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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Mindfulness: o antídoto para a baixa performance

Infelizmente, o estar em um “modo robótico” se faz cada vez mais presente nas empresas. À primeira vista, o piloto automático parece positivo. Afinal, garante que as tarefas do cotidiano sejam cumpridas dentro dos prazos ou até mesmo antes do que se espera. Mas, este estado é uma “faca de dois gumes”. Por outro lado, é capaz de tirar a visão estratégica, criatividade e habilidade de inovação do colaborador - aspectos fundamentais para diferenciar a companhia das concorrentes no mercado. 

Outro elemento bastante comum no ambiente corporativo é o profissional multitarefa. Novamente, esta é uma característica que é ligada ao benefício. Contudo, ao realizar mais do que uma demanda por vez, o funcionário não colocará total atenção na atividade. Esta falta de atenção pode gerar lacunas nos resultados finais. Atrelado a estes dois fatores, está o estresse. Este componente gera perdas significativas para a organização. Em uma primeira fase, dispersa o trabalhador. Em seguida, contamina a equipe com irritação e desânimo. Por consequência, a produtividade é afetada. Porém, não para por aí. Este efeito dominó aumenta o turnover em conjunto com os gastos. Por fim, a performance da empresa fica comprometida. 

Diante deste cenário tem uma boa notícia: para estes “males” que assolam o ambiente corporativo, há o mindfulness. O objetivo da técnica que visa estar de forma intencional no momento presente é recuperar a qualidade de atenção a situações importantes em vez de dar vazão às distrações. 


A metodologia que significa “atenção plena” tem origem na meditação budista. Contudo, não tem vínculo religioso. Trata-se de se concentrar em observar como as emoções boas e ruins surgem e também desaparecem a fim de desenvolver uma consciência sobre elas para anulá-las e não se afetar pelos sentimentos naquele instante. Ou seja, é uma espécie de controle emocional para tornar a pessoa estável, confiante, relaxada, criativa e saudável. 


Na prática, a desestabilização humana pode ser combatida com música, descontração ou respiração. Mas, estes recursos que ajudam a lidar com ela, não a impedem de acontecer. O interessante no mindfulness é criar um treino para evitar que o desconforto emocional chegue a ocorrer. Portanto, a técnica age na raiz do problema e não de maneira urgente. 


Para praticar a metodologia, não é preciso estar necessariamente sentado, com os olhos fechados e em silêncio. Na verdade, a essência do mindfulness é simples e feita em qualquer situação. Seja no almoço, reunião de negócios ou no trânsito basta se atentar a própria respiração e diluir os pensamentos. Em um começo, apenas cinco minutos são suficientes. 


“As equipes tem uma boa performance quando estão felizes, em harmonia, confiantes e concentradas. Porém, por conta de um cotidiano conturbado, estas características andam em falta nas pessoas – o que reflete nas companhias. Neste contexto, o mindfulness é um grande aliado da área de Recursos Humanos porque permite a criação de uma consciência corporal e mental. Ou seja, o colaborador vira líder dele mesmo e é exatamente o que as empresas precisam: funcionários protagonistas e pró-ativos”, afirma Flora Alves, CLO da SG Aprendizagem Corporativa. 


Dicas práticas

- Ao decidir levar o mindfulness para a organização, é fundamental promover mudanças na cultura organizacional. O ambiente de trabalho precisa abrir mão do tradicional e dar as boas vindas a flexibilidade. Uma sugestão é criar um local criativo, relaxante e divertido para integrar os colaboradores. A intenção é promover o bem-estar e a saúde do capital humano

- A implantação da técnica deve começar pelos gestores para facilitar a transição da metodologia para os outros níveis da companhia.

- Para os resultados do mindfulness serem efetivos, o ideal é que os funcionários compreendam os benefícios da metodologia. Então, crie caminhos que mostrem a eles as vantagens da prática.

 

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