Com o encerramento das atividades do Uber Eats no Brasil, especialista em marketing comenta o que deve mudar nos estabelecimentos gastronômicos.
Ter um aplicativo próprio de delivery permite a
criação de campanhas, cupons de desconto e o gerenciamento exclusivo de uma
rede de clientes fiéis e engajados com a marca; enquanto se associar aos
aplicativos de entrega é conquistar espaço junto aos grandes, sem muitos
esforços publicitários. “Se a sua marca é nova, outro grande benefício é
desfrutar dos relatórios, ferramentas de marketing e uma experiência mais
personalizada do seu estabelecimento no ambiente online de delivery” - resume o
especialista em marketing gastronômico e cofundador da MarketingChef, Paulo
Mezallira.
A questão é que esse benefício para os bares
e restaurantes tem custado caro para as empresas e o ideal, antes de decidir
com qual destas modalidades você quer trabalhar, é preciso estudar e avaliar os
prós e contras, ainda mais em um momento em que a Uber Eats anuncia que
continuará disponível apenas até dia 7 de março, o que pode sobrecarregar as
outras empresas de delivery forçando o estabelecimento a contratar a sua equipe
própria de entrega.
“Se por um lado, com uma equipe própria, você não
encontrará barreiras ou empecilhos que te impeçam de criar estratégias de
inbound marketing e poderá humanizar o contato com os seus clientes; do outro,
a responsabilidade de manter o serviço ativo em seu restaurante é totalmente
sua” – alerta Mezzalira
Abaixo, o especialista traz uma análise de cada
serviço de delivery. Confira e veja qual se adequa mais a sua realidade:
Marketplaces para delivery
Até então, o iFood, Rappi e o UberEats são os
responsáveis por concentrar em uma única plataforma vários estabelecimentos
para vender seus produtos. As principais características destes aplicativos
são:
- Possibilita uma maior visibilidade do
restaurante, já que investem forte em publicidade e propaganda e o estabelecimento
se beneficia dessa estratégia de maneira indireta;
- Não necessita de operação de delivery,
contrato com motoboys, uma vez que os aplicativos oferecem essa
infraestrutura para bares e restaurantes associados;
- Os usuários (pessoas físicas) possuem maior
facilidade para conhecer e comprar do seu estabelecimento. Basta navegar
no aplicativo e escolher por tipo de gastronomia, distância, promoção,
entre outras categorias;
- Os estabelecimentos repassam comissão por
vendas.
“Além da facilidade de ser encontrado, o custo e a
dificuldade em gerir uma operação de delivery é terceirizada o que faz com que
o empresário foque em outros pontos. O lado negativo é que os clientes não são
diretamente, do seu restaurante, mas sim, do aplicativo” – alerta Mezzalira que
faz uma outra ressalva: estar conectado aos aplicativos de delivery pagos tem
pontos positivos, mas vale ressaltar que a taxa da operação de delivery não é
baixa e por isso merece avaliação.
Aplicativo de delivery próprio
Com relação aos aplicativos de delivery próprio, as
chances de reter clientes aumenta, assim como as preocupações e a
responsabilidade, uma vez que os entregadores passam a fazer parte da equipe do
restaurante.
O cofundador da MarketingChef elenca alguns outros
benefícios:
- Clientes próprios e exclusivos na sua
plataforma. Afinal, quem baixou seu app, realmente é um #foodlover da sua
marca;
- Sem comissão para terceiros;
- Relatórios personalizados para campanhas de
marketing com todas as informações dos seus clientes;
- Cupons especiais de descontos personalizados.
“Com uma rede de entrega própria, seus esforços em
propaganda devem ser maiores e sem previsão de término. Pois no ambiente
online, se faz muito necessário investir em conteúdo e patrocínio para
aparecer. E aí, que time você vai jogar?” – conclui.
MarketingChef
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