijó, regente do Império do
Brasil entre 1835 e 1837, e do índio Tibiriçá, cacique da tribo tupiniquim que
habitava a região de Piratininga na chegada dos portugueses, em 1554.
Além dos
restos mortais de todos os bispos da fase diocesana de São Paulo (entre
1745 e 1908, quando a cidade ainda fazia parte da Arquidiocese de São Sebastião
do Rio de Janeiro), está sepultado na cripta da catedral o Padre Bartolomeu de
Gusmão, que inspirou um dos personagens principais do livro “Memorial do
Convento”, do escritor português José Saramago. Acusado de bruxaria por seus
contemporâneos e denunciado à Inquisição, Padre Bartolomeu é considerado o
inventor do balão de ar quente.
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