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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

CONDOMÍNIOS: Coleta seletiva é importante e requer planejamento

Projeto de lei visa obrigatoriedade; Grupo Graiche explica implantação

 

A Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) avalia projeto de lei que obriga os condomínios localizados em bairros com coleta seletiva a treinar os moradores e funcionários para a separação adequada dos resíduos.

O Brasil gera 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano e ocupa o quarto lugar no ranking mundial de produção de lixo. No entanto, pesquisa aponta o desconhecimento de boa parte da população acerca do funcionamento da reciclagem. Um levantamento de 2019, feito pelo instituto Ipsos, revelou que 54% dos brasileiros não entendem como funciona a reciclagem em sua região.

 

A coleta seletiva é um procedimento realizado para otimizar o processo de reciclagem do resíduo. Após a separação correta feita pelos apartamentos ou casas do condomínio, o caminhão da coleta seletiva passa para recolher e dar a destinação correta.

Independentemente da proposta em tramitação, Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche - empresa que administra 803 condomínios, com mais de 90 mil unidades de apartamentos - fala sobre a importância de se implantar a coleta seletiva no condomínio, uma vez que esse ambiente gera significativa quantidade de resíduos, em função do número de pessoas que vivem no espaço. Para isso, ressalta que a ação requer planejamento e organização.


“É importante que o assunto seja deliberado em assembleia, esclarecendo a relevância da iniciativa e que todos aprovem a implantação”, pontua.

 

A administração precisa definir como será feita a separação do resíduo, explica a gerente de Sustentabilidade do Grupo Graiche, Maria Claudia Buarraj El Khouri. “A Lei 12.305/2010, de Política Nacional de Resíduos Sólidos, diz que devemos separar de três formas - recicláveis, não-recicláveis e orgânicos (compostáveis). Não precisa mais separar por cor (metal, vidro, plástico e papel). Então, é necessário categorizar os recipientes para que cada tipo fique separado. Além disso, definir qual será o espaço que ficará no condomínio, para evitar odores e situações desagradáveis”, explica Maria Claudia. “O local para descarte deve ser ventilado, iluminado, coberto e espaçoso para que os moradores consigam fazer o descarte sem amontoar os sacos. O ambiente também precisa ser de fácil acesso para a retirada”, acrescenta.

 

Para que a ação tenha efetividade, a vice-presidente do Grupo Graiche destaca a realização de treinamento junto aos moradores, funcionários domésticos, equipe de limpeza/manutenção e demais colaboradores do condomínio. “É fundamental ensinar a todos como descartar corretamente cada resíduo e onde jogar. A próxima decisão é sobre como os moradores devem reciclar o resíduo, eles mesmos separam e descartam ou serão distribuídas sacolas de cores para a separação dos materiais? Tudo isso deve ser levantado para que ocorra uma boa organização”, fala. “Também é importante explicar o passo a passo para realizar a coleta. Explique o que precisam fazer, como serão separados os resíduos e o dia que acontecerá a coleta. Essa é uma parte muito importante do processo”, completa.

Se na rua onde o condomínio estiver instalado não contar com o serviço de coleta seletiva da prefeitura, a recomendação é contratar empresa especializada, para saber a destinação final do resíduo e se, de fato, será reciclado.


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