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sexta-feira, 4 de março de 2022

Dia da Eficiência Energética

Eficiência Energética é chave para amenizar impactos

da crise e alta no preço do petróleo mundial
 

Fomentar políticas públicas consistentes de EE é uma das formas de amenizar impactos negativos provocados pela crise hídrica e demais fatores que geram alta no custo da energia elétrica



O preço do petróleo mundial, que deve ser afetado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, pode pressionar ainda mais os custos da geração das termoelétricas, as usinas que produzem energia a partir do calor gerado pela queima de combustíveis fósseis. Além disso, apesar das chuvas terem melhorado o nível dos reservatórios, a bandeira tarifária, que atinge diretamente o consumidor, permanece no patamar de escassez hídrica. Diante deste cenário, o fomento à eficiência energética mostra-se cada vez mais necessário.

As termoelétricas geram prejuízos econômicos e ambientais, uma vez que o custo de produção é elevado. No leilão realizado pelo governo em 2021, foram pagos R 750 por MWh para termoelétricas movidas a gás e até R 1.000 por MWh de usinas de óleo diesel e combustível, enquanto a média do custo das hidrelétricas é R 246/MWh. No ano passado, o país gastou cerca de R 13 bilhões. Além disso, a importação de energia dos países vizinhos cresceu 63% de janeiro a outubro, comparado com o período homólogo. 

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), é importante ressaltar que a cultura da eficiência energética pode transformar esta situação, promovendo crescimento econômico e agregando sustentabilidade à economia nacional. Os impactos da crise hídrica podem ser amenizados em todas as áreas, mas principalmente no setor industrial, que é responsável pela maior parte dessa demanda de geração de energia. 

“Nesta data, em que se comemora o Dia da Eficiência Energética, temos que reforçar a importância deste tema. Mais do que nunca, esse é o momento de discutir sobre o investimento em pesquisas que contribuam com o desenvolvimento do mercado de energia e estimular a implementação de projetos e ações com foco no fomento à Eficiência Energética, valorizando a expertise das ESCOs (Energy Services Company), destaca Bruno Herbert Batista Lima, presidente da ABESCO. 

“Cabe lembrar que as ESCOs são especializadas em promover a eficiência energética em todo tipo de instalações, inclusive em residências. Embora as vantagens ambientais sejam mais perceptíveis, pouco se fala sobre a relação custo-benefício da EE, que é extremamente vantajosa. O investimento pode ser alto, mas a taxa de retorno é melhor e mais rápida do que comparada a investimentos convencionais, até mesmo à energia solar. Os benefícios são inúmeros e temos que colocá-los em pauta”, finaliza.
 


Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia  - ABESCO

 

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