Escritórios no pós-pandemia terão que oferecer soluções personalizadas para reter e atrair talentos
No pós-pandemia, quatro grupos distintos passarão
a conviver dentro das empresas e os espaços precisarão ser repensados para
personalizar ao máximo a experiência de trabalho, revela a pesquisa “Moldando a
Experiência Humanizada”, realizada pela JLL em 10 países. Os perfis mais
extremos são menos engajados e satisfeitos que a média dos funcionários em
relação às empresas em que trabalham, não esperando muito de seu empregador. Os
dois perfis intermediários possuem expectativas extremamente altas em termos de
conforto e de experiência humana.
“Apesar de no Brasil termos questões de
infraestrutura relacionadas à adoção do home office, percebemos que esses
perfis profissionais se repetem nas empresas e precisam ser olhados com cuidado
para que as expectativas de cada grupo sejam mapeadas e atendidas”, explica
Washington Botelho, presidente da Divisão de Corporate Solutions da JLL para a
América Latina.
Conheça abaixo os quatro perfis de funcionários
híbridos:
Fonte: Pesquisa "Moldando a Experiência Humanizada" da JLL |
1 – Funcionário de Escritório Tradicional
Tem o padrão de trabalho centrado no escritório e demanda atividades
presenciais. A maioria desses profissionais (93%) não era adepto do home office
antes da pandemia. Em geral, é mais relutante a mudanças. Usa o escritório como
espaço de socialização, mas sem grandes expectativas em torno da empresa para a
qual trabalha. É mais passivo e desprendido do que outros perfis e possui uma
atitude mais individualista. Esse perfil tende a ser mais numeroso entre os
funcionários mais antigos e acima dos 50 anos, em grandes corporações, e sem
cargos gerenciais.
2 – Amante da Experiência
Demanda alta flexibilidade, mas sem renunciar ao escritório como
destino. Entre eles, 50% já praticavam o home office e consideram que trabalhar
em casa uma ou duas vezes por semana seja o ideal para equilibrar a rotina.
Valoriza pertencer à comunidade, gosta de ser visto e recompensado. Geralmente,
ocupa posições de gestão e está disposto a ser cuidado pelo empregador.
3 – Viciado em Bem-Estar
Busca flexibilidade, poder de escolha e equilíbrio entre os lados profissional
e pessoal. Já estava acostumado com o trabalho remoto e é adepto de um estilo
de vida saudável. Quer cuidar da saúde física e mental e do bem-estar reduzindo
o tempo gasto com deslocamentos. Ele “consome” o escritório, por isso espera
uma oferta de serviços que incrementem a experiência e a sensação de bem-estar,
como amenidades esportivas, culturais e práticos, por exemplo. Tende a ser mais
numerosos na indústria digital e de tecnologia. Entre eles, 49% gostariam de
trabalhar em um local terceirizado pelo menos uma vez por semana.
4 – Espírito Livre
É adepto do “anywhere office”, por isso quer ter flexibilidade em sua rotina.
Liberdade é a única promessa que espera do empregador, já que 69% são atraídos
pela ideia de viver longe da cidade e ir para o escritório apenas quando
necessário. Sente-se distante das empresas e tende a ser menos engajado e
satisfeito com o trabalho. Entre eles, 78% consideram o equilíbrio entre vidas
pessoal e profissional, além da possibilidade de passar mais tempo com a
família, uma prioridade.
Para Érika Ribeiro, diretora de Recursos Humanos da
JLL, essa realidade multifacetada converge para um espaço de trabalho
efetivamente centrado no colaborador. “Os profissionais se relacionam de forma
diferente com os espaços e com as empresas, por isso é importante entender suas
expectativas para reter e atrair talentos. Apesar de haver correlação com as diversas
gerações que frequentam o mesmo escritório, percebemos que a pandemia impactou
profundamente o comportamento e as prioridades de cada funcionário”, explica.
Acesse
aqui o estudo “Moldando a Experiência Humanizada”.
JLL
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