Uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. O mesmo acontece em mais da metade das mães com filhos nessa faixa etária: 58,5%. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019) em uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde.
Dia 04 de março é o Dia Mundial da
Obesidade, para o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da
capital paulista, essa não é uma questão de
estilo de vida, mas sim de uma doença crônica, recidivante e multifatorial. Por
isso, deve ser olhada com cuidado e atenção.
Para o médico, a obesidade é um desequilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas
e a quantidade que se gasta e muitos pacientes não conseguem por um fim ao
sobrepeso utilizando de mudanças de hábitos e dieta, eles realmente precisam de
intervenção cirúrgica. É aí que entra a cirurgia bariátrica.
“Esse
tipo de cirurgia está indicada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² que tenham complicações como apneia do
sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas
articulares, ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido
sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso
de medicamentos)”, revela. Para Dr. Rodrigo, o mais importante e essencial é
que uma pessoa com esse perfil busque ajuda médica, já que a qualidade de vida
e a saúde são itens que nenhuma balança ou fita métrica são capazes de medir.
Já para a médica nutróloga Dra. Ana
Luisa Vilela, especialista em emagrecimento, isso pode ser sinal de doenças
como hipotireoidismo, intolerância alimentar e até estresse, que também pode
influenciar no funcionamento normal do metabolismo e dificultar o processo de
emagrecimento.
"Os distúrbios hormonais e as
doenças metabólicas são alguns fatores que dificultam ou até impedem a perda de
peso", fala a médica. "O estresse, por exemplo, faz o organismo
liberar cortisol - um hormônio capaz de acumular gordura abdominal. Além disso,
os acometidos pelo estresse muitas vezes descontam o estado emocional em
comidas gordurosas", fala.
Dra. Ana também conta que doenças
metabólicas ou hormonais também dificultam o processo de emagrecimento, como o
hipotireoidismo, por exemplo, que também pode alterar a produção de hormônios
que regulam o metabolismo e assim, em menor quantidade, o deixam mais lento e
dificultam também a perda de peso", completa a médica.
Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato
médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de
Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho
digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da
Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público
Estadual de S. Paulo (IAMSPE).
Dra. Ana Luisa
Vilela - Graduada
em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá -- MG, especialista pelo
Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição
Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio
concluído pelo Hospital das Clinicas de São
Paulo -- HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form
a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos
personalizados que aliam beleza e saúde.
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