Mulheres
foram as mais afetadas pela pandemia em todo o paísFoto: Unsplash
Mais de um ano inteiro se passou desde que a pandemia começou. De lá para cá, as desigualdades acabaram sendo evidenciadas, afetando principalmente a população feminina brasileira.
Segundo dados do IBGE, colhidos na Pnad Contínua, a taxa de participação das mulheres na força de trabalho no terceiro trimestre de 2020 ficou em 45%, 14% a menos do que em 2019. De quebra, a maioria dos postos de trabalho que foram reabertos tiveram ocupação majoritariamente masculina.
Desemprego, sobrecarga de trabalho doméstico, fadiga pandêmica: mais da metade das mulheres do país passou a cuidar de alguém na pandemia, conforme levantamento da da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e da Gênero e Número. Por conta desses fatores, muitas acabaram tendo suas rendas comprometidas e precisam de ajuda.
“O desemprego cresceu e o trabalho doméstico se intensificou, juntando-se ao papel de cuidadora, delegado à mulher de forma automática pela sociedade. Com isso, milhares de mulheres se viram de uma hora para outra sem qualquer autonomia financeira, dependendo da ajuda de outras pessoas para coisas básicas”, analisa Tânia Gomes Luz, founder da GirlBoss Empreendedora.
“Um levantamento do Sebrae, divulgado em novembro do ano passado, mostrou que o empreendedorismo feminino cresceu 40% durante a pandemia. No entanto, o que esse número também revela é que boa parte dessas mulheres precisou achar meios de subsistência em meio à grave crise. É o chamado empreendedorismo por necessidade - e que nesse cenário, nem sempre beneficia esse contingente feminino de forma adequada”, explica Tânia.
Um outro dado também é alarmante: em 2020, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foram registradas 105.821 denúncias de violência contra a mulher nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100.
Diante deste cenário,
diversas iniciativas de auxílio às mulheres foram criadas, buscando minimizar
de alguma forma o impacto de todos esses fatores. Conheça algumas delas e saiba
como ajudar.
Mães da Favela
Iniciativa liderada pela
CUFA (Central Única das Favelas) para enfrentamento da Covid-19, o projeto
arrecadou mais de R$198 milhões (dado de 27 de março de 2021), revertidos em
cestas básicas para mães de mais de 5.000 favelas em todo o país. Mais de um
milhão e meio de famílias foram atendidas pelo projeto desde o início da
pandemia. Para conhecer mais e saber como contribuir, acesse o site.
Segura A Curva das Mães
O projeto busca somar
esforços junto às entidades do terceiro setor, coletivos, instituições da
sociedade civil e indivíduos para realizar distribuição de recursos, apoio
psicossocial e suporte jurídico a fim de promover e garantir de forma prioritária,
por meio de ações práticas, a dignidade e os direitos básicos de mulheres e
crianças enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Mais de 1.700 mães já
foram auxiliadas pela iniciativa. Para conhecer mais e saber como ajudar,
acesse o site.
Casa Laudelina
Iniciativa localizada na
capital paulista, a Casa Laudelina é fruto de uma ocupação de mulheres no
bairro do Canindé. O local, que tem funcionamento voluntário, acolhe, orienta e
encaminha mulheres vítimas de violência. Há uma vaquinha on-line e também uma
conta bancária reunindo contribuições financeiras, além do recebimento de doações
de alimentos e produtos de higiene e limpeza para montagem de cestas, a serem
distribuídas para mulheres em situação vulnerável. Para mais informações,
acesse o site.
Fundo de Solidariedade para Famílias Sem Teto
O Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST) criou cozinhas solidárias com o objetivo de
auxiliar a população mais vulnerável das periferias, distribuindo refeições
gratuitas. Há cozinhas nos estados de Roraima, Ceará, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, duas no
Distrito Federal, quatro nas periferias de São Paulo e uma na região do ABC
paulista. Para mais informações, acesse o site.
Mapa do Acolhimento
Rede de solidariedade que
conecta mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero a psicólogas e
advogadas voluntárias. Com a pandemia, o volume de pedidos de ajuda cresceu
consideravelmente, e o projeto busca com urgência novas voluntárias e também
doações. Para saber como ajudar, acesse o site.
GirlBoss
Empreendedora - Fundada em 2018, a GirlBoss Empreendedora é um movimento não
governamental e apartidário, que busca reunir mulheres empreendedoras,
independente do setor em que atuam, num constante esforço e encorajamento para
que todas tenham oportunidade de crescimento em seus negócios.
Tânia Gomes Luz - Conselheira e Estrategista de Digital Branding, Founder da GirlBoss, com mais de 10 anos de carreira, a profissional teve grandes cargos de destaque no meio empresarial, foi CEO da 33&34 Shoes, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), Infracommerce, underDOGS, Maplink, entre outras. Atualmente, Tânia não se limita apenas a gerenciar empresas. Além de empresária e palestrante, a profissional é Conselheira do Comitê de Inovação da Associação Comercial de São Paulo, Digital Branding Professor na Be Academy e Board Advisor, Living Lab MS. Entusiasta e pesquisadora nas áreas de branding, cultura digital e startups.
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