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quinta-feira, 3 de março de 2022

04/03 Dia Mundial da Obesidade: os números e perigos

Uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. O mesmo acontece em mais da metade das mães com filhos nessa faixa etária: 58,5%. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019) em uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde.

 

Dia 04 de março é o Dia Mundial da Obesidade, para o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, essa não é uma questão de estilo de vida, mas sim de uma doença crônica, recidivante e multifatorial. Por isso, deve ser olhada com cuidado e atenção. 

Para o médico, a obesidade é um desequilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas e a quantidade que se gasta e muitos pacientes não conseguem por um fim ao sobrepeso utilizando de mudanças de hábitos e dieta, eles realmente precisam de intervenção cirúrgica. É aí que entra a cirurgia bariátrica. 

Esse tipo de cirurgia está indicada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de medicamentos)”, revela. Para Dr. Rodrigo, o mais importante e essencial é que uma pessoa com esse perfil busque ajuda médica, já que a qualidade de vida e a saúde são itens que nenhuma balança ou fita métrica são capazes de medir. 

Já para a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento, isso pode ser sinal de doenças como hipotireoidismo, intolerância alimentar e até estresse, que também pode influenciar no funcionamento normal do metabolismo e dificultar o processo de emagrecimento. 

"Os distúrbios hormonais e as doenças metabólicas são alguns fatores que dificultam ou até impedem a perda de peso", fala a médica. "O estresse, por exemplo, faz o organismo liberar cortisol - um hormônio capaz de acumular gordura abdominal. Além disso, os acometidos pelo estresse muitas vezes descontam o estado emocional em comidas gordurosas", fala. 

Dra. Ana também conta que doenças metabólicas ou hormonais também dificultam o processo de emagrecimento, como o hipotireoidismo, por exemplo, que também pode alterar a produção de hormônios que regulam o metabolismo e assim, em menor quantidade, o deixam mais lento e dificultam também a perda de peso", completa a médica.

 

 Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).

Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá -- MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo -- HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.

 

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