Negligenciar a implantação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pode causar inúmeros problemas que vão além do vazamento de informações. O advogado André Costa, especialista em compliance, explica que é relativamente comum casos de assédio sexual e moral se originarem da falta de aplicação da lei. “A LGPD tem que ser encarada pelas empresas de forma interdisciplinar. A ausência de uma política de proteção de dados traz sérios problemas para as empresas também internamente e pode ocasionar uma série de ações judiciais”, explica.
Vazamento de dados pode gerar casos Depositphotos |
Segundo
o advogado, as empresas precisam entender que casos de assédio, stalking e o
vazamento de dados estão interligados. “É preciso ter em mente que as
companhias podem ser responsabilizadas em ações judiciais movidas por vítimas
porque foi graças a esse ambiente corporativo sem vigilância e proteção que um
funcionário coletou os dados pessoais e passou a assediá-las”,
explica.
Para
evitar que isso aconteça, aponta Costa, é essencial que as empresas invistam em
criação e atualização de políticas de compliance, de um código de ética interno
e de uma política para a adequação à LGPD. “A adoção dessas medidas
direciona a conduta dos profissionais e impede que dados corporativos tenham
sua finalidade desviada. É preciso ser claro na postura que se espera dos
colaboradores e isso só é possível com adoção de um código de ética que
contemple todos os aspectos do exercício do trabalho”, completa
o especialista.
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