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sexta-feira, 23 de julho de 2021

5 dúvidas dos pacientes sobre teleatendimento

Com o método ganhando cada vez mais destaque no cenário da saúde no país, diretor médico da healthtech Laura comenta os benefícios da prática

 

As plataformas que disponibilizam o teleatendimento ganharam bastante força no último ano, auxiliando no desafogamento das instituições de saúde e na praticidade e rapidez nas consultas, tanto para profissionais da saúde quanto para o público final. A prática tem sido tão interessante que, de acordo com a pesquisa intitulada "Telemedicina no Brasil", mais de 70% das pessoas afirmam que continuarão com as consultas via chamadas de vídeo ou voz mesmo no momento pós-pandemia. Além disso, dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (a Abrange) mostram que em mais de 90% dos casos a teleconsulta foi suficiente para resolver os casos dos pacientes.

Para o Dr Hugo Morales, diretor médico e cofundador da Laura, healthtech que utiliza a inteligência artificial para a democratização da saúde, as chamadas "teleconsultas", ainda que operando em caráter de exceção no momento, são uma excelente forma de garantir a segurança, trazer praticidade e auxiliar médicos na coordenação efetiva com a saúde dos pacientes. "Dentre os benefícios, as plataformas de teleatendimento são capazes de romper barreiras físicas, otimizando custos e tornando o processo das consultas mais fluido. Além disso, a modalidade também auxilia no desafogamento dos sistemas de saúde e promove um atendimento mais acessível e assertivo, acompanhando toda a jornada do paciente. Contudo, vale ressaltar que o teleatendimento não vem para substituir as consultas presenciais, mas sim como um complemento e uma forma de facilitar o acesso e evitar visitas desnecessárias aos hospitais", afirma Morales.

Com o intuito de ajudar aqueles que ainda têm dúvidas sobre a efetividade da prática e qual o momento certo de procurar um atendimento remoto ou presencial, o médico respondeu as cinco principais dúvidas sobre o teleatendimento. Confira!


Se eu aderir às teleconsultas, nunca mais precisarei visitar presencialmente os hospitais e/ou consultórios?

Não é bem assim. O teleatendimento surgiu como um complemento e um facilitador para a gestão do cuidado dos pacientes. Mesmo no chamado "pós-pandemia", o recurso auxiliará, e muito, aqueles que têm rotinas muito cheias e acabam negligenciando os cuidados com a própria saúde por falta de tempo, tornando o processo mais ágil, simples e dinâmico. Além disso, as consultas remotas também são uma ótima forma de ter um direcionamento claro sobre a real necessidade de ir a um hospital no momento ou se as orientações via ambiente digital serão suficientes em um determinado caso.

Contudo, o recurso não vem para substituir nada. As idas presenciais, em casos específicos, são de suma importância para a avaliação do profissional e a teleconsulta vem como um facilitador e intermediário.


Os médicos dos hospitais e consultórios são mais bem preparados?

Não é porque o atendimento é feito em um ambiente digital que qualquer pessoa pode realizá-lo. Seja de forma presencial ou remota, os profissionais que realizam os atendimentos devem cumprir os mesmos requisitos e possuir as mesmas certificações para cuidar da saúde de um paciente. Logo, o que diferencia, em um primeiro momento, é apenas a forma com a consulta é realizada, mas nunca a qualidade e competência do profissional.


O plano de saúde cobre?

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar - a ANS - em nota técnica emitida, todos os atendimentos realizados por meio da teleconsultas são obrigatoriamente cobertos pelos planos de saúde dos pacientes. Logo, os custos de uma consulta presencial e de uma digital não se diferem, mantendo tudo como já estava acordado com a operadora escolhida.


E se eu precisar de alguma receita médica?

Em casos em que o uso de medicamentos seja necessário, a prescrição médica também pode ser enviada digitalmente, sem a necessidade de ir presencialmente pegar a receita. Isso porque os médicos, por meio de uma certificação da ICP Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas - os profissionais têm acesso a uma assinatura digital que valida receitas e até mesmo atestados.


Tem alguma área da medicina que não pode ser realizada remotamente?

Não, todas as ramificações da medicina estão permitidas para realizar o teleatendimento, contanto que cumpram os requisitos básicos de segurança e ética.

 

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