Na semana em que se insere o Dia Internacional do Autocuidado, é preciso falar sobre a alimentação saudável - um dos sete pilares do autocuidado - como aliada da saúde. "Uma boa alimentação se traduz em uma boa saúde", dizem os nutricionistas. A afirmação é incontestável quando se fala em alimentar-se corretamente para combater doenças como diabetes, colesterol alto, pressão alta, obesidade. Isso sem contar em como alguns alimentos podem fortalecer a imunidade e prevenir a Covid-19.
No entanto, quando se vive uma pandemia em que é necessário ficar em isolamento, a equação não é tão simples assim. Uma vez que isso implica, quando possível, em trabalhar e se alimentar sem sair de casa. Pesquisa com 1.874 brasileiros de todo o país, feita no ano passado, com o apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), revela que 33% dos entrevistados consomem mais doces, agora, do que costumavam consumir. E 32% confessaram ter compulsão alimentar por conta da pandemia.
De acordo com
especialistas, a angústia, insegurança e até mesmo o medo deste cenário pode
levar a essa compulsão alimentar e, com ela, a tão sonhada dieta balanceada,
com a utilização de alimentos frescos e saudáveis, como frutas, verduras e
legumes, vai sendo abandonada. E isso pode provocar distúrbios e até agravar
doenças crônicas.
"Sabemos que a
situação de pandemia e a correria do dia a dia nos levam a sacrificar as
refeições e até mesmo diminuir a ingestão de água. Por isso é importante
falarmos sobre um dos mais significativos dos sete pilares do autocuidado: a
alimentação saudável", diz a vice-presidente executiva da ABIMIP, Marli
Martins Sileci. Segundo ela, a dieta variada é a melhor maneira de se obter os
nutrientes que o corpo precisa para enfrentar as doenças.
Entre os nutricionistas,
as dicas para uma boa alimentação passam pelo consumo de alimentos "in
natura", como frutas, verduras e legumes. E é preciso beber, no mínimo,
dois litros de água diariamente. Além disso, de acordo com o Ministério da
Saúde, em seu guia para uma alimentação adequada e saudável, estão: utilizar
óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades. "O consumo
excessivo de sódio e de gorduras saturadas aumenta o risco de doenças do
coração, enquanto o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie
dental, de obesidade e de várias outras doenças crônicas", diz o estudo.
Também consta do
Guia de Alimentação do Ministério da Saúde, a dica sobre comer com regularidade
e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, "com
companhia". Segundo o Ministério da Saúde, é muito importante "fazer
da preparação de refeições e do ato de comer momentos privilegiados de
convivência e prazer".
Ainda, com o
objetivo de complementar e manter a boa saúde, uma pesquisa realizada em 2020,
pela ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins Especiais
e Congêneres), revelou que durante a pandemia de Covid-19, entre os
consumidores de suplementos, foi registrado um aumento de 48% destes produtos
durante a quarentena, sendo que 42% consumiram visando fortalecer a alimentação
e 91% a imunidade; e 70% dos entrevistados, declararam que continuarão
consumindo os produtos.
ABIMIP - Associação Brasileira
da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição.
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