Última pesquisa de
Impacto, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, revela que faturamento do
segmento ainda está 52% abaixo do normal
As academias voltaram para o grupo de atividades
mais afetadas pela crise sanitária no Brasil e metade delas estão com dívidas
em atraso. A 11ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas
Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas (FGV), mostra que esse segmento chegou, em maio, a um patamar
52% abaixo do que seria normal para o mês. Na edição anterior da pesquisa,
realizada em fevereiro, o segmento estava 42% abaixo do normal. Essa piora de
cenário que fez com que esses empresários se tornassem os mais aflitos entre
todos os setores analisados: 72% alegam que estão com muita dificuldade de
manter o negócio.
Com esse resultado, as academias se juntaram
novamente ao grupo dos mais afetados, que é composto por pequenos negócios que
atuam no Turismo e Economia Criativa, ambos com nível de faturamento de -68%,
Beleza (-53%) e Logística e Transporte (-50%). “Apesar de 76% das academias estarem
funcionando, a abertura não surtiu efeito positivo sobre o faturamento desses
pequenos negócios, prova de que o melhor caminho para a retomada é frear a
circulação do vírus por meio da vacinação”, afirma o presidente do Sebrae,
Carlos Melles.
Melles ainda destaca que essa queda de faturamento pode estar motivando o
aumento da procura de crédito por esses empreendedores. “Os donos de academias
também são os que mais procuraram as instituições financeiras para obter
crédito em 2021”, pontua o presidente. De acordo com a pesquisa, 55%
solicitaram empréstimos desde janeiro, sendo que 36% procuraram essa ajuda
entre os meses de abril e maio.
No acumulado do ano, o número de pequenos negócios
desse segmento que tentaram crédito é 10 pontos percentuais superior à média
constada (45%). Desses que procuraram crédito, 48% receberam uma resposta
positiva ao pedido. Outras atividades que também apresentaram um aumento na
procura por crédito foram a Indústria de Base Tecnológica, Beleza, Serviços de
Alimentação e Construção Civil.
Os dados da nova edição da pesquisa revelam que a
retomada ainda não aconteceu para grande parte das atividades exercidas pelas
micro e pequenas empresas. Apenas agronegócio, Energia, Indústria e Indústria
de Base Tecnológica demonstraram melhora. Estáveis estão Construção Civil,
Educação, Oficinas e Peças e Serviços Empresariais. Todas as outras 13
atividades pesquisadas demonstraram queda de faturamento em relação à 10ª
edição da pesquisa, realizada em fevereiro, sendo que as academias e as empresas
de Economia Criativa são as que mais apresentaram impacto.
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