Número de procedimentos de harmonização facial entre 2014 e 2019 cresceu de 72 mil para 256 mil ao ano
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Anualmente mais de 200 mil brasileiros passam
pelo procedimento
O
número de procedimentos de harmonização facial entre 2014 e 2019 cresceu de 72
mil para 256 mil ao ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica. As redes sociais tiveram um papel importante na popularização da
harmonização facial, mas o que pouco se fala é sobre os perigos do
procedimento.
“Atendo
pacientes de todas as faixas etárias, de 16 a 85 anos, e todos passam por um
estudo no qual avaliamos a real necessidade do procedimento. A harmonização
facial é na grande maioria das vezes um procedimento seguro, porém demanda
habilidade e capacitação do profissional médico, pois podem ocorrer
complicações graves e estas não podem ser desconsideradas”, conta a médica
otorrinolaringologista e especialista em cirurgia plástica da face, Súrya
Guérios Vasselai, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR).
Segundo
a especialista, o risco mais grave é de oclusão arterial por injeção
inadvertida de produto dentro da artéria ou por oclusão extrínseca devido
excesso de produto no local - causando compressão do vaso, o que pode acarretar
em necrose de alguma região face e dependendo da região, até cegueira. Outro
risco importante é a aplicação incorreta do produto, o que pode gerar o efeito
contrário do esperado, ou seja uma assimetria na face ou exageros. Podemos
ainda citar como risco a infecção no local da aplicação, que pode ser bastante
grave e também deixar sequelas.
“O
exagero nas aplicações é outro ponto de alerta. O paciente precisa passar por
uma análise de medidas e com ele entender a necessidade ou não do preenchimento
e em qual local existe a necessidade de volumizar”, explica a médica.
Gestantes,
pacientes com doenças autoimunes não controladas e pessoas que estão com alguma
infecção no local da aplicação do produto, como acne ou alergias, não podem
fazer a harmonização facial. “Se o paciente estiver com a doença autoimune
controlada e tratar a acne ou a alergia no local da aplicação é possível fazer
o procedimento, sendo consideradas as contra-indicações relativas”, detalha.Já
a alergia a componentes do produto, embora rara, é uma contra-indicação
absoluta do paciente em realizar os preenchimentos faciais.
A
especialista destaca também que antes de realizar o procedimento, o paciente
precisa buscar informações sobre a clínica e o profissional responsável pela
harmonização. “Um bom profissional vai minimizar os riscos e o paciente sairá
satisfeito e sem nenhum dano à saúde. O paciente vai se sentir mais bonito e
com a autoestima elevada. As complicações podem acontecer, porém um
profissional capacitado irá identificá-las e corrigi-las prontamente, de forma
a minimizar os danos e sequelas”, finaliza.
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