Eficiência Energética é chave para amenizar impactos
da crise e alta no preço do petróleo mundial
Fomentar políticas públicas
consistentes de EE é uma das formas de amenizar impactos negativos provocados
pela crise hídrica e demais fatores que geram alta no custo da energia elétrica
O preço do petróleo mundial, que deve ser afetado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia,
pode pressionar ainda mais os custos da geração das termoelétricas, as usinas que produzem energia a partir do calor
gerado pela queima de combustíveis fósseis. Além disso, apesar das chuvas terem melhorado o nível dos
reservatórios, a bandeira tarifária, que atinge diretamente o consumidor,
permanece no patamar de escassez hídrica. Diante deste cenário, o fomento à
eficiência energética mostra-se cada vez mais necessário.
As termoelétricas geram prejuízos econômicos e ambientais, uma vez que o custo de produção é elevado. No leilão realizado pelo governo em 2021, foram pagos R$ 750 por MWh para termoelétricas movidas a gás e até R$ 1.000 por MWh de usinas de óleo diesel e combustível, enquanto a média do custo das hidrelétricas é R$ 246/MWh. No ano passado, o país gastou cerca de R$ 13 bilhões. Além disso, a importação de energia dos países vizinhos cresceu 63% de janeiro a outubro, comparado com o período homólogo.
Segundo a Associação
Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO),
é importante ressaltar que a cultura da eficiência energética pode transformar
esta situação, promovendo crescimento econômico e agregando sustentabilidade à
economia nacional. Os impactos da crise hídrica
podem ser amenizados em todas as áreas, mas principalmente no setor industrial,
que é responsável pela maior parte dessa demanda de geração de energia.
“Nesta data, em que se
comemora o Dia da Eficiência Energética, temos que reforçar a importância deste
tema. Mais do que nunca, esse é o momento de discutir sobre o investimento em
pesquisas que contribuam com o desenvolvimento do mercado de energia e estimular a implementação de projetos e ações com
foco no fomento à Eficiência Energética, valorizando a expertise das ESCOs (Energy
Services Company), destaca Bruno Herbert
Batista Lima, presidente da ABESCO.
“Cabe lembrar que as ESCOs são
especializadas em promover a eficiência energética em todo tipo de instalações,
inclusive em residências. Embora as vantagens ambientais sejam mais
perceptíveis, pouco se fala sobre a relação custo-benefício da EE, que é
extremamente vantajosa. O investimento pode ser alto, mas a taxa de retorno é
melhor e mais rápida do que comparada a investimentos convencionais, até mesmo
à energia solar. Os benefícios são inúmeros e temos que colocá-los em pauta”,
finaliza.
Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia - ABESCO
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