Sua empresa tem uma estrutura básica para essa nova tendência de trabalho?
Poucas
são as empresas no Brasil que atuam de forma 100% remota. Mesmo no cenário que
vivemos no início de 2020, em que muitos foram “arremessados” a trabalhar a
distância (pelo pior motivo possível), praticamente da noite para o dia, a
maioria das organizações não tinha nenhuma estrutura, cultura ou experiência
nesse modelo.
Inclusive,
antes de seguirmos é importante destacar que todo esse cenário que estamos
vivenciando até hoje e o tão aplicado home office não podem ser considerados
uma cultura saudável de trabalho. O objetivo das empresas foi ter o mínimo
possível para ter os seus colaboradores seguros nas suas casas, com um computador
conectado à internet.
O
trabalho remoto é sobre liberdade para as pessoas trabalharem de onde elas se
sentem mais produtivas. E o que nós estamos vivendo nesse período é justamente
o oposto disso.
O
meu objetivo aqui é mostrar que não precisa ser tudo ou nada e que existem
diversas formas possíveis de aplicar o trabalho remoto na sua equipe. Gerenciar
remotamente não é apenas ter um aplicativo de videoconferência para deixar todo
mundo ficar em casa. Criar uma cultura remota é uma mudança de comportamento
que pode até ajudar a superar diversos desafios da sua empresa.
Ferramentas
que uma equipe remota precisa
O
uso de ferramentas digitais ainda é visto como o único passo na estrutura do
trabalho remoto. O que é um erro, levando em consideração os pontos que eu
trouxe acima. Mas é fato que o mau uso ou o uso incorreto dessas ferramentas é
também grande parte do problema e por isso devemos dar atenção nessa escolha e
implementação.
E
quando falo desses sistemas, acho importante dividirmos em macro categorias que
facilitam esse entendimento. Vamos aos principais:
Escritório
virtual
Essa
é uma das bases de qualquer estrutura do trabalho remoto. Neste local é onde
acontece a maior parte das interações desse time, seja para discutir projetos,
trocar dados, acompanhar metas, engajar nos comunicados e por aí vai.
O
espaço de escritório presencial, quando existe e é a única opção, é parte muito
relevante da cultura. E isso não é diferente quando falamos do formato digital.
O dia a dia de um time distribuído necessita de uma estrutura e um ambiente
propício que estimule os comportamentos e valores da empresa. Posso citar como
exemplo a Microsoft Teams, Workplace, Basecamp, Bitrix24, Twist, Asana, Slack, Monday, etc.
Gestão
de projetos e tarefas
Dentro
de uma organização é muito comum ter diversos projetos rolando com diferentes
áreas, prazos, estruturas, responsáveis e escopos. Ter um local onde essas
ações são gerenciadas e acessíveis a todos os envolvidos em tempo real e de
forma assíncrona contribui muito para o sucesso dessa organização. Exemplos: Trello, Asana, Pipefy, Basecamp, Flow, Notion, Milanote, Todolist, Teamweek, etc.
Armazenamento
de documentos
Todos
os arquivos da organização devem estar seguros e organizados na nuvem. É
importante ter um repositório separado de outras ferramentas para focar
realmente no objetivo dessa etapa que é armazenamento. No mercado tem Office 365, Google Drive, Dropbox.
Videoconferências
Muitas
empresas acabam usando somente essa ferramenta para ter uma estrutura de
trabalho remoto. O que traz diversos problemas, não só pela ausência das
funcionalidades acima, mas também, pelo excesso de reuniões desnecessárias.
Dentre as quatro macros categorias acima, essa é a única que traz uma
comunicação em tempo real (síncrona), o que mostra como que esse tipo de troca
não deve consumir as agendas do time. Posso citar o Zoom, Teams, Hangouts, Skype, Whereby.
Essas
sugestões de ferramentas podem ajudar no dia a dia de qualquer time, mas é
claro que isso vai depender de cada cultura. Tentei trazer realmente o básico
para se pensar em qualquer trabalho remoto. Mas hoje quando se fala de
ferramentas existe uma infinidade de outras possibilidades que podem ser bem
úteis para sua realidade. É só escolher!
Lucas Biânchiní - Sócio da Conexão
Talento, Administrador formado pelo Ibmec. Líder dos times de inovação,
marketing e pessoas. Responsável pela construção de diversos projetos de
consultoria de RH para pequenas, médias e grandes empresas. Master Practitioner
em Programação Neurolinguística (INAp); especialista de assessment em MBTI
(Fellipelli) e DISC (Solides). Possui diversas formações e projetos realizados
nas frentes de Design Thinking, Cultura, Estratégia Digital, Scrum, Kanban,
OKR’s, Cargos e Salários, Marketing Digital, Inovação em Educação, dentre
outros.
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