Segundo a
entidade, resultado no ano representa um crescimento de 49% e os aportes somam
mais de R$ 66,3 bilhões acumulados no País desde 2012
Na
última década, a setor gerou mais de 390 mil empregos; em 2021, as contratações
cresceram 65% no território nacional
Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que 2021 foi um ano de novos recordes para o
setor solar fotovoltaico no Brasil. O segmento atraiu mais de R$ 21,8 bilhões
em investimentos em 2021, incluindo as grandes usinas e os sistemas de geração
em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um
crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2020
no País.
De acordo com a entidade, os investimentos de 2021 criaram mais de 153 mil
novos empregos no Brasil, espalhados por todas as regiões do território
nacional. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 66,3
bilhões em negócios e gerou mais de 390 mil postos de trabalho. Em 2021, as
contratações cresceram 65% em relação aos empregos acumulados até o final de
2020 no País.
Em termos de capacidade de geração de energia elétrica limpa e renovável, o
Brasil possui atualmente 13 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte
solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte (geração centralizada)
com os médios e pequenos sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos
(geração distribuída), o que já representa quase a mesma potência instalada na
usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta.
Segundo a ABSOLAR, o País saltou de 7,9 GW ao final de 2020 para 13 GW ao final
de 2021, crescimento de 65%, mesmo em meio a um ano desafiador de pandemia
global.
Em 2021, o mercado solar fotovoltaico proporcionou mais de R$ 5,8 bilhões em
arrecadação aos cofres públicos, acréscimo de 52% em relação ao total
arrecadado até o final de 2020 no País.
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 4,6 gigawatts (GW) de
potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 2,4% da
matriz elétrica do País. Em 2021, a solar continuou sendo uma das fontes mais
competitivas entre as fontes renováveis nos Leilões de Energia Nova, com
preços-médios abaixo dos US$ 30,90/MWh.
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de
geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros,
nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do
Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os
investimentos acumulados deste segmento ultrapassam R$ 23,9 bilhões.
No segmento de geração distribuída, são 8,4 GW de potência instalada da fonte
solar. Isso equivale a mais de R$ 42,4 bilhões em investimentos, R$ 10,6
bilhões em arrecadação e mais de 251 mil empregos acumulados desde 2012,
espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada
atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando
com folga o segmento.
O Brasil possui mais de 720 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à
rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 900 mil unidades consumidoras.
Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em
potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do
Sul, Mato Grosso e Santa Catarina.
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de
energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica
brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas
movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica
brasileira.
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