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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Você sabe qual equipamento é mais adequado evitar acidentes com crianças: boia ou colete salva-vidas?

Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica, explica como escolher entre esses dois equipamentos e por que eles não substituem a vigilância de um adulto

 

Estamos no verão, e o que mais as crianças pedem?! Piscina! 

A ortopedista pediátrica Natasha Vogel conhece bem essa paixão infantil: “O meu filho ama nadar. Pode ser na piscina, no lago ou no mar, não tem quem o segure!”. 

Para atender a esse pedido, é necessário prezar pela segurança, e a prevenção é a melhor forma de evitar afogamentos. Daí a necessidade do uso de colete salva-vidas desde pequeno. E, aí vai a primeira dica: ensinar sobre a importância do uso do colete e colocá-lo nas crianças desde cedo. “É a melhor maneira de diminuir a resistência deles quanto ao uso desse equipamento de segurança”, ensina a médica. 

Natasha alerta para as consequências de um afogamento: “Diferentemente das cenas de filmes, em que a pessoa cai na água, faz um barulhão, a pessoa se debate na água e grita por socorro, esse acidente costuma ser silencioso. E, após poucos minutos de submersão, as consequências podem ser definitivas ou até mortais”.

 

Colete salva-vidas

  • Um colete seguro é aquele certificado pela NORMAM (NORMA DE AUTORIDADE MARÍTIMA), que cuida de normatizar tudo relacionado às funções da Marinha do Brasil, e pela SOLAS, que é a convenção de normas Internacionais para Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
  • Ele deve ser do tamanho adequado para o peso e a altura da criança. Antes de comprar, vista o colete no pequeno e tente suspendê-lo pelas alças. Se o espaço entre o ombro e alças for maior que 4 dedos, o colete está grande.
  • O objetivo do colete salva-vidas é manter a criança flutuando com as vias aéreas para fora da água. Além disso, ele permite que os braços fiquem livres para se divertirem. E é bom deixar claro que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica o uso do colete para menores de 4 anos.

 

Boias 

  • São tantos os modelos de flutuadores infantis ou boias que fica até difícil escolher. Por causa disso, vamos seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Salvamento aquático (SOBRASA), que orienta o uso de boias dos braços isoladas da boia do tronco, pois permitem que a criança consiga rodar. Isso garante a flutuação e mantém a via aérea livre.
  • Boias de ar oferecem o risco de desinflarem. Se for somente a boia de braço, a criança pode retirá-la e esse modelo compromete a mobilidade da criança.
  • As boias “tipo pneu” podem escorregar do corpo da criança, assim, não garantem a flutuação. Portanto, seja muito criterioso na hora de escolher o flutuador para o seu filho.

 

O mais importante, segundo a médica e mãe, é o fato de que nenhum deles (boia ou colete) substitui a vigilância constante. Nessa hora, distrações como: celular, ler, jogar bola, cortar grama ou trabalhar não podem estar presentes! 

Como algumas vezes a piscina faz parte de um encontro da família, de um aniversário ou de um churrasco, o risco de afogamento acaba sendo maior. 

“Para evitar acidentes na piscina, uma excelente ideia é fazer um rodízio entre os pais presentes. Sabe como isso funciona? Um pai é eleito como responsável por ficar de olho na piscina, ele até usa uma braçadeira, depois de um certo tempo, ela é repassada para outro pai”, sugere Natasha.

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético; Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil, Especialização -- Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia Pediátrica;  Especialização -- Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


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