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quarta-feira, 16 de março de 2022

Como ajudar alguém que esteja em crise epilética?

 26/03 é o Dia Mundial da Epilepsia


Neurocirurgião reforça necessidade de acompanhamento médico


“Crises epilépticas estão entre as doenças neurológicas graves mais frequentes da infância. Existem vários tipos diferentes de crises. A epilepsia parcial benigna é a forma mais comum, geralmente acometendo crianças e adolescentes com idade entre 3 e 16 anos. Estes eventos predominam durante o sono. Entretanto, existem formas bem graves de epilepsia na infância”, explica Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico, elencando abaixo dicas importantes para socorrer alguém que esteja em crise epilética. 

  • Proteja a cabeça da pessoa para evitar um traumatismo;
  • Vire o rosto dela de lado para eliminar o acúmulo de saliva e impedir a asfixia com o próprio vômito;
  • Não segure a língua do paciente, sob o risco de tomar uma mordida, também não coloque objetos na boca, como uma colher;
  • Se a crise estiver durando mais de 5 minutos, chame imediatamente uma ambulância, o mesmo deve ser feito se a pessoa demorar a recobrar a consciência.

“O paciente com epilepsia pode ter uma vida normal, desde que sob tratamento médico controlado, podem e devem ser inseridos completamente na sociedade, ou seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes, se divertir”, comenta Dr. Ricardo. 

Existem situações que a crise convulsiva ocorre de forma inédita num paciente adulto ou pediátrico, podendo estar associada a um tumor cerebral. O uso de tecnologias avançadas como a neuronavegação e a monitorização intraoperatória permitem cirurgias mais seguras.

 

Os remédios para epilepsia são controlados e o paciente deve sempre fazer acompanhamento médico para avaliar possíveis efeitos colaterais erroneamente atribuídos ao tratamento. A dose da medicação nunca deve ser alterada por conta própria. 

 

Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato

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