Falta de conhecimento e constragimento são as principais causas da negligência com a saúde feminina;
Falar abertamente
sobre sintomas ajuda no diagnóstico e melhora a qualidade de vida;
Secura, queimação,
coceira, desconforto, dor e sangramento durante relações sexuais. Esses são os
sintomas da atrofia vaginal, também conhecida como vaginite
atrófica - resultado da falta de produção de estrogênio
(hormônio feminino), que causa o afinamento
e a inflamação das paredes vaginais. É uma condição comum
que afeta, no Brasil, aproximadamente 56%[1] das mulheres na pós-menopausa, período após a interrupção
natural da menstruação.
A boa notícia é que existe tratamento, e quanto mais
cedo é feito o diagnóstico, melhores são os resultados. A notícia preocupante é
que muitas mulheres desconhecem a condição e ainda optam por não falar sobre os
sintomas, sofrendo silenciosamente e, consequentemente, perdendo a qualidade de
vida.
Assim como a menstruação, a pós-menopausa
é um processo natural de envelhecimento do corpo e apesar de
ser inevitável, as mudanças que a acompanham não devem interferir
na autoestima e qualidade de vida das mulheres. Para isso, o
acompanhamento de um profissional de saúde é imprescindível. “O diálogo entre a
paciente e o médico é essencial. É preciso relatar qualquer evento ou mudança
sentida, de normal a anormal, para ajudar no diagnóstico da condição, que é
constada por meio de análise clínica e exames vaginais. É notável o número de
mulheres que não percebem que esse problema está relacionado a menopausa ou a
falta dos hormônios femininos, e não reportam ao médico” reforça o
ginecologista Luciano Pompei.
Os diversos tratamentos existentes
ajudam a devolver a segurança, confiança e autoestima das mulheres. Entre eles,
lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos, hormônios na forma de
creme vaginal ou óvulos e comprimido de estradiol, lançado recentemente.
Administrado via intravaginal, a terapia proporciona uma liberação gradual e
controlada da substância (um tipo de estrogênio que o corpo produz) nas células
da mucosa vaginal. “A facilidade da resolução do problema deve servir de
incentivo quanto ao diálogo entre as mulheres. Negligenciar a saúde vaginal
pode causar traumas tanto físicos, quanto psicológicos”, finaliza Pompei.
Saiba mais sobre a menopausa e a pós menopausa: a
menopausa é o nome dado à última menstruação, que, geralmente, acontece entre
45 e 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. É quando os
hormônios femininos (estrogênio e progesterona) deixam de ser produzidos pelos
ovários. Com isso, a mulher entra numa nova fase: a pós-menopausa. Alguns
sintomas são característicos nesse período, entre eles, ondas de calor, fadiga,
depressão, dor de cabeça, irritabilidade, suores, palpitações, doença
cardiovascular, perda óssea, infecções do trato urinário e atrofia vaginal.
1] Pedro, Adriana Orcesi et al. Idade de ocorrência
da menopausa natural em mulheres brasileiras: resultados de um inquérito
populacional domiciliar. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2003, v. 19, n. 1
[Acessado 7 de março de 2022], pp. 17-25. Disponível em: <site>
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