Com o método ganhando
cada vez mais destaque no cenário da saúde no país, diretor médico da
healthtech Laura comenta os benefícios da prática
As plataformas que
disponibilizam o teleatendimento ganharam bastante força no último ano,
auxiliando no desafogamento das instituições de saúde e na praticidade e
rapidez nas consultas, tanto para profissionais da saúde quanto para o público
final. A prática tem sido tão interessante que, de acordo com a pesquisa
intitulada "Telemedicina no Brasil", mais de 70% das pessoas afirmam
que continuarão com as consultas via chamadas de vídeo ou voz mesmo no momento
pós-pandemia. Além disso, dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (a
Abrange) mostram que em mais de 90% dos casos a teleconsulta foi suficiente
para resolver os casos dos pacientes.
Para o Dr Hugo
Morales, diretor médico e cofundador da Laura, healthtech que utiliza a inteligência artificial para a
democratização da saúde, as chamadas "teleconsultas", ainda que
operando em caráter de exceção no momento, são uma excelente forma de garantir
a segurança, trazer praticidade e auxiliar médicos na coordenação efetiva com a
saúde dos pacientes. "Dentre os benefícios, as plataformas de
teleatendimento são capazes de romper barreiras físicas, otimizando custos e
tornando o processo das consultas mais fluido. Além disso, a modalidade também
auxilia no desafogamento dos sistemas de saúde e promove um atendimento mais
acessível e assertivo, acompanhando toda a jornada do paciente. Contudo, vale
ressaltar que o teleatendimento não vem para substituir as consultas
presenciais, mas sim como um complemento e uma forma de facilitar o acesso e
evitar visitas desnecessárias aos hospitais", afirma Morales.
Com o intuito de
ajudar aqueles que ainda têm dúvidas sobre a efetividade da prática e qual o
momento certo de procurar um atendimento remoto ou presencial, o médico
respondeu as cinco principais dúvidas sobre o teleatendimento. Confira!
Se eu aderir às
teleconsultas, nunca mais precisarei visitar presencialmente os hospitais e/ou
consultórios?
Não é bem assim. O
teleatendimento surgiu como um complemento e um facilitador para a gestão do
cuidado dos pacientes. Mesmo no chamado "pós-pandemia", o recurso
auxiliará, e muito, aqueles que têm rotinas muito cheias e acabam
negligenciando os cuidados com a própria saúde por falta de tempo, tornando o
processo mais ágil, simples e dinâmico. Além disso, as consultas remotas também
são uma ótima forma de ter um direcionamento claro sobre a real necessidade de
ir a um hospital no momento ou se as orientações via ambiente digital serão
suficientes em um determinado caso.
Contudo, o recurso não
vem para substituir nada. As idas presenciais, em casos específicos, são de
suma importância para a avaliação do profissional e a teleconsulta vem como um
facilitador e intermediário.
Os médicos dos
hospitais e consultórios são mais bem preparados?
Não é porque o
atendimento é feito em um ambiente digital que qualquer pessoa pode realizá-lo.
Seja de forma presencial ou remota, os profissionais que realizam os
atendimentos devem cumprir os mesmos requisitos e possuir as mesmas
certificações para cuidar da saúde de um paciente. Logo, o que diferencia, em
um primeiro momento, é apenas a forma com a consulta é realizada, mas nunca a
qualidade e competência do profissional.
O plano de saúde
cobre?
De acordo com a
Agência Nacional de Saúde Suplementar - a ANS - em nota técnica emitida, todos
os atendimentos realizados por meio da teleconsultas são obrigatoriamente
cobertos pelos planos de saúde dos pacientes. Logo, os custos de uma consulta
presencial e de uma digital não se diferem, mantendo tudo como já estava
acordado com a operadora escolhida.
E se eu precisar de
alguma receita médica?
Em casos em que o uso
de medicamentos seja necessário, a prescrição médica também pode ser enviada
digitalmente, sem a necessidade de ir presencialmente pegar a receita. Isso
porque os médicos, por meio de uma certificação da ICP Brasil - Infraestrutura
de Chaves Públicas - os profissionais têm acesso a uma assinatura digital que
valida receitas e até mesmo atestados.
Tem alguma área da
medicina que não pode ser realizada remotamente?
Não, todas as
ramificações da medicina estão permitidas para realizar o teleatendimento,
contanto que cumpram os requisitos básicos de segurança e ética.
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