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quinta-feira, 3 de março de 2022

Mercy For Animals fará ato em São Paulo contra a exportação de animais vivos

Mobilização ocorrerá na Avenida Paulista a partir das 13h30 de domingo (6) e também chamará atenção para o embarque do maior navio de transporte de animais vivos do mundo, previsto para começar nesta quinta-feira (3) no Pará

 

A Mercy For Animals (MFA) realizará no próximo domingo (6), em São Paulo, um ato público e pacífico contra a exportação de animais vivos por via marítima. A mobilização começará a partir das 13h30, com concentração na Avenida Paulista, nº 2031 - próximo à estação de metrô Consolação - e seguirá os protocolos e regras de prevenção contra a Covid-19.

A ação também chama atenção para a chegada, no Brasil, do maior navio de transporte de animais vivos do mundo. A previsão é de que o embarque no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), envolva mais de 30 mil bois e ocorra entre esta quinta-feira (3) e a próxima terça-feira (8) - o navio Mawashi Express está em águas brasileiras há uma semana (24/2)

"Em 2019, o Brasil foi o segundo maior exportador de bovinos por via marítima do mundo. Na viagem, os animais passam por imenso sofrimento físico e psicológico, já que são confinados em espaços minúsculos e obrigados a viver entre as próprias fezes e urina por semanas. Nos países de destino, são frequentemente manejados de forma brutal e abatidos enquanto ainda estão conscientes. Além de comprometer o bem-estar dos animais, a atividade agrava crises sociais e ambientais, conforme relatório detalhado feito pela MFA. Com a mobilização e apoio da sociedade, estamos dando importantes passos na construção de um mundo mais justo e compassivo para os animais e todos os seres", afirma Cristina Mendonça, diretora executiva da Mercy For Animals no Brasil.

"A organização do ato levará em conta todos os protocolos sanitários, e os ativistas levarão nossa mensagem às ruas, mostrando que a exportação de animais vivos é algo inaceitável. Haverá uma pequena marcha com cartazes e faixas, alertando a população sobre o que acontece nesses navios e pedindo para que a petição seja assinada. A expectativa é de que o ato tenha duas horas de duração. Será uma manifestação e todos serão bem-vindos", ressalta Diogo Fernandes, gerente de Voluntariado da MFA no Brasil.


Representação ao MPF

Na semana passada, a Mercy For Animals, junto com as ONGs Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal) e Princípio Animal, apresentou uma representação pedindo que o Ministério Público Federal (MPF) fiscalize no Pará o maior navio de transporte de animais vivos do mundo.

A solicitação é para que uma equipe técnica do MPF acompanhe o embarque, avalie as condições de transporte, o bem-estar dos animais e os riscos ambientais da operação, e que os responsáveis pela exportação apresentem planos de viagem e contingência.

Dentre os argumentos apresentados, estão o alto risco para o bem-estar dos animais, tendo em vista que serão submetidos a uma viagem longa em uma embarcação bastante antiga e que a operação ocorrerá em período de intenso calor. As ONGs também alertam para os riscos ambientais da operação, citando o caso do navio Haidar, que naufragou no porto de Vila do Conde em 2015 com 5 mil bois a bordo, provocando um dos maiores desastres ambientais do Pará.


Sobre a Mercy For Animals

A MFA é uma das maiores organizações sem fins lucrativos do mundo dedicada ao fim da exploração animal em fazendas industriais e na indústria da pesca. Fundada há 21 anos nos EUA e presente no Brasil desde 2015, a MFA atua em outros países da América Latina, no Canadá, na Índia e está expandindo operações no leste e sudeste asiático, para construir um sistema alimentar mais justo e sustentável.

Em 2021, a MFA lançou em parceria com a ativista Luisa Mell a campanha Exportação Vergonha. Além de denunciar e detalhar a realidade do transporte marítimo de animais vivos no Relatório Investigativo Exportação de Animais Vivos no Brasil, a iniciativa incluiu uma petição para que o Congresso Nacional proíba a exportação de animais vivos destinados ao abate - o documento já conta com mais de 540 mil assinaturas.


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