4,4 milhões de americanos pediram demissão de seus empregos, o maior número de todos os tempos
Com a reabertura das
fronteiras internacionais e a gradual retomada da normalidade após dois anos de
pandemia, empresas e famílias do Brasil começam a avançar em planos de
expatriação para os Estados Unidos que estavam suspensos em razão da Covid-19. E
um fator conjuntural da economia americana tem atuado em favor dos brasileiros:
a Grande Demissão – ou “Great Resignation”, como tem sido chamado em inglês.
Os dados mais recentes do
Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos EUA revelaram que 4,4 milhões de americanos pediram
demissão de seus empregos em setembro, o maior número de todos
os tempos. Além de motivadores econômicos – como a inflação, que registrou a
maior elevação mensal da série histórica em outubro e tem feito os
trabalhadores procurarem posições que mantenham seu poder de compra –, há
também elementos culturais e circunstanciais.
“Esse é um movimento que
tem sido liderado pelos profissionais mais jovens, até 30 anos, que estão
cansados do modelo atual de trabalho, às vezes pouco flexíveis, com
microgerenciamento e organogramas verticais”, explica Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration,
escritório de advocacia especializado em imigração.
As pressões geradas pela
crise da Covid-19, o burnout, cargas horárias excessivas, a aversão pelo
retorno presencial ao trabalho e a busca por novos propósitos – intensificada
pela pandemia, que fez com que as pessoas revissem projetos pessoais e
profissionais – também tem agravado a situação. “A boa notícia é que isso abre
espaço para profissionais estabelecidos do Brasil e de outros países, que não
sentem tanto esses choques culturais quanto os grupos mais jovens e que estão
motivados a buscar uma carreira nos EUA”, afirma Costa, que é especialista em
mercado de trabalho americano.
De acordo com o BLS, a participação da mão
de obra estrangeira na força de trabalha americana caiu de 17,4% para 17% entre
2019 e 2020. A mudança, afirma o órgão, foi motivada pela pandemia do novo
coronavírus. “A expectativa, portanto, é que aos poucos essa participação
retorne ao patamar anterior e até mesmo se amplie”.
Motivos para isso não
faltam. Com mais de 10,4
milhões de vagas abertas, os Estados Unidos estão facilitando a
emissão de vistos permanentes para cidadãos estrangeiros que queiram trabalhar
no país, seja em setores menos especializados – como construção civil, limpeza,
alimentação ou varejo –, seja em áreas que exigem mão de obra mais qualificada,
como medicina, enfermagem, engenharia, tecnologia da informação e aviação.
Segundo o site de vagas de
emprego Indeed, entre junho de 2020 e junho de 2021, a busca por vagas no exterior pelos
usuários brasileiros cresceu quase 20% na plataforma da empresa.
“Existe uma grande oportunidade, talvez única, para o desenvolvimento de
carreiras no exterior. Para além da conjuntura social, há grande influência da
variação cambial entre real e dólar, que faz com que os salários oferecidos nos
Estados Unidos sejam especialmente atraentes para o público brasileiro”, diz Felipe Alexandre, sócio-fundador e
advogado da AG Immigration, ressaltando ainda que existem
diversos tipos de vistos para entrar nos EUA, cada um específico para certas
situações e qualificações profissionais.
“Hoje os vistos EB, ou
Employment Based, como são conhecidos, são os mais usados para os brasileiros
que querem trabalhar nos Estados Unidos. Mas é importante destacar que,
dependendo do caso, podem existir opções mais ou menos burocráticas”.
Felipe
Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG
Immigration. Foi considerado quatro vezes pelo American Institute of Legal
Counsel como um dos 10 melhores advogados de imigração de Nova York e
referência sobre vistos e green cards. Nascido no Brasil, mudou-se para os
Estados Unidos ainda criança. Vindo de uma família de imigrantes, tem dedicado
sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país.
Rodrigo Costa - CEO da AG
Immigration, possui vasta experiência profissional na área de negócios,
tecnologia e marketing, tendo atuado consultor em diversas multinacionais no
Brasil, ajudando-as a melhorar sua performance financeira. É um profundo
conhecedor do mercado de trabalho americano e especialista em investimentos nos
Estados Unidos.
AG Immigration
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