Especialista traz
dicas de como lidar com a vulnerabilidade financeira da mulherFoto: Adelaide Financial Advice
Desde os primórdios, por diversas razões
antropológicas e culturais, o ser humano desenvolveu um padrão de comportamento
que afasta a mulher das finanças, mesmo que isso tenha mudado, essa ainda é a
realidade de muitas mulheres. Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro,
aproveita a data para conscientizar mulheres, homens e empresas sobre a
importância de cuidarem do bem-estar financeiro.
De acordo com um estudo feito por três pesquisadores
brasileiros da ESPM de São Paulo, as desvantagens vividas pelas mulheres ao
longo da vida, como o menor acesso ao conhecimento financeiro, empregos de
qualidade inferior, menor renda em relação ao mesmo trabalho desenvolvido pelos
homens, trajetórias de trabalho irregulares e associadas ao papel de cuidadora
dos filhos e da família, contribuem para o agravamento da vulnerabilidade da
mulher quando o assunto é dinheiro.
Um outro ponto do estudo que chamou bastante a
atenção dos pesquisadores foi que a violência doméstica também tem impacto nas
finanças femininas, tanto no curto como a longo prazo. Além da intimidação
psicológica também foram identificadas estratégias para prejudicar o trabalho,
dependência financeira extrema e táticas de isolamento que fazem as mulheres se
sentirem economicamente dependentes e presas no relacionamento.
Para Rebeca Toyama, esse cenário reforça os
distúrbios de dependência e facilitação financeira, e mostram o quão é preciso
chamar a atenção para a importância de ajudarmos as mulheres a desenvolverem
habilidades que reduzam a vulnerabilidade financeira, como: confiança,
protagonismo, inteligência emocional e autocontrole.
“Mesmo nos casos que o pai, marido ou irmão assumem
unilateralmente as finanças com a intenção de proteger, o custo é o
enfraquecimento da mulher, que na ausência do homem, seja por divórcio ou
falecimento, não tem a experiência para cuidar das finanças domésticas”,
explica a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama.
O primeiro passo para começar essa mudança é trazer
consciência tanto para as mulheres quanto para os homens da importância de se
cuidar do bem-estar financeiro em conjunto, para que todos sejam capazes de
contribuir com a preservação e multiplicação do patrimônio da família.
A frase ‘se você não controla o seu próprio
dinheiro, você não controla a sua própria vida’ vai além de gerar renda ou
controlar gastos, discorre sobre tomar decisões e controlar as finanças para se
ter liberdade, independência, autonomia e segurança.
O Observatório Febraban revela que na administração
do orçamento doméstico, as mulheres dominam, 56% das entrevistadas declararam
assumir essa função, contra 44% dos homens. “O protagonismo feminino pode
promover uma revolução social, começando por um orçamento doméstico sustentável
que garanta qualidade de vida no presente, sem colocar em risco seu futuro”,
finaliza Rebeca Toyama.
Endividamento e estresse financeiro comprometem o
bem-estar na vida profissional e pessoal de qualquer pessoa. Ao reduzirmos a
vulnerabilidade financeira da mulher, estaremos também contribuindo com os
indicadores do ODS 5 - igualdade de gênero e do ODS 10 - redução das
desigualdades, e para isso, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca
Toyama preparou 4 dicas:
Para mulheres: acreditem
em seus sonhos e se planejam financeiramente para realizá-los, assumam seu
papel no orçamento doméstico, demonstrem interesse pelo tema, busquem
informações com pessoas que já fazem isso com sucesso;
Para homens: sejam grandes aliados nessa
causa, compartilhem seus erros e acertos sobre finanças pessoais com as
mulheres que estão ao seu redor motivando seu interesse e participação no
mercado financeiro;
Para famílias:
compartilhem e estimulem metas com filhos e filhas envolvendo todos os membros
na elaboração e acompanhamento do planejamento;
Para empresas: incluam em
seus treinamentos programas sobre bem-estar financeiro, educação financeira e
aposentadoria.
Rebeca Toyama - fundadora da ACI que tem como
missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro
sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar
financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia.
Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora,
palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de
psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching
Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da
pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da
Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário