Com maiores responsabilidades e salários, as mulheres procuram por homens que as ajudem nas tarefas domésticas e as apoiem profissionalmente.
Durante as últimas décadas do século XX, dentre os vários
acontecimentos históricos, um dos fatos marcantes foi a inserção cada vez maior
da mulher no mercado de trabalho. Depois de lutarem muito, elas finalmente
conquistaram o direito do voto em 1932 – mas não ficaram satisfeitas com essa
vitória: elas querem sempre mais, e estão conseguindo.
Pode não parecer, mas as conquistas no âmbito feminino vão desde
a permissão para usar de calças compridas até o direito não só de votar, como
também de serem eleitas. Aos poucos, a classe feminina prova a sua competência,
profissionalismo, criatividade e liderança, conquistando mais espaço e rompendo
as barreiras do preconceito.
No mercado de trabalho deve-se muito a fatores econômicos,
culturais e sociais do país, mas, independente disso, ficou claro que tanto
elas quanto seus parceiros gostaram dessa nova função assumida pelas mulheres.
"As mulheres hoje procuram homens que as entendam e apoiem
as suas carreiras, e não que as tornem “mulheres do lar” durante os sete dias
da semana", opina Madalena Feliciano, gestora de carreira e
hipnóloga. Muitos casais hoje optam por não terem filhos ou apenas por terem
filhos mais tarde, para que possam aproveitar por mais tempo os privilégios do
namoro ou casamento com a renda mais estabilizada – objetivo difícil de ser
adquirido quando ambos ainda são muito jovens e estão adentrando o mercado de
trabalho, salvo exceções.
O que antes era uma forma de submissão ao homem, hoje deu lugar
a mulheres executivas, presidentas, governadoras, líderes, mestres e doutoras.
"E elas aproveitam essas oportunidades para acrescentarem o seu toque
feminino, fazendo com que muitas profissões cresçam e sendo reconhecidas cada
vez mais pelos homens, que até pouco tempo tinham preconceito em serem
comandados por mulheres", afirma Madalena.
Devido a essas mudanças, o homem brasileiro começou a ajudar
mais nas tarefas domésticas, apesar de ainda ser a mulher quem dedica mais
tempo aos afazeres do lar, e cuidar dos filhos. Não se sabe exatamente o que
tem motivado os homens a colaborarem mais, se é um maior grau de
conscientização ou o fato de suas mulheres não terem mais tanto tempo para a
casa, já que passam muitas horas na rua, mas é fato de que eles perceberam que
os papéis mudaram e estão dispostos a ajudar e a manter a mulher ao seu lado.
O ideal é dividir as tarefas do lar e deixar tudo claro desde o
início do namoro. Querer mudar uma pessoa depois pode ser tarde. É preciso que
os dois saibam ceder quando necessário, afinal, é isso o que torna um
relacionamento saudável. "Para isso, digo para os casais fazerem uma lista
rica em detalhes, das suas funções domésticas e do trabalho. Depois, as listas
devem ser comparadas para que as funções de cada um possam ser reorganizadas
com base em uma conversa franca, para que haja equilíbrio entre as duas
partes", afirma Madalena.
Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnóloga
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Professor
Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.
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