Médico alerta para riscos de trocar a consulta médica por pesquisas em buscadores e defende produção de conteúdo por especialistas no combate à desinformação
A internet está cada vez mais acessível e, com isso, também fica mais fácil obter informações sobre todos os tipos de assunto, incluindo saúde -- ou a falta dela. O Brasil ocupa posições de destaque nos rankings relacionados a buscas sobre saúde na internet. Em 2011, já estava na 5ª posição entre os países que mais procuravam orientações com esse tema. Em 2019, outro levantamento indicava que era o país em que as buscas sobre saúde na internet mais haviam crescido - naquela época, 26% dos brasileiros já recorriam primeiro ao Google ao se depararem com algum sintoma ou mal estar, antes mesmo de procurar um médico.
O grande problema disso é que nem sempre os resultados dessas pesquisas são confiáveis. Um estudo mais recente, divulgado em 2020 pela Edith Cowan University, da Austrália, apontou que os resultados obtidos nesses canais são precisos em apenas um terço dos casos, ou seja, em pouco mais de 30% das pesquisas. “Isso contribui de forma negativa com o aumento de auto diagnósticos equivocados e um resultado incoerente pode interferir completamente na visão do paciente sobre seu estado, deixando-o receoso em buscar atendimento médico ou até despreocupado demais em relação a algo que pode ser sério”, alerta o Dr. Carlos Sacomani, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, da American Urological Association, da European Association of Urology e da International Continence Society.
Sacomani explica que a pressa em
descobrir o que se tem é comum, mas que, na internet, todo cuidado é pouco. “É
necessário ter muita cautela ao jogar sintomas livremente em qualquer buscador,
até porque o buscador não conhece o histórico médico do paciente e outros
sintomas associados que ele possa estar ignorando. O jeito mais seguro de
conquistar as melhores respostas é sempre procurar por sites e fontes
confiáveis, de preferência aqueles em que o conteúdo é responsabilidade de
instituições e especialistas do segmento de saúde”.
Saber da Saúde:
conteúdo educativo feito por especialistas
Outro fator apontado pelo médico que motiva esse volume expressivo de buscas por orientações na internet é a linguagem mais acessível e a quantidade de informações que é possível acessar por meio dos buscadores. Por isso, o especialista destaca a importância de portais especializados adequarem seu conteúdo para que, de fato, seja acessível e contribua efetivamente com o empoderamento do paciente. “Um dos portais que tem alcançado esse propósito é o Saber da Saúde. É claro que nenhuma informação substitui o papel de uma consulta médica, mas oferecer conteúdo confiável e de qualidade sobre o tema é uma ferramenta importante no combate à desinformação”.
O Saber da Saúde é um portal educativo
criado pela Boston Scientific, referência no desenvolvimento de tecnologia
médica. Com a filosofia de que informação salva vidas, ele reúne conteúdos
sobre condições médicas diversas, abordando sintomas, fatores de risco, causas
e tratamentos, além de reforçar a importância do autocuidado e de consultar um
médico antes de se realizar qualquer tipo de tratamento. Dentro do portal, também é possível navegar por um
mapa do corpo humano interativo, que mostra essas condições de forma mais
didática. Todo o conteúdo disponível é produzido por médicos que são referência
em suas áreas de atendimento e pode ser acompanhado também nos perfis do Saber
da Saúde no Instagram e Facebook: @saberdasaude.
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