No outro extremo da escala de desnutrição, o sobre peso e a obesidade são um dos problemas de saúde pública mais preocupantes e visíveis do século 21, mas ainda são os mais negligenciados. A obesidade é uma doença multifatorial com patogênese complexa relacionada a fatores biológicos, psicossociais, socioeconômicos, ambientais, hereditários e comportamentais pelos quais o excesso de gordura corporal leva a efeitos negativos a saúde.
A Nutricionista Adriana Stavro explica
que a obesidade aumenta a probabilidade de várias doenças. Estas incluem
diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares (DCV), síndrome
metabólica (SM), doença renal crônica (DRC), hiperlipidemia, hipertensão,
doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), certos tipos de câncer, apneia
obstrutiva do sono, osteoartrite, depressão e distúrbios musculoesqueléticos,
resultando em diminuição da qualidade e expectativa de vida.
A principal causa da obesidade é o
desequilíbrio energético a longo prazo entre as calorias consumidas e as
calorias eliminadas. A modificação da dieta pode prevenir, tratar ou aliviar
alguns dos sintomas associados a essas doenças. “É importante fornecer aos
pacientes recomendações dietéticas simples para aumentar a probabilidade de
implementação bem-sucedida. Isso inclui aumentar a ingestão de vegetais, frutas
e fibras, consumir fontes de proteína magra para aumentar a saciedade, evitar
ou limitar severamente alimentos altamente processados e reduzir o tamanho das
porções.” esclarece Adriana Stavro.
Um estudo de 2018 que avaliou 6 tipos de dietas (pobre em carboidratos, baixo teor de gordura, low FODMAP, mediterrânea, paleolítica, sem glúten) concluiu que todas as dietas analisadas chegam ao mesmo ponto central:
“O aumento do consumo de vegetais, frutas, carnes
magras, diminuição de carboidratos, e um consumo drasticamente reduzido de
alimentos processados leva a benefícios positivos para a saúde que podem ser
aplicados a várias patologias.” alerta Adriana.
Em outro estudo de 2015, sobre açúcar
adicionado, os autores mostraram que cerca de 70% dos alimentos processados
contêm açúcares. Consumo que vem crescendo nas últimas décadas. Nesse mesmo
período, o tamanho das porções aumentou, assim como a frequência da ingestão de
lanches e bebidas açucaradas. Este mesmo estudo mostrou que as calorias
consumidas em bebidas açucaradas não levaram a uma redução no consumo de
alimentos. Portanto, todos esses fatores contribuíram para um aumento na
ingestão energética e ganho de peso.
A Nutricionista Adriana ressalta
também, que outra questão importante entre os obesos é o sedentarismo.
A atividade física regular e a
alimentação equilibrada e balanceada estão associadas positivamente a
resultados favoráveis na saúde metabólica (diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças
cardiovasculares (DCV), síndrome metabólica (SM), doença renal crônica (DRC),
hiperlipidemia, hipertensão, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA),
apneia do sono, osteoartrite, depressão e distúrbios musculoesqueléticos)
Além disso, os indivíduos obesos
enfrentam uma forma generalizada de estigma social. Pessoas com sobrepeso ou
obesidade são vulneráveis a discriminação no local de trabalho, escola,
instituições de saúde e sociedade em geral.
Como vimos, são muitos os problemas
causados pela obesidade, são muitos os fatores que podem causar a obesidade, e
são muitos os desafios para uma pessoa obesa.
Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein . Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.
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