Uma pesquisa realizada pela International Stress
Management Association (Isma-BR) entre 2018 e 2019 mostrou que 32% dos
trabalhadores brasileiros, aproximadamente 33 milhões de pessoas, sofrem com
sintomas de Burnout, resultado do estresse crônico no local de trabalho. Dentre
os cerca de 1 milhão de atendimentos de telemedicina realizados no último ano,
percebemos que os casos ligados à saúde mental cresceram significativamente,
ultrapassando os casos de COVID-19, exceto em períodos que tivemos picos de
infecções. Deste número, a grande maioria são mulheres com nível educacional
mais elevado e que atuam em cargos de gestão.
Mas não existe uma regra: a síndrome pode afetar
todo e qualquer profissional, independente da atividade exercida. Cada grau
hierárquico dentro de uma organização tem seu agravante quando o assunto é
Síndrome de Burnout. Enquanto gestores e diretores sofrem com a pressão de seus
pares e a vergonha de se reconhecerem com o problema, trabalhadores da linha de
produção têm medo de perder o emprego caso não deem conta de todas as funções.
Mas qual o papel da empresa na gestão dessa
síndrome? Primeiramente, quebrar o paradigma de resistência e preconceito com
tratamentos psicológicos e trazer o assunto à tona, seja com ações de
endomarketing, palestras de médicos ou disponibilizando acesso à saúde. Neste
quesito, o que manda é a política interna da empresa, que deve direcionar suas
lideranças para que essa gestão ocorra da maneira mais natural possível.
Vale ressaltar que a Síndrome de Burnout não surge
do dia para a noite, ela começa de forma lenta e gradual, com a aparição de
sintomas físicos e comportamentais, como fadiga e irritabilidade. E se o
problema não é das pessoas, mas sim uma consequência do estresse crônico gerado
dentro dos espaços em que elas atuam, é papel do líder estar atento a esses
sinais para identificar o problema logo no início.
No cenário que vivemos hoje, é possível combater o
Burnout oferecendo qualidade de vida aos colaboradores, com recursos técnicos e
humanos, e desenvolvendo manobras de enfrentamento para atenuar os problemas
existentes no trabalho. Neste ponto, a telemedicina surge como uma das melhores
alternativas para democratizar o acesso à saúde dentro das empresas. Afinal,
com a possibilidade de realizar uma consulta à distância, a hora que quiser,
fica ainda mais fácil conciliar saúde e trabalho em qualquer ambiente
profissional.
Carolina Pampolha - Head de Operações da Docway,
empresa referência nacional em soluções de saúde digita.
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