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sábado, 11 de dezembro de 2021

O maior consumo de bebidas alcoólicas nas festas de fim de ano favorece a dependência química

Essa realidade pode prejudicar ainda mais quem já sofre com o problema


Para Myriam Albers, psicóloga da Clínica Maia, o consumo de bebidas alcoólicas aumenta nas festas de final de ano e pode levar à ingestão excessiva de álcool. "Seja pelo fechamento do ano ou pelo início de um novo ciclo, visando agradecer pelas conquistas e/ou extravasar devido a possíveis acontecimentos ruins - como a perda de pessoas queridas, separações, desemprego -, cada um encontra um motivo, bom ou não, que acaba justificando o abuso da bebida nessa época", comenta a especialista.

Só que é importante lembrar que o álcool afeta o organismo de diferentes maneiras, ele atinge rins, fígado, pele, sistema imunológico, e ainda está relacionado ao aparecimento de tumores. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo de bebidas alcoólicas.

Vale ressaltar, inclusive, que não existe uma quantidade de consumo recomendada ou segura, o ideal então é evitá-las.

Para quem não têm histórico de alcoolismo, a perda do controle da quantidade ingerida, alterações no comportamento, e ressaca depois parecem consequências leves. Mas não é bem assim...

"Pode parecer inofensivo, mas esse período de consumo exagerado de álcool já é capaz de gerar um abuso significativo da substância, que tem potencial de ser um fator determinante para o desenvolvimento da dependência química", explica a psicóloga.

Já para quem sofre com a dependência, esta época acaba sendo particularmente difícil, levando a crises e recaídas. Desse modo, a profissional aconselha que o dependente químico mantenha distância dos ambientes e situações onde a bebida é a principal convidada, principalmente pessoas que estiverem ainda no processo de reabilitação.

"Os familiares e amigos que estão ao redor também precisam ficar atentos, oferecer apoio e, em caso de surto ou crise, é fundamental que entrem em contato com uma clínica psiquiátrica para que seja feita a remoção do paciente a um lugar adequado, onde irá receber todo apoio e segurança necessários para preservar sua vida", alerta Myriam.

É bom lembrar que o álcool pode gerar sinais bem incômodos, como cansaço, mal-estar, confusão mental, perda do reflexo e da memória; desconfortos que podem até mesmo impedir o relacionamento e a confraternização com os que estão compartilhando destes momentos festivos. Cuidado!

Precisamos falar mais sobre alcoolismo e saber identificar quando é preciso buscar ajuda. "A dependência química é uma doença que não tem cura, então evite ao máximo cair nela", conclui a psicóloga.

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